A episiotomia/rafia na percepção das mulheres: a enfermagem em busca da melhoria do cuidar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Laila Franco da
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9091
Resumo: A hospitalização da mulher se tornou um hábito em nossa sociedade, no momento do parto e nascimento, nas últimas décadas e com isso a assistência à mulher vem sofrendo alterações e mudanças no cenário de nascimento. Atrelado a este fato está a perda de autonomia da mulher em relação ao seu próprio corpo. Dentre as intervenções introduzidas na prática obstétrica encontramos a episiotomia que vem sendo realizado rotineiramente durante o parto sem haver qualquer questionamento da mulher. Realizou-se estudo exploratório com abordagem de natureza qualitativa entrevistando vinte mulheres voluntárias, puérperas, incluídas através de amostragem intencional, submetidas à episiotomia/rafia, com pelo menos 18 anos, não importando raça, cor e número de filhos, independente do tempo que decorreu o procedimento, internadas no alojamento conjunto em uma Maternidade Municipal do município de Niterói. Os objetivos da pesquisa foram: identificar se as mulheres receberam algum tipo de orientação à cerca da episiotomia/rafia; verificar o significado da episiotomia/rafia para essas mulheres; apresentar as dificuldades vivenciadas por elas durante e após a realização do procedimento no corpo delas e propor ações de enfermagem que minimizem os transtornos decorrentes da episiotomia/rafia. Os dados foram coletados e gravados em aparelho celular, posteriormente transcritos e analisados, agrupando-se as falas e categorizando-as em unidades temáticas. Os resultados apontam: o desconhecimento das mulheres em relação aos aspectos que norteiam e envolvem a episiotomia/rafia; uma visão distorcida do que vem a ser a episiotomia e de sua finalidade; ausência de orientações acerca do procedimento e dos cuidados necessários; perda de autonomia da mulher no processo de parto e nascimento e o fortalecimento da episiotomia/rafia como prática rotineira. As mulheres não guardam significado da episiotomia/rafia, pois os profissionais de saúde não se comprometem em preparar essas mulheres para o parto normal e muito menos para a realização da episiotomia/rafia. É importante reforçar a necessidade de se rever os ensinamentos sobre a episiotomia/rafia no ensino obstétrico de enfermagem, onde deve ser feito a valorização das práticas não invasivas no processo do parto e nascimento ao invés da realização dessa intervenção. A enfermagem está presente na assistência geral e na específica de atuação no parto, por isso temos o dever de oferecer uma assistência de qualidade e dar condições para que ela possa lidar com as transformações que ocorrem em seu corpo no parto e no puerpério, proporcionando a ela um parto seguro, prazeroso e natural e um puerpério agradável e confiante dela mesma.
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Realizou-se estudo exploratório com abordagem de natureza qualitativa entrevistando vinte mulheres voluntárias, puérperas, incluídas através de amostragem intencional, submetidas à episiotomia/rafia, com pelo menos 18 anos, não importando raça, cor e número de filhos, independente do tempo que decorreu o procedimento, internadas no alojamento conjunto em uma Maternidade Municipal do município de Niterói. Os objetivos da pesquisa foram: identificar se as mulheres receberam algum tipo de orientação à cerca da episiotomia/rafia; verificar o significado da episiotomia/rafia para essas mulheres; apresentar as dificuldades vivenciadas por elas durante e após a realização do procedimento no corpo delas e propor ações de enfermagem que minimizem os transtornos decorrentes da episiotomia/rafia. Os dados foram coletados e gravados em aparelho celular, posteriormente transcritos e analisados, agrupando-se as falas e categorizando-as em unidades temáticas. Os resultados apontam: o desconhecimento das mulheres em relação aos aspectos que norteiam e envolvem a episiotomia/rafia; uma visão distorcida do que vem a ser a episiotomia e de sua finalidade; ausência de orientações acerca do procedimento e dos cuidados necessários; perda de autonomia da mulher no processo de parto e nascimento e o fortalecimento da episiotomia/rafia como prática rotineira. As mulheres não guardam significado da episiotomia/rafia, pois os profissionais de saúde não se comprometem em preparar essas mulheres para o parto normal e muito menos para a realização da episiotomia/rafia. É importante reforçar a necessidade de se rever os ensinamentos sobre a episiotomia/rafia no ensino obstétrico de enfermagem, onde deve ser feito a valorização das práticas não invasivas no processo do parto e nascimento ao invés da realização dessa intervenção. A enfermagem está presente na assistência geral e na específica de atuação no parto, por isso temos o dever de oferecer uma assistência de qualidade e dar condições para que ela possa lidar com as transformações que ocorrem em seu corpo no parto e no puerpério, proporcionando a ela um parto seguro, prazeroso e natural e um puerpério agradável e confiante dela mesma.The hospitalization of the woman became a habit inour society, at delivery and birth in recent decadesand with this assistance the woman has undergonechanges and changes in the scenario of birth. This fact is coupled to the autonomy of women regarding their own body. Among the interventions introduced in obstetric pratice found episiotomy being performed routinely during labor without having any questioning oh the woman. We conducted an exploratory study with a qualitative approach by interviewing twenty volunteer women, postpartum women, including through intentional sampling, underwent episiotomy/suture, with at least 18 years, regardless of race, color and number of children, regardless of the time elapsed the procedure, admitted in a rooming-in Municipal Maternity Hospital in the city of Niterói. The research objectives were: to determine whether women received some guidance about the episiotomy/suture; check the meaning of episiotomy/suture for these women; presenting the difficulties experienced by them during and after the procedure in their body and propose nursing actions that minimize the inconvenience resulting from episiotomy/suture. Data were collected and recorded on cell phone, then transcribed and analyzed by grouping the lines and categorizing them into thematic units. The results showed: the lack of women in relation to the aspects that guide and involve episiotomy/suture, a distorted view of what becomes of episiotomy and its purpose, lack of guidance about the procedure and the necessary care, loss of autonomy of women in labor and birth process and the strengthening of episiotomy/suture as a routine practice. Women do not hold meaning of episiotomy/suture, because health professionals do not undertake to prepare these women for normal childbirth, much less to perform the episiotomy/suture. It is importante to reinforce the need to reform the teaching on episiotomy/suture in obstetric nursing education, which should be done the valuation of non-invasive practices in the process of labor and birth rather than the realization of this intervention. Nursing care is present in general and specific performance in delivery, co we have a duty to provide quality care and provide conditions so that it can deal with the transformations that occur in your body in childbirth and the postpartum period, providing her a safe delivery, pleasant and natural and a puerperium pleasant and confident of herself.Ferreira, Helen CamposBarbosa, Marcio SantosMota, Cristina Portela daSilva, Laila Franco da2019-04-04T16:12:58Z2019-04-04T16:12:58Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfSilva, Laila Franco da. A episiotomia-rafia na percepção das mulheres: a enfermagem em busca da melhoria do cuidar. 2011. 56f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, Universidade Federal Fluminense, 2011.https://app.uff.br/riuff/handle/1/9091http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-08-04T16:34:18Zoai:app.uff.br:1/9091Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:05:45.873751Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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