Agregação familiar da obesidade e fatores de risco associados em população adscrita ao Programa Médico de Família de Niterói – RJ, Brasil, Estudo Camélia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/4714 |
Resumo: | Introdução: A obesidade tem etiologia multifatorial e a ocorrência nos pais está associada com aumento da prevalência nos filhos. No Brasil, não há estudos que permitam avaliar a agregação familiar de obesidade e os fatores ambientais associados. Objetivo: Investigar se há agregação familiar de obesidade e verificar a contribuição de variáveis ambientais para esta associação em população assistida pelo Programa Médico de Família (PMF) em Niterói-RJ. Métodos: Trata-se de um caso-controle familiar envolvendo famílias cujos pais obesos foram classificados como casos e os não obesos, como controles. As associações foram estimadas através do modelo de Equações de Estimação Generalizadas. As correlações de obesidade foram estimadas com o FCOR. Resultados: Identificou-se agregação familiar de obesidade para os diferentes pares familiares com correlações brutas e ajustadas com significância estatística. A correlação entre casais foi semelhante à encontrada entre pais e filhos e inferior à encontrada entre irmãos. Os coeficientes de correlação, após o controle por sexo e comorbidades, diminuíram entre pais e filhos, sugerindo haver contribuição dessas variáveis para a correlação bruta da obesidade. Após a inclusão do fumo e grupo alimentar, houve um pequeno decréscimo na correlação entre irmãos, indicando haver contribuição das duas variáveis. Entre casais, após a inclusão dos controles, a correlação aumentou, indicando que a correlação de obesidade entre casais estava subestimada. Estes resultados apontam para uma maior participação de variáveis ambientais na agregação familiar da obesidade. Para um fenótipo cuja variação fosse totalmente atribuível a efeitos genéticos, as correlações entre irmãos e entre pais e filhos deveriam ser próximas e a de casais, nula. No entanto, encontramos pequena influência das variáveis ambientais nas correlações. Futuros estudos devem ser realizados para explorar os riscos ambientais compartilhados pelas famílias, visando reconhecer os grupos vulneráveis para melhor orientar ações em saúde e proporcionar intervenção adequada à obesidade |
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Agregação familiar da obesidade e fatores de risco associados em população adscrita ao Programa Médico de Família de Niterói – RJ, Brasil, Estudo CaméliaObesidadeResistência à insulinaDiabetes mellitus tipo 2DislipidemiasDoenças cardiovascularesFatores de riscoEstilo de vidaMédicos de famíliaComportamento alimentarIntrodução: A obesidade tem etiologia multifatorial e a ocorrência nos pais está associada com aumento da prevalência nos filhos. No Brasil, não há estudos que permitam avaliar a agregação familiar de obesidade e os fatores ambientais associados. Objetivo: Investigar se há agregação familiar de obesidade e verificar a contribuição de variáveis ambientais para esta associação em população assistida pelo Programa Médico de Família (PMF) em Niterói-RJ. Métodos: Trata-se de um caso-controle familiar envolvendo famílias cujos pais obesos foram classificados como casos e os não obesos, como controles. As associações foram estimadas através do modelo de Equações de Estimação Generalizadas. As correlações de obesidade foram estimadas com o FCOR. Resultados: Identificou-se agregação familiar de obesidade para os diferentes pares familiares com correlações brutas e ajustadas com significância estatística. A correlação entre casais foi semelhante à encontrada entre pais e filhos e inferior à encontrada entre irmãos. Os coeficientes de correlação, após o controle por sexo e comorbidades, diminuíram entre pais e filhos, sugerindo haver contribuição dessas variáveis para a correlação bruta da obesidade. Após a inclusão do fumo e grupo alimentar, houve um pequeno decréscimo na correlação entre irmãos, indicando haver contribuição das duas variáveis. Entre casais, após a inclusão dos controles, a correlação aumentou, indicando que a correlação de obesidade entre casais estava subestimada. Estes resultados apontam para uma maior participação de variáveis ambientais na agregação familiar da obesidade. Para um fenótipo cuja variação fosse totalmente atribuível a efeitos genéticos, as correlações entre irmãos e entre pais e filhos deveriam ser próximas e a de casais, nula. No entanto, encontramos pequena influência das variáveis ambientais nas correlações. Futuros estudos devem ser realizados para explorar os riscos ambientais compartilhados pelas famílias, visando reconhecer os grupos vulneráveis para melhor orientar ações em saúde e proporcionar intervenção adequada à obesidadeIntroduction: Obesity has a multifactorial etiology and occurrence in parents is associated with increased prevalence in children. In Brazil, we did not find studies that assess the familial aggregation of obesity and associated environmental factors. Objective: Investigate whether there is familial aggregation of obesity and determine the contribution of environmental variables for this association in population assisted by the Family Health Program (PMF) in Niterói. Methods: This is a case-control family involving families whose obese parents were classified as cases and non-obese, as controls. Associations were estimated by the model of generalized estimation equations. The correlations of obesity were estimated with the FCOR. Results: We identified familial aggregation of obesity for different pairs with crude and adjusted correlations with statistical significance. The correlation between couples was similar to that between parents and children and smaller than that found among siblings. The correlation coefficients after controlling for sex and comorbidities decreased between parents and children, thus suggesting the contribution of these variables for the correlation of crude obesity. After the inclusion of tobacco and food group, there was a small decrease in the correlation between siblings, indicating a contribution of the two variables. Among couples after the inclusion of the controls, the correlation increased, indicating that the crude correlation between pairs of obesity was underestimated. Our results indicate a greater contribution of environmental factors in familial aggregation of obesity. For a phenotype whose variation was entirely attributable to genetic effects, the correlations between siblings and between parents and children should be forthcoming and couples, null. However we found little influence of environmental variables in the correlations. Future studies should be conducted to explore the risks shared by families, aiming to recognize vulnerable groups to better target public health efforts and provide appropriate intervention to obesityUniversidade Federal FluminenseNiteróiRosa, Maria Luiza GarciaCagy, MaurícioYokoo, Edna MassaeGomes Junior, Saint Clair dos SantosCardoso, Gilberto PerezPinto, Fernanda Neves2017-09-28T16:57:49Z2017-09-28T16:57:49Z2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/4714Aluno de mestradoCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-04-29T17:08:23Zoai:app.uff.br:1/4714Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202022-04-29T17:08:23Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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