Estado e Indústria de Construção Naval no Brasil: uma análise das estratégias de desenvolvimento de 2003 a 2010
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/10331 |
Resumo: | A indústria de construção naval se constituiu como uma importante atividade econômica no Brasil. Passando por períodos de grandes investimentos e outros de profunda crise produtiva, o setor naval passava por enormes dificuldades de retomada até o ano de 2002. O Estado sempre manteve um importante papel no estimulo ao setor, com a crise que se abateu no setor a partir da década de 1980 e com a ascensão de governos pró-reformas de mercado a partir da década de 1990 – casos de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso - foi dotado ao Estado um papel mais passivo com relação ao investimento produtivo, concomitantemente a indústria de construção naval não conseguiu alcançar índices de crescimento, chegando perto de desaparecer. Com a chegada de Luis Inácio “Lula” da Silva (PT) à presidência da república em 2003, houve uma guinada na agenda do Estado como promotor de estratégias de desenvolvimento. O Estado assumia um novo papel, mais ativo nos processos produtivos. A indústria de construção naval nacional começou a ser encarada como instrumento para a produção de embarcações e plataformas para a Petrobras, em um contexto de boom da exploração de petróleo offshore. Esse período marca a retomada da indústria de construção naval no Brasil. Afinal, a presença do Estado, por si só, inibe investimentos em alguma determinada atividade econômica? Cabe ao Estado a mínima presença na economia para que as forças do mercado se autorregulem e atinja os melhores resultados? As variáveis de ordem política e social não influenciam as relações econômicas? A proposta desse trabalho é questionar empiricamente essas máximas. Ao analisar a ação do Estado durante os governos de Luís Inácio Lula da Silva (PT) de 2003 a 2010 com relação a indústria de construção naval - caracterizado por um período de ativismo estatal e de resultados positivos para o setor - a pergunta norteadora deste trabalho é: a ação do Estado desempenhando diferentes papéis pode promover investimento? Partindo-se da hipótese que o ativismo estatal pode produzir um cenário favorável ao investimento, este trabalho buscará demonstrar empiricamente como as decisões políticas tomadas pelo Estado podem resultar em melhores resultados setoriais |
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Estado e Indústria de Construção Naval no Brasil: uma análise das estratégias de desenvolvimento de 2003 a 2010Indústria navalEstadoDesenvolvimentoPTMercadoConstrução navalPartido dos trabalhadores (Brasil)Indústria navalIndicador econômicoIndicador socialShipbuildingStateDevelopmentPTMarketA indústria de construção naval se constituiu como uma importante atividade econômica no Brasil. Passando por períodos de grandes investimentos e outros de profunda crise produtiva, o setor naval passava por enormes dificuldades de retomada até o ano de 2002. O Estado sempre manteve um importante papel no estimulo ao setor, com a crise que se abateu no setor a partir da década de 1980 e com a ascensão de governos pró-reformas de mercado a partir da década de 1990 – casos de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso - foi dotado ao Estado um papel mais passivo com relação ao investimento produtivo, concomitantemente a indústria de construção naval não conseguiu alcançar índices de crescimento, chegando perto de desaparecer. Com a chegada de Luis Inácio “Lula” da Silva (PT) à presidência da república em 2003, houve uma guinada na agenda do Estado como promotor de estratégias de desenvolvimento. O Estado assumia um novo papel, mais ativo nos processos produtivos. A indústria de construção naval nacional começou a ser encarada como instrumento para a produção de embarcações e plataformas para a Petrobras, em um contexto de boom da exploração de petróleo offshore. Esse período marca a retomada da indústria de construção naval no Brasil. Afinal, a presença do Estado, por si só, inibe investimentos em alguma determinada atividade econômica? Cabe ao Estado a mínima presença na economia para que as forças do mercado se autorregulem e atinja os melhores resultados? As variáveis de ordem política e social não influenciam as relações econômicas? A proposta desse trabalho é questionar empiricamente essas máximas. Ao analisar a ação do Estado durante os governos de Luís Inácio Lula da Silva (PT) de 2003 a 2010 com relação a indústria de construção naval - caracterizado por um período de ativismo estatal e de resultados positivos para o setor - a pergunta norteadora deste trabalho é: a ação do Estado desempenhando diferentes papéis pode promover investimento? Partindo-se da hipótese que o ativismo estatal pode produzir um cenário favorável ao investimento, este trabalho buscará demonstrar empiricamente como as decisões políticas tomadas pelo Estado podem resultar em melhores resultados setoriaisThe shipbuilding industry was an important economic activity in Brazil. Going through periods of major investments and other times of deep production crisis, the naval sector was experiencing enormous difficulties to resume until the year 2002. The State always maintained an important role in stimulating the sector, with the crisis that hit the sector from of the 1980s and with the rise of pro-reform market governments since the 1990s - cases of Fernando Collor and Fernando Henrique Cardoso - the state was given a more passive role in relation to productive investment, concomitantly with the construction industry naval failed to achieve growth rates, coming close to disappearing. With the arrival of Luis Inácio "Lula" da Silva (PT) to the presidency of the republic in 2003, there was a turn in the agenda of the State as a promoter of development strategies. The state assumed a new role, more active in productive processes. The national shipbuilding industry began to be seen as an instrument for the production of vessels and platforms for Petrobras, in a context of booming offshore oil exploration. This period marks the resumption of the shipbuilding industry in Brazil. After all, does the presence of the state, by itself, inhibit investments in any given economic activity? Is it up to the state to have a minimum presence in the economy so that market forces can self-regulate and achieve the best results? Do not the political and social variables influence economic relations? The purpose of this paper is to question these maxims empirically. When analyzing the state action during the governments of Luís Inácio Lula da Silva (PT) from 2003 to 2010 in relation to the shipbuilding industry - characterized by a period of state activism and positive results for the sector - the guiding question of this work Is State action playing different roles can promote investment? Assuming that state activism can produce a favorable scenario for investment, this paper will seek to demonstrate empirically how political decisions taken by the state can result in better sectoral outcomesMonteiro, Cristiano FonsecaLeme, Alessandro AndréLima, Raphael Jonathas CostaMuniz, Lucas de Brito2019-07-08T15:35:58Z2019-07-08T15:35:58Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/10331Aluno de Graduaçãohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-08-19T22:00:54Zoai:app.uff.br:1/10331Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:03:08.207664Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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