Mem de Sá, 100: uma pós-fotografia de sensações na construção de narrativas comunicacionais

• Autor(a) principal: Maia, Gabriel Rios
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34234
• topic: Pós-fotografia; Imagens técnicas; Questões de gênero; Sensorialidade; Fotografia; Minoria sexual

O trabalho busca compreender a linguagem pós-fotográfica como uma possibilidade na construção de narrativas comunicacionais de relevância social que despertam sensações e sensorialidade no receptor, em contraponto ao conceito de imagem técnica fílmico-química, que estipula a limitação e a necessidade do esgotamento do aparelho fotográfico. Para isto, tomamos como objeto de estudo as fotografias de “Mem de Sá, 100” (2010-2012), trabalho da fotodocumentarista Ana Carolina Fernandes, que conviveu por dois anos e registrou de forma subversiva a rotina das travestis moradoras do casarão do bairro da Lapa, da cidade do Rio de Janeiro. Pretendemos observar como o trabalho da fotodocumentarista propõe uma leitura sensível e sensorial da vida destes corpos que importam e podem ser retratados por outras perspectivas, ângulos e texturas. Como embasamento teórico, trazemos reflexões acerca das imagens técnicas, propostas por Flusser (1985); um contraponto que relaciona os corpos criador e receptor, tecnologia e intenção, de Machado (1997); a abertura de possibilidades de registro com a pós-fotografia e os sentidos, como discorre Fontcuberta (2012); a reconfiguração do olhar com a disrupção e o movimento, apontados por Pucarelli (2009); e uma conclusão acerca da importância da pós-fotografia como praxis, termo utilizado por Fontanille (2017), para colocar à luz, segundo Butler (2016), corpos que importam e devem ser reconhecíveis, mesmo quando escapam a uma norma social.