O papel do cinema na formação de uma subjetividade punitiva através da análise do filme "Tropa de Elite"

• Autor(a) principal: Burlamaqui, Thaís Bessa
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33481
• topic: Criminologia; Subjetividade; Cinema; Direito penal do inimigo; Autoritarismo; Violência no cinema; Tropa de elite (filme); Subjetividade; Violência policial; psicanálise

O presente artigo busca desenvolver a análise da relação entre a produção cinematográfica e a formação da subjetividade punitiva presente no senso comum brasileiro, a partir, predominantemente da perspectiva da criminologia. No entanto, também traz contribuições extraídas das áreas do cinema e da psicanálise. No artigo, traça-se um panorama das reivindicações punitivistas feitas pelo senso comum brasileiro, além de explorar o conceito de subjetividade, bem como as várias concepções ao longo dos séculos de um estereótipo tido como inimigo público e, consequentemente, estigmatizado por sua respectiva sociedade. Faz-se a análise do filme Tropa de Elite – tanto de cenas e pontos específicos que, em razão da representação da truculência policial, foram recebidos com entusiasmo por parcela da população; quanto dos desdobramentos de sua repercussão e sucesso, seus impactos culturais. Em um momento posterior, faz-se a relação do conceito de autoritarismo cool, elaborado por Zaffaroni, com as demandas sociais por maior rigor penal nos dias atuais, além de comentar como essas demandas acabam resgatando, no Brasil, elementos típicos do movimento de “lei e ordem” da década de 1970 nos Estados Unidos.