Violência obstétrica - práticas no processo do parto e nascimento: uma revisão integrativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Raquel Santana
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/2569
Resumo: Introdução: A violência obstétrica tem se tornado uma rotina na vivência das mulheres brasileiras, onde impera o desrespeito, humilhações, discriminação de ordem étnica, econômica e social. Dessa forma, essa violência deve ser enfrentada por parte das instituições e profissionais de saúde, em prol para garantir os direitos sexuais, reprodutivos e humanos das mulheres. Práticas essas que vão de encontro ao conceito internacional de violência no parto que define qualquer ato ou intervenção direcionada à parturiente ou ao seu bebê, praticado sem o consentimento explícito e informado da mulher e/ou em desrespeito à sua autonomia, integridade física e mental, aos seus sentimentos, opções e preferências. O objetivo geral desse trabalho é analisar as práticas no processo parturitivo consideradas como violência obstétrica dentro de uma perspectiva de direito das mulheres na literatura científica. Metodologia: O presente estudo utilizou como método a Revisão Integrativa da Literatura, a qual tem como finalidade reunir e resumir o conhecimento científico já produzido sobre o tema investigado, ou seja, permite buscar, avaliar e sintetizar as evidências disponíveis para contribuir com o desenvolvimento do conhecimento na temática. A busca ocorreu nas bases de dados multidisciplinares Web of Science e Scopus, as bases especializadas PubMed e CINAHL e as bases de dados com cobertura da America latina LILACS e SciELO via Web of Science. Os dados foram coletados em 14 de maio de 2016, os seguintes descritores do vocabulário controlado das ciências da saúde (DeCS):"Violence Against Women"; "Humanizing Delivery"; "Sexual and Reproductive Rights"; e a expansão semântica para as palavras chaves "Delivery"; "Obstetric"; "Obstetric violence", nos idiomas, português, inglês e espanhol, o recorte temporal de 2011 a 2016. Resultados: A amostra final para análise foi constituída por 13 artigos onde foi utilizada a técnica de análise temática através desta eles foram separados em quatro categorias: 1) A violência obstétrica em sua definição e tipologia; 2): Violência obstétrica nas percepções da equipe obstétrica; 3): Violência Obstétrica nas percepções das usuárias; 4): Leis e projetos de leis implementadas na assistência ao parto e nascimento a modo de prevenir e proteger contra a violência obstétrica. Conclusão: Apesar da temática vir sendo abordada mundialmente com maior intensidade nos últimos cinco anos, os estudos mostram a necessidade de uma conceituação da temática, ao direito da mulher, com mecanismos legislativos que contribuam para o enfrentamento da violência obstétrica; sendo necessária uma ampliação de discussões a respeito da temática, uma conceituação clara da definição da terminologia, e Leis para o enfrentamento da temática. Conclui-se, com a constatação de que apesar de a violência obstétrica vir sendo mundialmente estuda ainda se necessita de mais estudos relacionados com desenvolvimento de práticas que proporcionem mudanças na situação problema. Destacando que estas práticas precisam incluir todos os atores envolvidos nas situações de violência, ou seja, as mulheres, os profissionais; a população como um todo e as instituições. Dessa forma, para que possa transformar a forma de nascer não só no Brasil, mas em todo o mundo
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Práticas essas que vão de encontro ao conceito internacional de violência no parto que define qualquer ato ou intervenção direcionada à parturiente ou ao seu bebê, praticado sem o consentimento explícito e informado da mulher e/ou em desrespeito à sua autonomia, integridade física e mental, aos seus sentimentos, opções e preferências. O objetivo geral desse trabalho é analisar as práticas no processo parturitivo consideradas como violência obstétrica dentro de uma perspectiva de direito das mulheres na literatura científica. Metodologia: O presente estudo utilizou como método a Revisão Integrativa da Literatura, a qual tem como finalidade reunir e resumir o conhecimento científico já produzido sobre o tema investigado, ou seja, permite buscar, avaliar e sintetizar as evidências disponíveis para contribuir com o desenvolvimento do conhecimento na temática. A busca ocorreu nas bases de dados multidisciplinares Web of Science e Scopus, as bases especializadas PubMed e CINAHL e as bases de dados com cobertura da America latina LILACS e SciELO via Web of Science. Os dados foram coletados em 14 de maio de 2016, os seguintes descritores do vocabulário controlado das ciências da saúde (DeCS):"Violence Against Women"; "Humanizing Delivery"; "Sexual and Reproductive Rights"; e a expansão semântica para as palavras chaves "Delivery"; "Obstetric"; "Obstetric violence", nos idiomas, português, inglês e espanhol, o recorte temporal de 2011 a 2016. Resultados: A amostra final para análise foi constituída por 13 artigos onde foi utilizada a técnica de análise temática através desta eles foram separados em quatro categorias: 1) A violência obstétrica em sua definição e tipologia; 2): Violência obstétrica nas percepções da equipe obstétrica; 3): Violência Obstétrica nas percepções das usuárias; 4): Leis e projetos de leis implementadas na assistência ao parto e nascimento a modo de prevenir e proteger contra a violência obstétrica. Conclusão: Apesar da temática vir sendo abordada mundialmente com maior intensidade nos últimos cinco anos, os estudos mostram a necessidade de uma conceituação da temática, ao direito da mulher, com mecanismos legislativos que contribuam para o enfrentamento da violência obstétrica; sendo necessária uma ampliação de discussões a respeito da temática, uma conceituação clara da definição da terminologia, e Leis para o enfrentamento da temática. Conclui-se, com a constatação de que apesar de a violência obstétrica vir sendo mundialmente estuda ainda se necessita de mais estudos relacionados com desenvolvimento de práticas que proporcionem mudanças na situação problema. Destacando que estas práticas precisam incluir todos os atores envolvidos nas situações de violência, ou seja, as mulheres, os profissionais; a população como um todo e as instituições. Dessa forma, para que possa transformar a forma de nascer não só no Brasil, mas em todo o mundoIntroduction: obstetric violence has become a routine in the experience of Brazilian women, which reigns disrespect, humiliation, discrimination of ethnic, economic and social order. Thus, this violence must be addressed by institutions and healthcare professionals, in favor to ensure sexual, reproductive and human rights of women. Practice those that meet the international concept of violence in childbirth that defines any act or intervention directed to the laboring woman and her baby, practiced without the explicit and informed consent of the woman and / or disregard for their autonomy, physical and mental integrity, to their feelings, choices and preferences. The aim of this study is to analyze the practices in the birth process considered obstetric violence in a right perspective of women in the scientific literature. Methodology: This study used method Integrative Literature Review, which aims to gather and summarize the scientific knowledge produced about a topic, or allows you to search, evaluate and synthesize the available evidence to contribute to the development of knowledge in the subject. The search occurred in multidisciplinary databases Web of Science and Scopus, specialized PubMed and CINAHL databases and America with coverage Latin LILACS SciELO and Web of Science. Data were collected on May 14, 2016, following the vocabulary of descriptors controlled Health Sciences (DeCS): "Violence Against Women"; "Humanizing Delivery"; "Sexual and Reproductive Rights"; and the semantic expansion for the key words "Delivery"; "Obstetric"; "Obstetric violence," Language support, Portuguese, English and Spanish, the time frame of 2011 to 2016. Results: The final sample for analysis consisted of 13 items where the thematic analysis was used through this they were separated into four categories 1) obstetric violence in its definition and typology; 2): obstetric violence in perceptions of obstetric staff; 3) Violence Obstetric perceptions of users; 4): Laws and proposed laws implemented in childbirth and birth in order to prevent and protect against obstetric violence. Conclusion: Although the theme come with world approached with greater intensity in the last five years, studies show the need for a thematic concept, the right of women, with legislative mechanisms that contribute to combat the obstetric violence; requiring an extension of discussions on the theme, a clear concept of defining the terminology and laws to combat the issue. It concludes with the observation that although obstetric violence come with world still studying if you need more studies related to development practices that provide changes in problem situation. Noting that these practices need to include all stakeholders involved in situations of violence, namely women, professionals; the population as a whole and the institutions. Thus, so it can transform the way born not only in Brazil but worldwideLeão, Diva Cristina Morett RomanoAlves, Valdecyr HerdyRodrigues, Diego PereiraVieira, Raquel Santana2016-10-20T12:29:28Z2016-10-20T12:29:28Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfVieira, Raquel Santana. Violência obstétrica - práticas no processo do parto e nascimento: uma revisão integrativa. 2016. 68 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem e Licenciatura)-Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2016https://app.uff.br/riuff/handle/1/2569http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-09-26T21:11:44Zoai:app.uff.br:1/2569Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202022-09-26T21:11:44Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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