ANÁLISE MACROECONÔMICA DO ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS E IMPACTOS DA LEI DO SUPERENDIVIDAMENTO NO PERÍODO DE 2012 A 2023
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/31965 |
Resumo: | O endividamento das famílias é um fenômeno que surge a partir do processo de financeirização das economias e que, no Brasil, se intensificou a partir do final do século XX. Ocorre que tal fenômeno apenas passa a receber maior atenção acadêmica a partir da crise financeira de 2007-2008, e, recentemente, diversas políticas públicas, relacionadas ao endividamento familiar, têm sido adotadas pelo governo federal, como a Lei do Superendividamento e o programa Desenrola Brasil. Portanto, o objetivo do presente trabalho é analisar a relação do endividamento familiar e variáveis macroeconômicas brasileiras, no período de julho de 2012 a julho de 2023, além de averiguar os efeitos produzidos pela citada Lei, para analisar se seu efeito foi eficaz no controle do endividamento ou no combate à inadimplência, através de uma abordagem econométrica com um modelo vetorial de correção de erros (VECM), da análise da função impulso-resposta (FIR) e decomposição da variância. Como principais resultados do trabalho, destaca-se a evidência de causalidade de curto prazo entre as séries do endividamento das famílias, da inadimplência e do produto interno bruto (PIB) com o conjunto das demais séries temporais; o efeito do endividamento no PIB, positivo no curto prazo, e negativo ao longo do tempo, como evidenciado pela função impulso-resposta; a relação positiva do endividamento com a própria série, bem como com a inadimplência e o desemprego; a relação negativa entre inadimplência e o PIB, e a também negativa relação entre PIB e spread; além de indícios de que os efeitos da Lei do Superendividamento colaboraram para a redução da inadimplência. Conclui-se que existem evidências de que o endividamento das famílias pode influenciar no PIB, de forma diversa ao longo do tempo, como indicado pela FIR, porém, ocorre que, dadas as condições da economia brasileira, o VECM apontou, de forma estatisticamente não significante, ao nível de significância de 5%, o impacto negativo do endividamento no PIB, no curto prazo, o que pode significar que o endividamento das famílias brasileiras se encontra em nível elevado, e, portanto, políticas públicas podem ser utilizadas para mitigar os efeitos negativos do endividamento familiar. |
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