Avaliação da capacidade proliferativa das células imunológicas circulantes em agricultores expostos a agrotóxicos no município de Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral, Yngrid dos Santos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23747
Resumo: O uso de agrotóxico tem como função controlar a ação de pragas, insetos, fungos e outros agentes, que são prejudiciais às plantas e outros seres vivos. No entanto, ao usar produtos químicos sintéticos o ser humano põe em risco a própria saúde uma vez que temos vias de metabolismo similares que são alvos da ação dos agrotóxicos. Dessa forma, o uso de agrotóxico pode vir a causar toxicidade no homem, gerando complicações de saúde como: intoxicações agudas, desregulações hormonais, problemas mentais, modificações celulares na ativação, proliferação e diferenciação de células do sistema imunológico, causando desordens como depressão do sistema imune, apoptose e imunotoxicidade, gerando maior risco de desenvolvimento de câncer, risco de doenças alérgicas e predisposição a infecções (ex. Manconzeb). O município de Casimiro de Abreu, localizado no estado do Rio de Janeiro, apresenta elevada atividade agrícola, predominando a produção familiar de alimentos. Com o objetivo de entender melhor a relação entre exposição a agrotóxicos, a resposta imune e o desenvolvimento de câncer, este projeto se propôs a avaliar o perfil de resposta imune em trabalhadores expostos a agrotóxicos no município de Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo transversal realizado com trabalhadores da zona rural (TR), moradores da área rural (MR) e moradores área urbana da região (MU). A partir das amostras de sangue foram separadas as células mononucleares periféricas (PBMC) para cultivo na presença apenas de meio de cultura (meio) ou com estímulo de PHA M para indução de proliferação celular. O plasma e o sobrenadantes de cultura foram coletados para avaliação de óxido nítrico e citocinas. Os grupos TR e MR foram comparados ao grupo controle MU em relação à celularidade, onde foi encontrado maior número absoluto e percentual de linfócitos na cultura de 3 dias sem estímulo proliferativo, sugerindo que os grupos TR e MR, expostos à agrotóxicos, têm algum mecanismo que leva a maior proliferação celular ou à menor susceptibilidade à morte do que a área urbana, onde a exposição ambiental/ocupacional aos agrotóxicos é ausente ou menor. Vale destacar que não ocorreram diferenças em relação ao número de células nas culturas apenas cultivadas com meio entre os grupos TR e MR, sugerindo que os moradores rurais (MR) que não trabalham diretamente com agrotóxicos apresentam o mesmo comportamento na capacidade proliferativa ou de sobrevivência dos linfócitos quanto os trabalhadores expostos ao uso de agrotóxicos. Além disso, quando comparado a condição de meio com PHA em todos os grupos observou uma perda tanto no percentual quanto no valor absoluto no número de células, indicando morte celular na presença de PHA. Portanto, o uso de agrotóxico pode causar alterações na proliferação ou sobrevivência celular, sugerindo que a proximidade às regiões de manuseio e ocupação com agrotóxico possa ser fator de risco causando alteração no comportamento celular. Ressalta-se a importância de alternativas menos nocivas para uso nas lavouras, ou processo de substituição, ou intercalação como controle biológico de pragas
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Dessa forma, o uso de agrotóxico pode vir a causar toxicidade no homem, gerando complicações de saúde como: intoxicações agudas, desregulações hormonais, problemas mentais, modificações celulares na ativação, proliferação e diferenciação de células do sistema imunológico, causando desordens como depressão do sistema imune, apoptose e imunotoxicidade, gerando maior risco de desenvolvimento de câncer, risco de doenças alérgicas e predisposição a infecções (ex. Manconzeb). O município de Casimiro de Abreu, localizado no estado do Rio de Janeiro, apresenta elevada atividade agrícola, predominando a produção familiar de alimentos. Com o objetivo de entender melhor a relação entre exposição a agrotóxicos, a resposta imune e o desenvolvimento de câncer, este projeto se propôs a avaliar o perfil de resposta imune em trabalhadores expostos a agrotóxicos no município de Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo transversal realizado com trabalhadores da zona rural (TR), moradores da área rural (MR) e moradores área urbana da região (MU). A partir das amostras de sangue foram separadas as células mononucleares periféricas (PBMC) para cultivo na presença apenas de meio de cultura (meio) ou com estímulo de PHA M para indução de proliferação celular. O plasma e o sobrenadantes de cultura foram coletados para avaliação de óxido nítrico e citocinas. Os grupos TR e MR foram comparados ao grupo controle MU em relação à celularidade, onde foi encontrado maior número absoluto e percentual de linfócitos na cultura de 3 dias sem estímulo proliferativo, sugerindo que os grupos TR e MR, expostos à agrotóxicos, têm algum mecanismo que leva a maior proliferação celular ou à menor susceptibilidade à morte do que a área urbana, onde a exposição ambiental/ocupacional aos agrotóxicos é ausente ou menor. Vale destacar que não ocorreram diferenças em relação ao número de células nas culturas apenas cultivadas com meio entre os grupos TR e MR, sugerindo que os moradores rurais (MR) que não trabalham diretamente com agrotóxicos apresentam o mesmo comportamento na capacidade proliferativa ou de sobrevivência dos linfócitos quanto os trabalhadores expostos ao uso de agrotóxicos. Além disso, quando comparado a condição de meio com PHA em todos os grupos observou uma perda tanto no percentual quanto no valor absoluto no número de células, indicando morte celular na presença de PHA. Portanto, o uso de agrotóxico pode causar alterações na proliferação ou sobrevivência celular, sugerindo que a proximidade às regiões de manuseio e ocupação com agrotóxico possa ser fator de risco causando alteração no comportamento celular. Ressalta-se a importância de alternativas menos nocivas para uso nas lavouras, ou processo de substituição, ou intercalação como controle biológico de pragasThe use of pesticides has the function of controlling the action of pests, insects, fungi, and other agents that are harmful to plants and other living beings. Therefore, the use of pesticides can cause toxicity in humans, generating health complications such as: acute intoxications, hormonal dysregulation, mental problems, depression, cellular modifications in the activation, proliferation, differentiation of cells of the immune system, causing disorders such as immunedepression, apoptosis and immunotoxicity as a result increased risk of cancer development, risk of allergic diseases and predisposition to infections (Makonzeb). The city of Casimiro de Abreu, located in the state of Rio de Janeiro, has high agricultural activity, predominantly family food production. In order to better understand the relationship between exposure to pesticides, immune response and cancer this project aims to evaluate the immune response profile in workers exposed to pesticides in the municipality of Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro. This is a cross-sectional study carried out with workers from rural areas (TR), residents of rural areas (MR) and residents of urban areas in the region (MU). From the blood samples peripheral mononuclear cells (PBMC) were separated for culture in the presence of culture mediumonly (medium) or with PHA M stimulus for induction of cellproliferation. Plasma and culture supernatants were collected for nitric oxide and cytokine evaluation. The TR and MR groups were compared to the control MU group regarding cellularity where higher absolute number and percentage of lymphocytes were found in the 3-day culture without proliferative stimulus, suggesting that the TR and MR pesticide exposed groups have some mechanism that leads to cell proliferation or lower susceptibility to death than the urban area where pesticide exposure is absent or lower. It is noteworthy that there were no differences in cell number in the cultures grown only with medium, between TR and MR suggesting that even rural residents who do not work directly with pesticides have the same behavior in proliferative capacity or survival of lymphocytes as workers exposed to pesticide use. Furthermore, when compared to the condition of medium with PHA in all groups a loss in both percentage and absolute value in the number of cells was observed, indicating cell death in the presence of PHA. Therefore, the use of agrochemicals may cause alterations in cell proliferation or survival, suggesting that the proximity to the regions where agrochemicals are handled and occupied may be a risk factor, causing alterations in cell behavior. Thus, the importance of less harmful alternatives for use in crops or replacement or intercalation process as biological pest control is highlightedUniversidade Federal FluminenseNiteróiCostilla, Landi Veivi GuillermoRocha, Elisabeth Martins da SilvaXavier, Aurelizia Maria LemosMello, Marcia Sarpa de CamposCabral, Yngrid dos Santos2021-11-30T18:14:46Z2021-11-30T18:14:46Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/23747Aluno de GraduaçãoCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-12-06T19:25:47Zoai:app.uff.br:1/23747Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:01:10.811109Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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