Participação infantil nas políticas públicas: um debate crescente na sociedade contemporânea

• Autor(a) principal: Coelho, Caroline Abrantes de Vasconcelos
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14528
• topic: Infância; Políticas públicas; Participação infantil; Protagonismo; Criança; Construção social; Participação social; Conselho Municipal de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (Campos dos Goytacazes, RJ)

O trabalho fundamentou-se nos olhares interdisciplinares e multifacetados dos estudos sobre a infância e nos principais pressupostos que apostam em uma nova perspectiva sobre a criança, destacando sua posição de sujeito de direitos, protagonista, ator social e partícipe de questões sociais no seu cotidiano, na sua vida e nos contextos nos quais ela está inserida. Dessa maneira, então, admite-se a noção de infância como uma construção social e uma categoria geracional. Esta outra compreensão abre espaço para que as crianças sejam escutadas e suas contribuições sejam consideradas relevantes, apostando na participação infantil em todos os âmbitos que as envolvem. Como trabalho empírico, realizou-se uma parceria com o Conselho Municipal de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, do município de Campos dos Goytacazes/RJ. Foram feitas duas oficinas nos anos de 2016 e 2017, com participação de cerca de quarenta crianças, de cinco a doze anos de idade, criando espaços de escuta, de fala destes sujeitos e troca de experiências para pensar de que maneira a participação infantil ocorre nas diferentes instituições pelas quais circulam, conhecendo estas esferas pelos olhos e concepções das crianças. Sendo assim, legitimando suas contribuições e oportunizando a construção coletiva de propostas, ideias e ações para a transformação dos espaços que elas pertencem. As análises do que se produziram nos encontros revelam a relação das crianças com a cidade, com o projeto de contraturno escolar no qual estão inseridas, a relação intrageracional (entre pares) e a relação intergeracional (entre crianças e adultos). Assim, a partir de suas contribuições, apresentam-se enquanto capazes de agir sobre o mundo, afetando e sendo afetadas por tal, partícipes e protagonistas deste processo e é nisto que temos apostado