Modulação dos linfócitos B de camundongos BALB/c pelo esteroide ouabaína
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/5174 |
Resumo: | A Ouabaína (OUA) é um hormônio derivado de esteróides que é capaz de inibir a proteína Na+K+ATPase presente na membrana plasmática das células. Ela foi inicialmente extraída das raízes de árvores africanas como a Acocanthera Ouabaio e de sementes de Strophantus gratus, sendo posteriormente descrita como um componente endógeno presente em mamíferos superiores. A adrenal é o principal local de síntese de Ouabaína e já se sabe que esta é liberada em situações de estresse, condições similares àquelas onde há secreção de corticóides. Várias funções imunológicas vem sendo reguladas pela Ouabaína, e já foi demonstrado que a administração in vivo de Ouabaína em camundongos não promove sozinha a morte celular dos timócitos, mas sinergiza com os glicocorticóides levando a uma redução no número de timócitos CD4+ CD8+. O objetivo principal deste estudo foi compreender os efeitos da Ouabaína, liberada em situações de estresse, na dinâmica populacional de linfócitos B em diferentes órgãos linfóides. Nos experimentos in vivo, os animais foram injetados intraperitonealmente com 0,56mg/kg de Ouabaína diluída em meio RPMI durante 3 dias. Após 24h da última injeção, as células foram recolhidas, marcadas com anticorpos e analisadas por citometria de fluxo. Nossos resultados mostram que no baço, a Ouabaína modulou principalmente a população de linfócitos B foliculares, levando a uma redução significativa dessas células tanto em percentual quanto em número absoluto. A OUA também reduziu o número absoluto dos linfócitos B de zona marginal. Não foi observada uma redução do percentual e número absoluto dos linfócitos B do baço 48h após a última injeção. Nos testes in vitro, a Ouabaína afetou a viabilidade celular, induzindo o aumento da apoptose nos linfócitos B e inibiu a proliferação dos mesmos em resposta ao LPS. O tratamento com Ouabaína induziu aumento percentual e em números absolutos das células B nos linfonodos mesentéricos in vivo. As demais populações de linfócitos B, como as B regulatórias e B1 do baço não foram afetadas, assim como as células B1 do peritôneo. |
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Modulação dos linfócitos B de camundongos BALB/c pelo esteroide ouabaínaOuabaínaLinfócitos BImunorregulaçãoOuabaínaLinfócitos BOuabainB lymphocytesImmunoregulationA Ouabaína (OUA) é um hormônio derivado de esteróides que é capaz de inibir a proteína Na+K+ATPase presente na membrana plasmática das células. Ela foi inicialmente extraída das raízes de árvores africanas como a Acocanthera Ouabaio e de sementes de Strophantus gratus, sendo posteriormente descrita como um componente endógeno presente em mamíferos superiores. A adrenal é o principal local de síntese de Ouabaína e já se sabe que esta é liberada em situações de estresse, condições similares àquelas onde há secreção de corticóides. Várias funções imunológicas vem sendo reguladas pela Ouabaína, e já foi demonstrado que a administração in vivo de Ouabaína em camundongos não promove sozinha a morte celular dos timócitos, mas sinergiza com os glicocorticóides levando a uma redução no número de timócitos CD4+ CD8+. O objetivo principal deste estudo foi compreender os efeitos da Ouabaína, liberada em situações de estresse, na dinâmica populacional de linfócitos B em diferentes órgãos linfóides. Nos experimentos in vivo, os animais foram injetados intraperitonealmente com 0,56mg/kg de Ouabaína diluída em meio RPMI durante 3 dias. Após 24h da última injeção, as células foram recolhidas, marcadas com anticorpos e analisadas por citometria de fluxo. Nossos resultados mostram que no baço, a Ouabaína modulou principalmente a população de linfócitos B foliculares, levando a uma redução significativa dessas células tanto em percentual quanto em número absoluto. A OUA também reduziu o número absoluto dos linfócitos B de zona marginal. Não foi observada uma redução do percentual e número absoluto dos linfócitos B do baço 48h após a última injeção. Nos testes in vitro, a Ouabaína afetou a viabilidade celular, induzindo o aumento da apoptose nos linfócitos B e inibiu a proliferação dos mesmos em resposta ao LPS. O tratamento com Ouabaína induziu aumento percentual e em números absolutos das células B nos linfonodos mesentéricos in vivo. As demais populações de linfócitos B, como as B regulatórias e B1 do baço não foram afetadas, assim como as células B1 do peritôneo.Ouabain (OUA) is a steroid hormone which is capable of inhibiting protein Na + K + ATPase present in the plasma membrane of cells. It was initially extracted from the roots of trees such as Acocanthera Ouabaio and Strophantus Gratus seeds, and later described as an endogenous component present in mammalian plasma. The adrenal gland is the main source of Ouabain and we have known that OUA is released in stressful situations, conditions similar to those where there is secretion of corticosteroids. Several immune functions has been modulated by Ouabain, and it has been shown that in vivo administration of Ouabain in mice does not induce thymocytes death, but sinergize with glucocorticoids leading to a reduction in the number of CD4 + CD8 thymocytes. The aim of this study was to understand the effects of Ouabain, released during stress, in population dynamics of B lymphocytes in different lymphoid organs. In vivo experiments, the animals were injected with 0.56 mg/kg Ouabain diluted in RPMI medium for 3 days. 24h after the last injection, the cells were collected, stained and analyzed by flow cytometry. Our results show that in the spleen Ouabain modulated especially the follicular B cells population, leading to a significant reduction in the percentage of those cells as well as absolute numbers. The OUA also reduced the absolute number of marginal zone B lymphocytes. No reduction was observed in the percentage and absolute number of B lymphocytes in the spleen 48h after the last injection. In vitro tests, Ouabain affected cell viability by inducing an increase of apoptosis in B lymphocyte and inhibited its proliferation in response to LPS. Treatment with Ouabain raised the percentage and absolute numbers of B cells in mesentheric lymph nodes in vivo. The others B lymphocyte populations, such as spleenic B1 and B regulatory and peritoneal B1 cells were not affected.Paiva, Luciana Souza deAraújo, Elizabeth Giestal deSouza, Patricia Savio de AraujoSilva, Joyle Moreira Carvalho da2017-11-08T16:51:42Z2017-11-08T16:51:42Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/5174Aluno de GraduaçãoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-08-06T18:02:25Zoai:app.uff.br:1/5174Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:49:28.520829Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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A Ouabaína (OUA) é um hormônio derivado de esteróides que é capaz de inibir a proteína Na+K+ATPase presente na membrana plasmática das células. Ela foi inicialmente extraída das raízes de árvores africanas como a Acocanthera Ouabaio e de sementes de Strophantus gratus, sendo posteriormente descrita como um componente endógeno presente em mamíferos superiores. A adrenal é o principal local de síntese de Ouabaína e já se sabe que esta é liberada em situações de estresse, condições similares àquelas onde há secreção de corticóides. Várias funções imunológicas vem sendo reguladas pela Ouabaína, e já foi demonstrado que a administração in vivo de Ouabaína em camundongos não promove sozinha a morte celular dos timócitos, mas sinergiza com os glicocorticóides levando a uma redução no número de timócitos CD4+ CD8+. O objetivo principal deste estudo foi compreender os efeitos da Ouabaína, liberada em situações de estresse, na dinâmica populacional de linfócitos B em diferentes órgãos linfóides. Nos experimentos in vivo, os animais foram injetados intraperitonealmente com 0,56mg/kg de Ouabaína diluída em meio RPMI durante 3 dias. Após 24h da última injeção, as células foram recolhidas, marcadas com anticorpos e analisadas por citometria de fluxo. Nossos resultados mostram que no baço, a Ouabaína modulou principalmente a população de linfócitos B foliculares, levando a uma redução significativa dessas células tanto em percentual quanto em número absoluto. A OUA também reduziu o número absoluto dos linfócitos B de zona marginal. Não foi observada uma redução do percentual e número absoluto dos linfócitos B do baço 48h após a última injeção. Nos testes in vitro, a Ouabaína afetou a viabilidade celular, induzindo o aumento da apoptose nos linfócitos B e inibiu a proliferação dos mesmos em resposta ao LPS. O tratamento com Ouabaína induziu aumento percentual e em números absolutos das células B nos linfonodos mesentéricos in vivo. As demais populações de linfócitos B, como as B regulatórias e B1 do baço não foram afetadas, assim como as células B1 do peritôneo. |
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