As posições sujeito-falante e sujeito-ouvinte da língua estrangeira: aspectos da (inter)subjetividade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Ester Dias de Barros dos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3303
Resumo: Propomos, neste trabalho, compreender e problematizar as posições sujeito-falante e sujeito-ouvinte da língua estrangeira a partir de reflexões desenvolvidas na teoria da Análise de Discurso de orientação pecheutiana na interface com a psicanálise. O interesse por esse tema surgiu durante as aulas de língua espanhola em um curso de idioma, nas quais era possível perceber enunciados que apontavam para uma aparente recusa por parte dos alunos de assumir as posições de sujeito-falante e/ou sujeito-ouvinte da LE, o que parece ser contraditório, já que há um investimento para aprender a LE. Nesse contexto, decidimos observar, a partir dessas posições sujeito (que são assumidas pela circunscrição do evento comunicativo estabelecido na sala de aula), possíveis sentidos que suscitam da relação sujeito/língua. Para efeito, utilizamos autores como Melmam (1992), Celada (2002, 2004, 2008), Tavares (2005), Revuz (2001), Coracini (2003, 2007), Orrú (2010), etc., que buscam refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem a partir dos campos teóricos supracitados. No que se refere ao corpus de análise, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas gravadas em áudio durante as aulas de língua estrangeira em um curso privado de idioma na cidade do Rio de Janeiro/RJ. A partir do funcionamento discursivo, nosso corpus de análise, formado por transcrição das entrevistas, foi constituído por sequências discursivas (SD) que apresentam as mesmas características. Foi possível perceber, através das análises discursivas, as imagens construídas pelo sujeito-falante e ouvinte da LE, sobre si (apresentada a partir do discurso do bom-sujeito aluno) e sobre sua aprendizagem (a partir do discurso de obrigatoriedade). Além disso, percebemos em nosso corpus de investigação, discursos que resistem à posição sujeito-falante e ouvinte da LE, os quais interpretamos, como não-captura desses sujeitos pela língua espanhola
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