Qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV / Aids no município de Rio das Ostras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hipolito, Rodrigo Leite
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12567
Resumo: Este estudo teve como objetivo geral analisar a qualidade de vida e suas representações em momentos distintos de diagnóstico entre pessoas que vivem com o HIV/aids, no município de Rio das Ostras, Rio de Janeiro. O estudo foi apoiado na teoria das representações sociais associada ao constructo da qualidade de vida. Realizou-se estudo qualiquantitativo, desenvolvido no Programa de DST, AIDS e Hepatites Virais do município de Rio das Ostras, tendo como sujeitos e amostra 100 pessoas que viviam com HIV/aids. A amostra foi estratificada, contando com 50 pessoas com tempo de diagnóstico de até 6 meses e 50 superior a 6 meses. A coleta de dados se deu através da aplicação de um questionário de caracterização socioeconômica e clínica, instrumento WHOQOL-HIV-Bref e entrevistas semiestruturadas, durante o período compreendido entre os meses de maio de 2013 a janeiro de 2014. Todos os sujeitos responderam aos dois primeiros instrumentos, e para as entrevistas foi constituída uma subamostra de 40 pessoas, igualmente distribuídas em dois grupos de acordo com o tempo de diagnóstico. A análise dos dados foi realizada através de estatística descritiva e inferencial utilizando o software SPSS 17.0. A análise das representações sociais foi apoiada pelo software Alceste 4.10. O grupo estudado caracterizou-se igualitariamente entre os sexos, com orientação religiosa evangélica (36%), média de idade de 37,6 anos, residentes no município de tratamento (89%), escolaridade fundamental e média incompleta (48%), empregados (65%), com renda pessoal média de R$ 1.077,00, com tempo de diagnóstico menor que quatro anos (68%), em uso de terapia antirretroviral (74%) e tempo de uso de terapia antirretroviral menor que quatro anos (52%). Os resultados da análise da qualidade de vida demonstraram que os escores dos domínios espiritualidade/religião/crenças pessoais (14,61) e relações sociais (14,52) apresentaram as maiores médias brutas, dentre aquelas com tendência positiva de avaliação. As médias mais baixas recaíram nos domínios nível de independência (13,77) e meio ambiente (13,29). Observou-se que o tempo de diagnóstico não interferiu nos escores de qualidade de vida da amostra. A representação da qualidade de vida revelou-se constituída por conteúdos associados às expectativas futuras, qualidade de vida frente ao diagnóstico, enfrentamento, uso do antirretroviral, transmissão e prevenção. Nesses conteúdos observou-se que essa representação compartilha significados, apontando para a hipótese de representação não autônoma em relação a representação social da aids. Conclui-se que o grupo possui mecanismos de adaptação à situação vivenciada, revelando percepção da necessidade de autocuidado e manutenção de uma rede de apoio alicerçada na espiritualidade/religiosidade e nas relações sociais, o que faz crer existir um caminhar progressivo para novos sistemas de interpretação, regendo relações mais positivas e objetivadas na representação social da qualidade de vida.
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A coleta de dados se deu através da aplicação de um questionário de caracterização socioeconômica e clínica, instrumento WHOQOL-HIV-Bref e entrevistas semiestruturadas, durante o período compreendido entre os meses de maio de 2013 a janeiro de 2014. Todos os sujeitos responderam aos dois primeiros instrumentos, e para as entrevistas foi constituída uma subamostra de 40 pessoas, igualmente distribuídas em dois grupos de acordo com o tempo de diagnóstico. A análise dos dados foi realizada através de estatística descritiva e inferencial utilizando o software SPSS 17.0. A análise das representações sociais foi apoiada pelo software Alceste 4.10. O grupo estudado caracterizou-se igualitariamente entre os sexos, com orientação religiosa evangélica (36%), média de idade de 37,6 anos, residentes no município de tratamento (89%), escolaridade fundamental e média incompleta (48%), empregados (65%), com renda pessoal média de R$ 1.077,00, com tempo de diagnóstico menor que quatro anos (68%), em uso de terapia antirretroviral (74%) e tempo de uso de terapia antirretroviral menor que quatro anos (52%). Os resultados da análise da qualidade de vida demonstraram que os escores dos domínios espiritualidade/religião/crenças pessoais (14,61) e relações sociais (14,52) apresentaram as maiores médias brutas, dentre aquelas com tendência positiva de avaliação. As médias mais baixas recaíram nos domínios nível de independência (13,77) e meio ambiente (13,29). Observou-se que o tempo de diagnóstico não interferiu nos escores de qualidade de vida da amostra. A representação da qualidade de vida revelou-se constituída por conteúdos associados às expectativas futuras, qualidade de vida frente ao diagnóstico, enfrentamento, uso do antirretroviral, transmissão e prevenção. Nesses conteúdos observou-se que essa representação compartilha significados, apontando para a hipótese de representação não autônoma em relação a representação social da aids. Conclui-se que o grupo possui mecanismos de adaptação à situação vivenciada, revelando percepção da necessidade de autocuidado e manutenção de uma rede de apoio alicerçada na espiritualidade/religiosidade e nas relações sociais, o que faz crer existir um caminhar progressivo para novos sistemas de interpretação, regendo relações mais positivas e objetivadas na representação social da qualidade de vida.This study aimed to analyze the overall quality of life and their representations at different times of diagnosis among people living with HIV/aids in the municipality of Rio das Ostras, lowland coastal state of Rio de Janeiro. The study was supported in the theory of social representations associated with the construct of quality of life. We conducted qualitative and quantitative study, developed in STD Program, AIDS and Viral Hepatitis in the city of Rio das Ostras The subjects and sample 100 people living with HIV/aids. The sample was stratified, with 50 individuals diagnosed with time up to 6 months and 50 over 6 months. Data collection was made through the application of a questionnaire to characterize economic partner and clinic, WHOQOL-HIV-Bref instrument and semi-structured interviews, during the period between the months of May 2013 to January 2014. All subjects responded to the first two instruments, and to the interviews, a sub sample consisted of 40 people, equally divided into two groups according to the time of diagnosis. Data analysis was performed using descriptive and inferential statistics using SPSS 17.0 software. The analysis of social representations was supported by Alceste 4.10 software. The study group was characterized equally between the sexes, with evangelical religious orientation (36%), mean age 37.6 years, living in the city of treatment (89%), basic education and incomplete average (48%), employees (65%), with average personal income of R$ 1,077.00, with time of diagnosis less than four years (68%), on antiretroviral therapy (74%) and time of use of antiretroviral therapy less than four years (52%). The results of the quality of life analysis demonstrated that domain scores spirituality / religion / personal beliefs (14.61) and social relations (14.52) had the highest gross average among those who showed a positive trend assessment. The lowest averages fell in the fields level of independence (13.77) and the environment (13.29). It was observed that the time of diagnosis did not affect the sample quality of life scores. The representation of the quality of life proved to be composed of future expectations associated with content, quality of life when diagnosis, coping, antiretroviral use, transmission and prevention. In such content was observed that this representation shares meanings, pointing to the non-autonomous representation hypothesis regarding social representation of aids. It follows that the group has mechanisms to adapt to the situation experienced, revealing perceived need for self-care and maintenance of a support network founded in spirituality / religiosity and social relations, which suggests there is a progressive move towards new interpretation systems, conducting more positive relationships and targeted social representation of the quality of life.283f.Oliveira, Denize Cristina deMarques, Sergio CorrêaGomes, Antonio Marcos TosoliCosta, Tadeu Lessa daPereira, Eliane Ramoshttp://lattes.cnpq.br/1634663063107444http://lattes.cnpq.br/0539303957929668http://lattes.cnpq.br/4799359850977600http://lattes.cnpq.br/2550343379671285http://lattes.cnpq.br/3069658740703374http://lattes.cnpq.br/5088894307129020Hipolito, Rodrigo Leite2020-01-06T19:36:58Z2020-01-06T19:36:58Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfHIPOLITO, Rodrigo Leite. Qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV / Aids no município de Rio das Ostras. 2015. 283 f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Enfermagem, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.https://app.uff.br/riuff/handle/1/12567http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-09-06T04:01:50Zoai:app.uff.br:1/12567Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-09-06T04:01:50Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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