O drama das paixões na construção da modernidade: uma genealogia do iluminismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Faria, Pedro Henrique Albuquerque Cardoso
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13307
Resumo: A partir de um texto onde Eric Hobsbawm classifica A flauta mágica, última ópera de Mozart a estrear em 1791, como uma obra propagandística da ideologia maçônica, iniciou-se uma ampla reflexão sobre os vários processos de construção da modernidade. A princípio, investigou-se a função social dos espetáculos no século XVIII, adotando como fonte o debate promovido pelos próprios ilustrados. Suas ideias giravam em torno de uma natureza humana e da possível capacidade dos espetáculos de estimular ou desencorajar as paixões do público em um minucioso equilíbrio entre vícios e virtudes. Essa natureza, por sua vez, era produto da epistemologia moderna afirmada no século XVIII para legitimar o conhecimento do homem e fundamentar a nova moral secular. Partiu-se, então, para a compreensão do mundo tradicional, suplantado pelos diversos processos de modernização: civilização, privatização, industrialização, entre outros, mas que resistiu por meio de sucessivas apropriações culturais até o século XIX. Nesse sentido, as fontes sobre A flauta mágica indicam que as inspirações para o seu libreto e toda sua composição estavam imersas em um universo de cultura popular, ao contrário do que sustentam as interpretações que se limitam à sua filiação maçônica. Por fim, essa percepção de que A flauta mágica comportaria uma interpretação diferente daquela consagrada na modernidade acaba por revelar inconsistências e contradições do pensamento moderno, além de desvelar a sua própria construção.
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