Cinética de recristalização da liga AL AA1070 prensada em canais equiangulares a frio via rotas A e C

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendes, Rachel Santos
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27125
Resumo: Este estudo teve por objetivo investigar a cinética de recristalização da liga de alumínio AA1070 prensada em canais equiangulares a frio e posteriormente recozidas, por meio do modelo cinético JMAK e do caminho microestrutural. A deformação verdadeira acumulada foi de 5,95 e a conformação foi conduzida via rota A e rota C em cinco passes consecutivos. O recozimento foi realizado a 200ºC e 250°C durante o intervalo de 5 a 60 min. A caracterização microestrutural do material recozido foi analisada com o auxílio da técnica de microscopia eletrônica de varredura (MEV) no modo de elétrons retroespalhados. A metalografia quantitativa foi realizada a partir da análise de 30 campos aleatórios de cada amostra utilizados para calcular a fração volumétrica recristalizada (Xv) e a área superficial por unidade de volume (Sv). Os tamanhos de grão ao final do tratamento térmico a 200ºC e 250ºC foram respectivamente, de 1,91 µm e 2,07 µm para a rota A e 2,19 µm e 2,33µm para a rota C. A fração recristalizada da do material tratado termicamente a 200 ºC foi de 0,45 e 0,28 para as rotas A e C, respectivamente, e de 0,62 e 0, 46 ao final do tratamento a 250 ºC. A textura cristalográfica não apresentou evolução significativa em relação ao material deformado. Observou-se um aumento no valor da intensidade global com o aumento do tempo de recozimento, um enfraquecimento das componentes de textura características do ECAP e o aumento da presença das componentes de textura de típicas de recristalização de materiais CFC, em especial Cubo, Goss e Goss girado. Na rota A, a componente Goss apresentou intensidade de 8,5, no tratamento a 250 ºC e na rota C, a intensidade máxima da componente Cubo foi 6,5 durante o tratamento térmico a 200 ºC. As medidas de dureza Vickers ao final do tratamento térmico a 200ºC e 250ºC foram de 44,7 e 40,1 HV0,1 para o material previamente deformado via rota A e 43,7 e 40,6 HV0,1 para o material deformado via rota C. Concluiu-se que, os modelos JMAK e Caminho microestrutural não descrevem a cinética de recristalização para o material severamente deformado. Um dos fatores mais prováveis de causar problemas na modelagem realista da cinética de recristalização, além das hipóteses simplificadoras de ambos os modelos, foi a ocorrência da recristalização dinâmica contínua durante a deformação plástica severa e o fato de as baixas temperaturas empregadas não forneceram energia suficiente para a completa recristalização da microestrutura.
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A metalografia quantitativa foi realizada a partir da análise de 30 campos aleatórios de cada amostra utilizados para calcular a fração volumétrica recristalizada (Xv) e a área superficial por unidade de volume (Sv). Os tamanhos de grão ao final do tratamento térmico a 200ºC e 250ºC foram respectivamente, de 1,91 µm e 2,07 µm para a rota A e 2,19 µm e 2,33µm para a rota C. A fração recristalizada da do material tratado termicamente a 200 ºC foi de 0,45 e 0,28 para as rotas A e C, respectivamente, e de 0,62 e 0, 46 ao final do tratamento a 250 ºC. A textura cristalográfica não apresentou evolução significativa em relação ao material deformado. Observou-se um aumento no valor da intensidade global com o aumento do tempo de recozimento, um enfraquecimento das componentes de textura características do ECAP e o aumento da presença das componentes de textura de típicas de recristalização de materiais CFC, em especial Cubo, Goss e Goss girado. Na rota A, a componente Goss apresentou intensidade de 8,5, no tratamento a 250 ºC e na rota C, a intensidade máxima da componente Cubo foi 6,5 durante o tratamento térmico a 200 ºC. As medidas de dureza Vickers ao final do tratamento térmico a 200ºC e 250ºC foram de 44,7 e 40,1 HV0,1 para o material previamente deformado via rota A e 43,7 e 40,6 HV0,1 para o material deformado via rota C. Concluiu-se que, os modelos JMAK e Caminho microestrutural não descrevem a cinética de recristalização para o material severamente deformado. Um dos fatores mais prováveis de causar problemas na modelagem realista da cinética de recristalização, além das hipóteses simplificadoras de ambos os modelos, foi a ocorrência da recristalização dinâmica contínua durante a deformação plástica severa e o fato de as baixas temperaturas empregadas não forneceram energia suficiente para a completa recristalização da microestrutura.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThis study aims to report the kinects of recrystallization aluminum alloy AA1070 deformed by equal channel angular pressing (ECAP) and subsequently annealed, using the kinetic model JMAK and microstructural path. The accumulated true stress was 5.95 and the deformation was conducted via routes A and C up to 5 passes. The annealing was performed at 200 ºC and 250 ºC during the range of 5 to 60 minutes. Microstructural characterization was analyzed with the aid of the technique of scanning electron microscopy (SEM) in backscattered electron mode. Quantitative metallography was performed by the analyzing of 30 images from each sample where the recrystallized volumetric fraction (Xv) and the specific surface area (Sv) were calculated. The grain sizes at the end of the heat treatment at 200ºC and 250°C were respectively 1.91 μm and 2.07 μm for the material deformed via route A and 2.19 μm and 2.33 μm for the one deformed by route C. The recrystallized fraction of the heat treated material at 200 ° C was 0.45 and 0.28 for routes A and C, respectively, and 0.62 and 0.46 at the end of the treatment at 250 ° C. The crystallographic texture showed no significant evolution compared to the deformed material. There was an increase in the value of the overall intensity with increasing annealing time, a weakening of the ECAP characteristic texture components and the increased presence of the typical recrystallization texture of CFC materials, in particular Cube, Goss and rotated Goss. In route A, the Goss component showed intensity of 8.5, in theheat treatment at 250 ºC and in route C, the maximum intensity of the Cubo component was 6.5 during the heat treatment at 200 ºC. The Vickers hardness measurements at the end of the heat treatment at 200ºC and 250ºC were 44.7 and 40.1 HV0.1 for the previously deformed material via route A and 43.7 and 40.6 HV0.1 for the deformed material via route C. It was concluded that the JMAK and microstructural path models do not describe the recrystallization kinetics for severely deformed material. One of the most likely factors to cause problems in the realistic modeling of recrystallization kinetics, besides the simplifying hypotheses of both models, was the occurrence of continuous dynamic recrystallization during severe plastic deformation and the fact that the low temperatures employed did not provide sufficient energy for the complete recrystallization of the microstructure.160 p.Lins, Jefferson Fabrício Cardosohttp://lattes.cnpq.br/7528952471956006Ferreira, Alexandre Furtadohttp://lattes.cnpq.br/8648089123168415Silva, Fabiane Roberta Freitas dahttp://lattes.cnpq.br/1166347988791004Conceição, Monique Osório Talarico dahttp://lattes.cnpq.br/3344204581149970Borborema, Sinarahttp://lattes.cnpq.br/9994985665512071http://lattes.cnpq.br/9827266846889557Mendes, Rachel Santos2022-11-30T13:39:03Z2022-11-30T13:39:03Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfMENDES, Rachel Santos. 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