Ordenamentos territoriais sob a ótica da sociobiodiversidade: o caso da revisão do plano diretor de Oriximiná, no Pará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Wagner Oliveira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23692
Resumo: Ordenamentos territoriais de origem municipal, no Brasil, têm se constituído, de forma política e desde o momento da edição da Lei Federal n. 10.257/2001, como um produto tecnojurídico que reúne tecnologias urbanísticas voltadas a racionalizar, via controle estatal, a produção capitalista do espaço urbano e a adoção de territorialidades privilegiadas em nome do enfrentamento de uma dualidade espacial citadina. Como tais ordenamentos foram forjados sob tal lógica – e como eles são, em si, uma exigência constitucional desde 1988 a todos os municípios do país – quando lançados sobre searas amazônicas seus institutos (jurídicos, administrativos, políticos e urbanísticos) ou não se comunicavam com a complexidade territorial nestas havidas ou as subjugavam em nome da mesma retórica da produção urbanística havida nas metrópoles regionais (como Belém ou Manaus em face da região Norte do Brasil) perpetuando-se, assim, invisibilidades institucionais sobre os conflitos havidos no exercício da sociobiodiversidade. O caso da revisão do Plano Diretor de Oriximiná (Lei Complementar n. 6.924, de 06 de outubro de 2006) nos trouxe, por meio de ações de extensão voltadas à reedição da lei estratégica, uma oportunidade de se perceber os diálogos entre as populações citadinas e do interior com o poder público local e, de outro lado, a oportunidade de se verificar diversas demandas socioambientais outra invisibilizadas no ordenamento territorial de 2006 – o qual adotamos, como hipótese, a existência de um conflito socioespacial único onde não só o tamanho de suas territorialidades (equivalente, sozinho, a muitas unidades da federação brasileira e países mundo afora) mas, sobretudo, a etnodiversidade mereciam ser contempladas no novo Plano Diretor Municipal Participativo – e que se tornou a atual Lei Complementar n. Lei nº 9.105, de 24 de julho de 2017. Neste sentido as atividades de campo – executadas sob forte ação voluntária e colaborativa nas arenas políticas forjadas para este intento – permitiu a realização de participações em paralelo com o Comitê Gestor de revisão do Plano Diretor que permitiram impregnar, na futura lei, a ótica da sociobiodiversidade, na medida em que as viabilidades orçamentária, política e socioambiental permitiram este intento. Acreditamos, portanto, que existe a possibilidade de apontamentos críticos nas bases metodológicas e conceituais de ordenamentos territoriais de nível local onde a abordagem única do urbano – em cenários amazônicos – se mostra insuficiente para contemplar situações de cidadania percebida das populações que possuem, na região, diversas formas de produção do espaço social e variadas conformações etnossociais nas urbes amazônicas. E, da mesma forma, acreditamos que a ótica proposta à nova lei diretriz de Oriximiná é o início de uma arena inacabada onde diversos cenários pluriétnicos e multiterritoriais ainda terão que ser discutidos se o poder público local e suas comunidades desejarem, para o real intento do Estatuto da Cidade, realizar o desejo de planejar, para os próximos dez anos, o desejado “município que queremos”.
id UFF-2_6e8b18495db41b4a686e7c25fe1d662f
oai_identifier_str oai:app.uff.br:1/23692
network_acronym_str UFF-2
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository_id_str 2120
spelling Ordenamentos territoriais sob a ótica da sociobiodiversidade: o caso da revisão do plano diretor de Oriximiná, no ParáTerritorial planning from the perspective of socio-biodiversity: the case of the revision of the master plan of Oriximiná, in ParáPlanos DiretoresConflitos socioambientaisOriximináSociobiodiversidade localPlano diretorJustiça ambientalOriximináTerritorialidade humanaUrban PlansSocio-environmental ConflictsOriximináLocal Socio-biodiversityOrdenamentos territoriais de origem municipal, no Brasil, têm se constituído, de forma política e desde o momento da edição da Lei Federal n. 10.257/2001, como um produto tecnojurídico que reúne tecnologias urbanísticas voltadas a racionalizar, via controle estatal, a produção capitalista do espaço urbano e a adoção de territorialidades privilegiadas em nome do enfrentamento de uma dualidade espacial citadina. Como tais ordenamentos foram forjados sob tal lógica – e como eles são, em si, uma exigência constitucional desde 1988 a todos os municípios do país – quando lançados sobre searas amazônicas seus institutos (jurídicos, administrativos, políticos e urbanísticos) ou não se comunicavam com a complexidade territorial nestas havidas ou as subjugavam em nome da mesma retórica da produção urbanística havida nas metrópoles regionais (como Belém ou Manaus em face da região Norte do Brasil) perpetuando-se, assim, invisibilidades institucionais sobre os conflitos havidos no exercício da sociobiodiversidade. O caso da revisão do Plano Diretor de Oriximiná (Lei Complementar n. 6.924, de 06 de outubro de 2006) nos trouxe, por meio de ações de extensão voltadas à reedição da lei estratégica, uma oportunidade de se perceber os diálogos entre as populações citadinas e do interior com o poder público local e, de outro lado, a oportunidade de se verificar diversas demandas socioambientais outra invisibilizadas no ordenamento territorial de 2006 – o qual adotamos, como hipótese, a existência de um conflito socioespacial único onde não só o tamanho de suas territorialidades (equivalente, sozinho, a muitas unidades da federação brasileira e países mundo afora) mas, sobretudo, a etnodiversidade mereciam ser contempladas no novo Plano Diretor Municipal Participativo – e que se tornou a atual Lei Complementar n. Lei nº 9.105, de 24 de julho de 2017. Neste sentido as atividades de campo – executadas sob forte ação voluntária e colaborativa nas arenas políticas forjadas para este intento – permitiu a realização de participações em paralelo com o Comitê Gestor de revisão do Plano Diretor que permitiram impregnar, na futura lei, a ótica da sociobiodiversidade, na medida em que as viabilidades orçamentária, política e socioambiental permitiram este intento. Acreditamos, portanto, que existe a possibilidade de apontamentos críticos nas bases metodológicas e conceituais de ordenamentos territoriais de nível local onde a abordagem única do urbano – em cenários amazônicos – se mostra insuficiente para contemplar situações de cidadania percebida das populações que possuem, na região, diversas formas de produção do espaço social e variadas conformações etnossociais nas urbes amazônicas. E, da mesma forma, acreditamos que a ótica proposta à nova lei diretriz de Oriximiná é o início de uma arena inacabada onde diversos cenários pluriétnicos e multiterritoriais ainda terão que ser discutidos se o poder público local e suas comunidades desejarem, para o real intento do Estatuto da Cidade, realizar o desejo de planejar, para os próximos dez anos, o desejado “município que queremos”.Municipal’s territorial ordinances, in Brazil, have been constituted, in a political way and since the moment of the edition by Federal Law n. 10.257 / 2001, as a technolaw product that brings together urbanistic technologies aimed at rationalizing, through state control, the capitalist production of the urban space and the adoption of privileged territorialities in the name of the confrontation of a spatial duality in the cities. As the ordinations were forged under this logic - and since they are, in themselves, a constitutional requirement since 1988 to all the municipalities of the Nation - when they launched on Amazonian ranches their institutes (legal, administrative, political and urban) or did not communicate with the territorial complexity in these lands or subjugated them in the name of the same urban production rhetoric lived in the regional metropolises (like Belem or Manaus in the North region of Brazil) perpetuating, thus, institutional invisibles on the conflicts occurred in the exercise of the sociobiodiversity. The case of the review of the Oriximiná Master Plan (Complementary Law 6,924, October 6, 2006) brought us, through extension actions aimed at the reissue of the strategic law, an opportunity to perceive the dialogues between the townspeople and from the countryside with the local public power and, on the other hand, the opportunity to verify several socio-environmental demands, another invisible in the 2006 land-use planning - which we adopted, as hypothesis, the existence of a unique socio-spatial conflict where not only the size of its territorialities (equivalent, alone, to many units of the Brazilian federation and countries around the world) but, above all, ethnodiversity deserved to be contemplated in the new Participative Municipal Master Plan - and which became the current Complementary Law n. Law No. 9,105, dated July 24, 2017. In this way, the field activities - carried out under strong voluntary and collaborative action in the political arenas forged for this purpose - allowed the holding of participations in parallel with the “Steering Committee by Review” that in the future law, the perspective of socio-biodiversity, insofar as the budgetary, political and socioenvironmental feasibility allowed this attempt. We believe, therefore, that there is a possibility of critical points in the methodological and conceptual bases of local-level territorial ordinances where the unique approach of the urban - in Amazonian scenarios - is insufficient to contemplate situations of perceived citizenship of the populations that have, various forms of production of the social space and varied ethnossocial conformations in the Amazonian cities. And, likewise, we believe that the proposed view of Oriximiná's new guideline law is the beginning of an unfinished arena where several multi-ethnic and multi-territorial scenarios will still have to be discussed if local government and its communities wish for the real intent of the Statute of the City Brazilian Law, realize the desire to plan, for the next ten years, the desired "municipality we want".446f.NiteróiMadeira Filho, WilsonBello, EnzoFaria, Teresa PeixotoCosta, Beatriz SouzaAlcántara, Leonardo Alejandro GomideRibeiro, Ana Maria Mottahttp://lattes.cnpq.br/5488003761613969Rodrigues, Wagner Oliveira2021-11-18T21:29:42Z2021-11-18T21:29:42Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfRODRIGUES, Wagner de Oliveira. Ordenamentos territoriais sob a ótica da sociobiodiversidade: o caso da revisão do plano diretor de Oriximiná, no Pará. Orientador: Wilson Madeira Filho; Ana Maria Motta Ribeiro. 2018. 446 f. Tese (Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais) - Faculdade de Direito, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2018.https://app.uff.br/riuff/handle/1/23692Aluno de DoutoradoCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-11-18T21:29:42Zoai:app.uff.br:1/23692Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-11-18T21:29:42Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv Ordenamentos territoriais sob a ótica da sociobiodiversidade: o caso da revisão do plano diretor de Oriximiná, no Pará
Territorial planning from the perspective of socio-biodiversity: the case of the revision of the master plan of Oriximiná, in Pará
title Ordenamentos territoriais sob a ótica da sociobiodiversidade: o caso da revisão do plano diretor de Oriximiná, no Pará
spellingShingle Ordenamentos territoriais sob a ótica da sociobiodiversidade: o caso da revisão do plano diretor de Oriximiná, no Pará
Rodrigues, Wagner Oliveira
Planos Diretores
Conflitos socioambientais
Oriximiná
Sociobiodiversidade local
Plano diretor
Justiça ambiental
Oriximiná
Territorialidade humana
Urban Plans
Socio-environmental Conflicts
Oriximiná
Local Socio-biodiversity
title_short Ordenamentos territoriais sob a ótica da sociobiodiversidade: o caso da revisão do plano diretor de Oriximiná, no Pará
title_full Ordenamentos territoriais sob a ótica da sociobiodiversidade: o caso da revisão do plano diretor de Oriximiná, no Pará
title_fullStr Ordenamentos territoriais sob a ótica da sociobiodiversidade: o caso da revisão do plano diretor de Oriximiná, no Pará
title_full_unstemmed Ordenamentos territoriais sob a ótica da sociobiodiversidade: o caso da revisão do plano diretor de Oriximiná, no Pará
title_sort Ordenamentos territoriais sob a ótica da sociobiodiversidade: o caso da revisão do plano diretor de Oriximiná, no Pará
author Rodrigues, Wagner Oliveira
author_facet Rodrigues, Wagner Oliveira
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Madeira Filho, Wilson
Bello, Enzo
Faria, Teresa Peixoto
Costa, Beatriz Souza
Alcántara, Leonardo Alejandro Gomide
Ribeiro, Ana Maria Motta
http://lattes.cnpq.br/5488003761613969
dc.contributor.author.fl_str_mv Rodrigues, Wagner Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv Planos Diretores
Conflitos socioambientais
Oriximiná
Sociobiodiversidade local
Plano diretor
Justiça ambiental
Oriximiná
Territorialidade humana
Urban Plans
Socio-environmental Conflicts
Oriximiná
Local Socio-biodiversity
topic Planos Diretores
Conflitos socioambientais
Oriximiná
Sociobiodiversidade local
Plano diretor
Justiça ambiental
Oriximiná
Territorialidade humana
Urban Plans
Socio-environmental Conflicts
Oriximiná
Local Socio-biodiversity
description Ordenamentos territoriais de origem municipal, no Brasil, têm se constituído, de forma política e desde o momento da edição da Lei Federal n. 10.257/2001, como um produto tecnojurídico que reúne tecnologias urbanísticas voltadas a racionalizar, via controle estatal, a produção capitalista do espaço urbano e a adoção de territorialidades privilegiadas em nome do enfrentamento de uma dualidade espacial citadina. Como tais ordenamentos foram forjados sob tal lógica – e como eles são, em si, uma exigência constitucional desde 1988 a todos os municípios do país – quando lançados sobre searas amazônicas seus institutos (jurídicos, administrativos, políticos e urbanísticos) ou não se comunicavam com a complexidade territorial nestas havidas ou as subjugavam em nome da mesma retórica da produção urbanística havida nas metrópoles regionais (como Belém ou Manaus em face da região Norte do Brasil) perpetuando-se, assim, invisibilidades institucionais sobre os conflitos havidos no exercício da sociobiodiversidade. O caso da revisão do Plano Diretor de Oriximiná (Lei Complementar n. 6.924, de 06 de outubro de 2006) nos trouxe, por meio de ações de extensão voltadas à reedição da lei estratégica, uma oportunidade de se perceber os diálogos entre as populações citadinas e do interior com o poder público local e, de outro lado, a oportunidade de se verificar diversas demandas socioambientais outra invisibilizadas no ordenamento territorial de 2006 – o qual adotamos, como hipótese, a existência de um conflito socioespacial único onde não só o tamanho de suas territorialidades (equivalente, sozinho, a muitas unidades da federação brasileira e países mundo afora) mas, sobretudo, a etnodiversidade mereciam ser contempladas no novo Plano Diretor Municipal Participativo – e que se tornou a atual Lei Complementar n. Lei nº 9.105, de 24 de julho de 2017. Neste sentido as atividades de campo – executadas sob forte ação voluntária e colaborativa nas arenas políticas forjadas para este intento – permitiu a realização de participações em paralelo com o Comitê Gestor de revisão do Plano Diretor que permitiram impregnar, na futura lei, a ótica da sociobiodiversidade, na medida em que as viabilidades orçamentária, política e socioambiental permitiram este intento. Acreditamos, portanto, que existe a possibilidade de apontamentos críticos nas bases metodológicas e conceituais de ordenamentos territoriais de nível local onde a abordagem única do urbano – em cenários amazônicos – se mostra insuficiente para contemplar situações de cidadania percebida das populações que possuem, na região, diversas formas de produção do espaço social e variadas conformações etnossociais nas urbes amazônicas. E, da mesma forma, acreditamos que a ótica proposta à nova lei diretriz de Oriximiná é o início de uma arena inacabada onde diversos cenários pluriétnicos e multiterritoriais ainda terão que ser discutidos se o poder público local e suas comunidades desejarem, para o real intento do Estatuto da Cidade, realizar o desejo de planejar, para os próximos dez anos, o desejado “município que queremos”.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018
2021-11-18T21:29:42Z
2021-11-18T21:29:42Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv RODRIGUES, Wagner de Oliveira. Ordenamentos territoriais sob a ótica da sociobiodiversidade: o caso da revisão do plano diretor de Oriximiná, no Pará. Orientador: Wilson Madeira Filho; Ana Maria Motta Ribeiro. 2018. 446 f. Tese (Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais) - Faculdade de Direito, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2018.
https://app.uff.br/riuff/handle/1/23692
Aluno de Doutorado
identifier_str_mv RODRIGUES, Wagner de Oliveira. Ordenamentos territoriais sob a ótica da sociobiodiversidade: o caso da revisão do plano diretor de Oriximiná, no Pará. Orientador: Wilson Madeira Filho; Ana Maria Motta Ribeiro. 2018. 446 f. Tese (Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais) - Faculdade de Direito, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2018.
Aluno de Doutorado
url https://app.uff.br/riuff/handle/1/23692
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv CC-BY-SA
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv CC-BY-SA
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Niterói
publisher.none.fl_str_mv Niterói
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv riuff@id.uff.br
_version_ 1807838699960926208