Pirose funcional: cínica, diagnóstico e abordagem terapêutica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bichara, Luíza Coelho Gonçalves
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26796
Resumo: A pirose é definida pela sensação de queimação ou desconforto retroesternal sendo a queixa esofágica mais comum na prática médica. Estima-se que 15% da população seja afetada por essa sintomatologia, a qual é geralmente atribuída à doença do refluxo gastroesofágico. Contudo, existe um amplo diagnóstico diferencial, sendo a pirose funcional o principal deles. Esta é atualmente definida pelos critérios de ROMA IV e consiste em pirose refratária à terapia antissecretora com inibidores de bomba de prótons, na ausência de evidências de doença do refluxo gastroesofágico, esofagite eosinofílica ou distúrbios motores esofágicos maiores que justifiquem os sintomas. Sua fisiopatologia tem como principal aspecto a alteração da percepção dolorosa do esôfago, que ocorre a nível central e periférico. Seu diagnóstico é feito por exclusão, onde a endoscopia digestiva alta deve ser normal e a esofagomanometria deve descartar os distúrbios motores maiores do esôfago. O principal exame diagnóstico é a pHmetria de 24 horas, o qual deve apresentar uma exposição normal ao ácido e não evidenciar relação temporal entre os sintomas e os episódios de refluxo fisiológico. A utilização de inibidores de bomba de próton produz pouco ou nenhum efeito na melhora dos sintomas, sendo a neuromodulação da dor com antidepressivos tricíclicos e inibidores seletivos da recaptação de serotonina a primeira escolha de tratamento. O acompanhamento psicológico com técnicas como terapia de hipnose e terapia cognitivo comportamental também estão indicadas como primeira linha de tratamento.
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