Análise da convencionalidade da lei da anistia brasileira à luz da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/24880 |
Resumo: | O presente trabalho objetiva examinar o controle de compatibilidade da lei 6.683/79, a chamada lei de anistia, com relação aos tratados internacionais de direitos humanos, verificação realizada por órgãos judiciais, em especial a Corte Interamericana de Direitos Humanos. Desde a sentença do caso Barrios Altos vs. Peru, em 2001, a Corte Interamericana tem declarado em reiteradas decisões a contrariedade das leis que extinguem a punibilidade de graves violações aos direitos humanos com os direitos e garantias consolidados na Convenção Americana sobre Direitos Humanos, assim como tem decidido o Poder Judiciário de certos Estados-partes envolvidos na celeuma. Por haver extensa literatura sobre a temática da convencionalidade das leis de anistia, o trabalho não pretendeu exaurir o tema, mas antes contribuir à produção científica, utilizando-se de metodologia descritiva com estudo de casos e abordagem qualitativa. A pesquisa utilizou livros, sites, artigos científicos, documentos, notícias, tratados, leis, relatórios e sentenças para realizar a análise almejada. Conclui-se, ao final do trabalho, que, conforme jurisprudência consolidada da Corte Interamericana, a interpretação da lei de anistia brasileira como sendo extensiva aos agentes perpetradores de graves violações de direitos humanos não é compatível com os compromissos assumidos pelo Estado em seara internacional. O Supremo Tribunal Federal, que já declarou a constitucionalidade da lei, tem, entretanto, a oportunidade, com a ADPF 320, de cumprir com a obrigação de julgar de acordo com a jurisprudência, as sentenças e as interpretações |
id |
UFF-2_59811060be21913acdbc41eb4d51ab1f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:app.uff.br:1/24880 |
network_acronym_str |
UFF-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
repository_id_str |
2120 |
spelling |
Análise da convencionalidade da lei da anistia brasileira à luz da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos HumanosDireitos humanosControle de ConvencionalidadeLei de AnistiaAnistiaDireitos humanosControle de convencionalidadeCorte Interamericana de Direitos HumanosHuman rightsConventionality ControlAmnesty LawO presente trabalho objetiva examinar o controle de compatibilidade da lei 6.683/79, a chamada lei de anistia, com relação aos tratados internacionais de direitos humanos, verificação realizada por órgãos judiciais, em especial a Corte Interamericana de Direitos Humanos. Desde a sentença do caso Barrios Altos vs. Peru, em 2001, a Corte Interamericana tem declarado em reiteradas decisões a contrariedade das leis que extinguem a punibilidade de graves violações aos direitos humanos com os direitos e garantias consolidados na Convenção Americana sobre Direitos Humanos, assim como tem decidido o Poder Judiciário de certos Estados-partes envolvidos na celeuma. Por haver extensa literatura sobre a temática da convencionalidade das leis de anistia, o trabalho não pretendeu exaurir o tema, mas antes contribuir à produção científica, utilizando-se de metodologia descritiva com estudo de casos e abordagem qualitativa. A pesquisa utilizou livros, sites, artigos científicos, documentos, notícias, tratados, leis, relatórios e sentenças para realizar a análise almejada. Conclui-se, ao final do trabalho, que, conforme jurisprudência consolidada da Corte Interamericana, a interpretação da lei de anistia brasileira como sendo extensiva aos agentes perpetradores de graves violações de direitos humanos não é compatível com os compromissos assumidos pelo Estado em seara internacional. O Supremo Tribunal Federal, que já declarou a constitucionalidade da lei, tem, entretanto, a oportunidade, com a ADPF 320, de cumprir com a obrigação de julgar de acordo com a jurisprudência, as sentenças e as interpretaçõesThis work seeks to examine the compatibility of law number 6.683/79, popularly known as amnesty law, with international human rights treatises; such verification carried out by judicial organs, specially the Inter-American Court of Human Rights. Since the sentence of the Barrios Altos vs. Peru case, back in 2001, the Inter-American Court frequently declared that laws that should extinguish liability for serious human rights violations are contrary to the rights protected by the American Convention on Human Rights, as has Judicial Powers of certain States Parties decided. On the account of the prodigious body of writings about conventionality control of amnesty laws, this paper does not aim to close the debate, but rather add to scientific production, having employed the case study descriptive method and qualitative process. The research was based on books, websites, scientific papers, documents, newspapers, treatises, laws, reports and sentences in order to attain the analysis that was intended. By the end of the work, it can be inferred that, according to Inter-American Court’s well-established jurisprudence, the exegesis of Brazilian amnesty law that allows to extinguish criminal liability for serious human rights offenses cannot be compatible with international obligations undertaken by the State. Brazil’s Supreme Court, that declared the law constitutional in 2010, has the chance, furthermore, with ADPF 320’s judgement, to fulfill obligations and rule according to the American Convention on Human Rights and Inter-American Court’s jurisprudence, interpretations and decisions.Universidade Federal FluminenseNiteróiPauseiro, Sergio Gustavo de MattosPereira, Rubens de LyraNascimento, Verônica BatistaPauseiro, Sérgio Gustavo de MattosPereira, Rubens de LyraNascimento, Verônica Batista doRocha, Ana Luiza Peixoto2022-04-19T00:19:15Z2022-04-19T00:19:15Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfROCHA, Ana Luiza Peixoto. Análise da convencionalidade da lei da anistia brasileira à luz da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Orientador: Sérgio Gustavo de Mattos Pauseiro. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) - Faculdade de Direito, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019.http://app.uff.br/riuff/handle/1/24880Aluno de GraduaçãoCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-05-13T15:21:09Zoai:app.uff.br:1/24880Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202022-05-13T15:21:09Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Análise da convencionalidade da lei da anistia brasileira à luz da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos |
title |
Análise da convencionalidade da lei da anistia brasileira à luz da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos |
spellingShingle |
Análise da convencionalidade da lei da anistia brasileira à luz da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos Rocha, Ana Luiza Peixoto Direitos humanos Controle de Convencionalidade Lei de Anistia Anistia Direitos humanos Controle de convencionalidade Corte Interamericana de Direitos Humanos Human rights Conventionality Control Amnesty Law |
title_short |
Análise da convencionalidade da lei da anistia brasileira à luz da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos |
title_full |
Análise da convencionalidade da lei da anistia brasileira à luz da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos |
title_fullStr |
Análise da convencionalidade da lei da anistia brasileira à luz da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos |
title_full_unstemmed |
Análise da convencionalidade da lei da anistia brasileira à luz da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos |
title_sort |
Análise da convencionalidade da lei da anistia brasileira à luz da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos |
author |
Rocha, Ana Luiza Peixoto |
author_facet |
Rocha, Ana Luiza Peixoto |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Pauseiro, Sergio Gustavo de Mattos Pereira, Rubens de Lyra Nascimento, Verônica Batista Pauseiro, Sérgio Gustavo de Mattos Pereira, Rubens de Lyra Nascimento, Verônica Batista do |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rocha, Ana Luiza Peixoto |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Direitos humanos Controle de Convencionalidade Lei de Anistia Anistia Direitos humanos Controle de convencionalidade Corte Interamericana de Direitos Humanos Human rights Conventionality Control Amnesty Law |
topic |
Direitos humanos Controle de Convencionalidade Lei de Anistia Anistia Direitos humanos Controle de convencionalidade Corte Interamericana de Direitos Humanos Human rights Conventionality Control Amnesty Law |
description |
O presente trabalho objetiva examinar o controle de compatibilidade da lei 6.683/79, a chamada lei de anistia, com relação aos tratados internacionais de direitos humanos, verificação realizada por órgãos judiciais, em especial a Corte Interamericana de Direitos Humanos. Desde a sentença do caso Barrios Altos vs. Peru, em 2001, a Corte Interamericana tem declarado em reiteradas decisões a contrariedade das leis que extinguem a punibilidade de graves violações aos direitos humanos com os direitos e garantias consolidados na Convenção Americana sobre Direitos Humanos, assim como tem decidido o Poder Judiciário de certos Estados-partes envolvidos na celeuma. Por haver extensa literatura sobre a temática da convencionalidade das leis de anistia, o trabalho não pretendeu exaurir o tema, mas antes contribuir à produção científica, utilizando-se de metodologia descritiva com estudo de casos e abordagem qualitativa. A pesquisa utilizou livros, sites, artigos científicos, documentos, notícias, tratados, leis, relatórios e sentenças para realizar a análise almejada. Conclui-se, ao final do trabalho, que, conforme jurisprudência consolidada da Corte Interamericana, a interpretação da lei de anistia brasileira como sendo extensiva aos agentes perpetradores de graves violações de direitos humanos não é compatível com os compromissos assumidos pelo Estado em seara internacional. O Supremo Tribunal Federal, que já declarou a constitucionalidade da lei, tem, entretanto, a oportunidade, com a ADPF 320, de cumprir com a obrigação de julgar de acordo com a jurisprudência, as sentenças e as interpretações |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019 2022-04-19T00:19:15Z 2022-04-19T00:19:15Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
ROCHA, Ana Luiza Peixoto. Análise da convencionalidade da lei da anistia brasileira à luz da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Orientador: Sérgio Gustavo de Mattos Pauseiro. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) - Faculdade de Direito, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019. http://app.uff.br/riuff/handle/1/24880 Aluno de Graduação |
identifier_str_mv |
ROCHA, Ana Luiza Peixoto. Análise da convencionalidade da lei da anistia brasileira à luz da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Orientador: Sérgio Gustavo de Mattos Pauseiro. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Direito) - Faculdade de Direito, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019. Aluno de Graduação |
url |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/24880 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
CC-BY-SA info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
CC-BY-SA |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal Fluminense Niterói |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal Fluminense Niterói |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) instname:Universidade Federal Fluminense (UFF) instacron:UFF |
instname_str |
Universidade Federal Fluminense (UFF) |
instacron_str |
UFF |
institution |
UFF |
reponame_str |
Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
collection |
Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF) |
repository.mail.fl_str_mv |
riuff@id.uff.br |
_version_ |
1807838892056903680 |