O processo e os impactos da base nacional comum curricular: a nova mercadoria chamada educação

• Autor(a) principal: Silva, Ana Carla da
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30146
• topic: políticas curriculares; base nacional comum curricular; etnografia de rede; comunidade política; curriculum policies; common national curriculum base; network ethnography; political community

Este trabalho advém do projeto de iniciação científica (PIBIC) 2020/2021, intitulado “Um estudo das Políticas de rede no Brasil: Práticas Mobilizadas em nome da BNCC” do qual participei, orientada pelo Prof. William de Goes Ribeiro, que visou aprofundar o estudo das políticas curriculares, considerando as expectativas de mudanças a nível nacional, geradas pela Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017, 2018); traçadas com o pressuposto de se garantir qualidade da educação e direitos. Porém nos últimos anos, pesquisadores têm destacado várias questões ligadas às injustiças em educação, sem chegar a consensos sobre padronizações. A despeito disso, a BNCC é homologada, reiterando uma discussão tensa em torno de um viés curricular centralizador. Em relação ao processo e à concepção que a embasa, não são poucos os problemas apontados em vasta literatura acadêmica. Dessa forma, propus um estudo das políticas de rede e das tecnologias de educação global, que nesse contexto tem em vista uma compreensão do que a política tem produzido, destacando sujeitos e redes público-privadas aproximadas em nome dela, atentando para as mediações e traduções que apontam para a necessidade de pesquisas que elucidem aspectos relevantes ligados à política curricular. O sociólogo Stephen Ball contribui com a análise teórico-metodológica a partir do ciclo de políticas, enfatizando o contexto de influências e a etnografia de rede, para a possibilidade de identificação gráfica e analítica dessa comunidade política, e de suas iniciativas globais-locais do que põem em prática, destacando as relações e interações em jogo a mercantilização da educação, através de sua influência numa engrenagem que compõe Estado e iniciativa privada. Pesquisadores do currículo no Brasil, como Alice Lopes e Elizabeth Macedo, contribuiriam com o trabalho, assim como estudos feitos no Grupo de Pesquisa em Educação e Cultura (GPECult) da Universidade Federal Fluminense, Instituto de educação de Angra dos Reis (UFF/IEAR).