Margaridas em luta: a questão de gênero e a luta pela terra no assentamento PDS Osvaldo de Oliveira em Macaé/RJ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vaz, Lívia Leopoldino
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/5434
Resumo: Na amplitude de sua luta pela terra, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) inclui a luta pelo fim da sociedade de classes capitalistas e a construção de uma nova forma de sociedade mais justa, igualitária e livre de opressões. Uma destas formas de opressão é a de gênero. E o Movimento compreende que a organização e participação das mulheres são essenciais para essa construção coletiva da luta expressa pela sua organização. Para isso – e devido à assídua participação das mulheres na luta – o movimento inclui direcionamentos políticos que buscam a igualdade entre os gêneros. Mas a efetivação desses direcionamentos na realidade não é simples, se trata de processo com avanços e recuos que movimenta toda uma construção social que por centenas de anos vem sendo naturalizada. Por essa complexidade, ainda é possível vermos a reprodução de opressões de gênero mesmo dentro de um movimento com uma consciência popular e revolucionária tão avançada. Devido a isso, precisamos analisar mais a fundo como essas relações são construídas, o que elas significam, em que sociedade estão incluídas e ao que respondem. O objetivo do presente trabalho é debater como a luta pela terra e o debate de gênero precisam ser interligados na perspectiva de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, à luz de como se constitui a sociedade de classes capitalistas e o que significa ser mulher nessa ordem social levando-se em consideração o caráter classista das relações de gênero. Para a construção desse trabalho, partimos de elementos coletados na experiência extensionista desenvolvida no Assentamento PDS Osvaldo de Oliveira, nos anos de 2015 a 2017, além da realização de uma pesquisa de campo que nos possibilitou colher dados específicos ligados ao objeto de estudo. Identificamos como a reprodução das relações desiguais de gênero interfere na vida e militância das mulheres do Assentamento e o significado da construção de um espaço de mulheres como forma de enfrentamento a esta realidade
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