Infecção por SARS-CoV-2 e coinfecções/superinfecções bacterianas: uma revisão integrativa da literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Laura Brandão
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23629
Resumo: Em dezembro de 2019, a partir dos relatos de diversos casos de pneumonia de origem desconhecida em Wuhan, foi detectado um vírus respiratório emergente, denominado de “severe acute respiratory syndrome-coronavirus-2” (SARS-CoV-2). Patógeno responsável por ocasionar uma nova doença designada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “coronavirus disease 2019” (COVID-19). O novo coronavírus, pertencente à ordem Nidovirales, família Coronaviridae, subfamília Orthocoronavirinae, provavelmente é derivado de um transbordamento zoonótico, e disseminou-se rapidamente por diversos países. Em determinado momento a América do Sul chegou a ser o epicentro da doença no mundo, e atualmente, a cidade do Rio de Janeiro é o epicentro no país da variante Delta. A COVID-19 é uma doença sistêmica, na qual indivíduos infectados pelo SARS-CoV-2 podem desenvolver a síndrome respiratória aguda grave e demandarem hospitalização e terapias de suporte. Ademais, os sinais clínicos e sintomas em pacientes acometidos são diversos e alguns podem apresentar um quadro de infecção assintomática. Casos de coinfecção, superinfecção e infecção secundária bacteriana, além de fúngica, viral e/ou parasitária em pacientes acometidos pela COVID-19 vêm sendo relatados e analisados. Este trabalho teve como objetivo a realização de uma revisão integrativa sobre o tema infecção por SARS-CoV- 2 e coinfecções/superinfecções bacterianas, abordando aspectos como a prevalência e incidência de coinfecções e superinfecções, os principais patógenos associados e seus perfis de resistência. A metodologia deste estudo foi baseada na realização de um levantamento bibliográfico nas plataformas PubMed, SciElo e LILACS, considerando a inclusão dos trabalhos publicados a partir de março de 2021, em língua portuguesa, inglesa ou espanhola, seguida pela extração, análise e síntese dos dados coletados. A maioria dos patógenos de etiologia bacteriana (N = 32; 73%), descritos em pacientes infectados pelo SARS-CoV-2, foi de bacilos gram-negativos. As principais espécies bacterianas verificadas – a maioria causando infecções adquiridas em ambiente hospitalar, foram: Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii e Streptococcus pneumoniae. Em grande parte dos estudos (11/21; 52%), detectou-se amostras bacterianas com resistência a antimicrobianos. Os resultados integrados demonstram a necessidade do gerenciamento do uso de antibióticos em vista de controlar a disseminação de microrganismos multirresistentes, o impacto da pandemia COVID-19 nos níveis de resistência antimicrobiana global, bem como, a redução de casos de coinfecção e superinfecção bacteriana em pacientes com COVID-19, quadro clínico que está associado ao prolongamento do período de internação, elevação das taxas de mortalidade e morbidade pela patologia
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Em determinado momento a América do Sul chegou a ser o epicentro da doença no mundo, e atualmente, a cidade do Rio de Janeiro é o epicentro no país da variante Delta. A COVID-19 é uma doença sistêmica, na qual indivíduos infectados pelo SARS-CoV-2 podem desenvolver a síndrome respiratória aguda grave e demandarem hospitalização e terapias de suporte. Ademais, os sinais clínicos e sintomas em pacientes acometidos são diversos e alguns podem apresentar um quadro de infecção assintomática. Casos de coinfecção, superinfecção e infecção secundária bacteriana, além de fúngica, viral e/ou parasitária em pacientes acometidos pela COVID-19 vêm sendo relatados e analisados. Este trabalho teve como objetivo a realização de uma revisão integrativa sobre o tema infecção por SARS-CoV- 2 e coinfecções/superinfecções bacterianas, abordando aspectos como a prevalência e incidência de coinfecções e superinfecções, os principais patógenos associados e seus perfis de resistência. A metodologia deste estudo foi baseada na realização de um levantamento bibliográfico nas plataformas PubMed, SciElo e LILACS, considerando a inclusão dos trabalhos publicados a partir de março de 2021, em língua portuguesa, inglesa ou espanhola, seguida pela extração, análise e síntese dos dados coletados. A maioria dos patógenos de etiologia bacteriana (N = 32; 73%), descritos em pacientes infectados pelo SARS-CoV-2, foi de bacilos gram-negativos. As principais espécies bacterianas verificadas – a maioria causando infecções adquiridas em ambiente hospitalar, foram: Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii e Streptococcus pneumoniae. Em grande parte dos estudos (11/21; 52%), detectou-se amostras bacterianas com resistência a antimicrobianos. Os resultados integrados demonstram a necessidade do gerenciamento do uso de antibióticos em vista de controlar a disseminação de microrganismos multirresistentes, o impacto da pandemia COVID-19 nos níveis de resistência antimicrobiana global, bem como, a redução de casos de coinfecção e superinfecção bacteriana em pacientes com COVID-19, quadro clínico que está associado ao prolongamento do período de internação, elevação das taxas de mortalidade e morbidade pela patologiaIn December 2019, from the reports of several cases of pneumonia of unknown origin in Wuhan, an emerging respiratory virus was detected, called severe acute respiratory- syndrome-coronavirus-2 (SARS-CoV-2). Pathogen responsible for causing a new disease designated by the world health organization (WHO) as coronavirus disease 2019 (COVID-2019). The new coronavirus, belonging to the order Nidovirales, family Coronaviridae, subfamily Orthocoronavirinae, is probably derived from a zoonotic overflow, and has spread rapidly to several countries. At one point South America became the epicenter of the disease in the world, and currently, Rio de Janeiro city is the epicenter in the country of the Delta variant. COVID-19 is a systemic disease, in which individuals infected with SARS-CoV-2 can develop severe acute respiratory syndrome and require hospitalization and supportive therapies. In addition, the clinical signs and symptoms in affected patients are diverse and some may have an asymptomatic infection condition. Cases of co-infection, superinfection and secondary bacterial infection, as well as fungal, viral and/or parasitic in patients affected by COVID-19 have been reported and analyzed. This study aimed to conduct an integrative review on the topic of SARS-CoV-2 infection and bacterial co-infections/superinfections, addressing aspects such as prevalence and incidence of co-infections and superinfections, the main associated pathogens and their resistance profiles. The methodology of this study was based on conducting a bibliographic survey on the PubMed, SciElo and LILACS platforms, considering the inclusion of works published from March 2021, in Portuguese, English or Spanish, followed by the extraction, analysis and synthesis of the collected data. Most pathogens of bacterial etiology (N = 32; 73%), described in patients infected with SARSCoV- 2, were gram-negative bacilli. The main bacterial species verified – most causing infections acquired in a hospital environment, were Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii and Streptococcus pneumoniae. In most studies (11/21; 52%), bacterial samples with antimicrobial resistance were detected. The integrated results demonstrate the need to manage the use of antibiotics in order to control the spread of multidrug-resistant microorganisms, the impact of the COVID-19 pandemic on the levels of global antimicrobial resistance, as well as the reduction of cases of co-infection and bacterial superinfection in patients with COVID-19, a clinical picture that is associated with the prolongation of the hospitalization period, increased mortality and morbidity rates due to the pathologyUniversidade Federal FluminenseNiteróiSouza, Cláudia Rezende Vieira MendonçaBarros, Rosana RochaPellegrino, Flávia Lúcia Piffano CostaChagas, Thiago Pavoni GomesMartins, Laura Brandão2021-11-04T19:45:30Z2021-11-04T19:45:30Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/23629Aluno de GraduaçãoCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-11-04T19:45:30Zoai:app.uff.br:1/23629Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:08:46.223860Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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