Reativação de membros da família herpesviridae em pacientes hospitalizados com desregulação da imunidade: lúpus eritematoso sistêmico, transplantados renais e pacientes com doença grave hiperferritinêmica da COVID-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Baptista, Katia Lino
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28489
http://dx.doi.org/10.22409/ppgcm.2021.d.84857676753
Resumo: Introdução: É sabido que membros da família Herpesviridae, vírus contendo DNA, são capazes de infectar indivíduos e permanecer longos períodos de latência incorporados ao genoma do hospedeiro. A reativação de tais vírus ocorre particularmente em estados de desregulação imune clínica e terapêutica. Muitos dos testes laboratoriais utilizados para flagrar uma nova reativação, incluído sorologia e a identificação de componentes virais, sejam proteicos ou mesmo os conteúdos genéticos ainda carecem do poder para identificar doenças invasivas. Reativação e atividade de lesão sejam locais, em líquidos orgânicos, ou mesmo à distância relacionadas a órgãos alvos, ainda estão em validação clínica. Estudos em pacientes imunossuprimidos mostram que tais vírus reativam com frequência e causam doenças graves, distintas e até mesmo diversas dos tecidos inicialmente infectados. Objetivos: A meta desse trabalho é o de colaborar no estudo da frequência de reativação dos membros da família Herpesviridae em grupos de pacientes hospitalizados com desregulação da imunidade. Métodos: Estudamos grupos de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) em atividade; transplantados renais pós-indução da imunossupressão; e pacientes positivos para SARS-CoV-2 com quadros graves de COVID-19, particularmente os que apresentam síndrome hiperferritinêmicas. Além da presença de cada subtipo viral, o estudo se propôs a estudar clinicamente interações com marcadores laboratoriais, desfechos em órgãos específicos, necessidade de terapia intensiva, e mesmo mortalidade. Identificou-se a carga viral de herpesvírus em amostras biológicas enviadas ao laboratório. Os dados clínicos foram obtidos dos prontuários. As análises foram realizadas de acordo com estudos específicos, a saber: a correlação entre a antigenemia pp65 e a carga viral do citomegalovírus (CMV) em pacientes com LES; a frequência de membros Herpesviridae em pacientes hospitalizados com LES, o papel do Epstein-Barr vírus (EBV) e sua associação com nefrite lúpica em atividade e desfechos renais; a frequência de coinfecção entre CMV e SARS-CoV- 2 em pacientes hiperferritinêmicos; e a presença do subtipo B do herpesvírus humano 6 (HHV-6) em pacientes com COVID-19 grave, sua relação com doenças prévias com imunossupressão terapêutica (LES e transplantados renais). Resultados: É essencial considerar a possibilidade de infecção por membros da família Herpesviridae em pacientes com LES agudizados, os quais atingem frequências elevadas em tais pacientes, respectivamente 65% para EBV e 30% para CMV e herpesvírus simples 1 (HSV-1). A frequência de positividade para o EBV se correlacionou com disfunção renal e atividade de nefrite lúpica à admissão e com indicação de hemodiálise. É alta a frequência de positividade para o teste da antigenemia pp65 em pacientes portadores de LES e não se correlaciona com a carga viral do CMV. Foram detectados tanto o CMV quanto o HHV-6, em pacientes hospitalizados com COVID-19 de moderado a grave, porém, não se correlacionaram com a mortalidade. HHV-6 em pacientes hospitalizado com COVID-19 tem predomínio do subtipo 6B, e foram mais frequentes em pacientes em uso de drogas imunossupressoras (como o LES e o transplante renal). Por fim, além da idade, e de modo independente, níveis séricos elevados de ferritina sérica, mostraram ser um fator de risco para mortalidade em pacientes hospitalizados por COVID-19. Conclusão: O estudo identificou achados que sinalizam para a importância dessa linha de investigação, ressaltando o desafio ainda não bem compreendido da reativação entre herpesvírus e diferentes tipos de desregulação imune.
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Reativação e atividade de lesão sejam locais, em líquidos orgânicos, ou mesmo à distância relacionadas a órgãos alvos, ainda estão em validação clínica. Estudos em pacientes imunossuprimidos mostram que tais vírus reativam com frequência e causam doenças graves, distintas e até mesmo diversas dos tecidos inicialmente infectados. Objetivos: A meta desse trabalho é o de colaborar no estudo da frequência de reativação dos membros da família Herpesviridae em grupos de pacientes hospitalizados com desregulação da imunidade. Métodos: Estudamos grupos de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) em atividade; transplantados renais pós-indução da imunossupressão; e pacientes positivos para SARS-CoV-2 com quadros graves de COVID-19, particularmente os que apresentam síndrome hiperferritinêmicas. Além da presença de cada subtipo viral, o estudo se propôs a estudar clinicamente interações com marcadores laboratoriais, desfechos em órgãos específicos, necessidade de terapia intensiva, e mesmo mortalidade. Identificou-se a carga viral de herpesvírus em amostras biológicas enviadas ao laboratório. Os dados clínicos foram obtidos dos prontuários. As análises foram realizadas de acordo com estudos específicos, a saber: a correlação entre a antigenemia pp65 e a carga viral do citomegalovírus (CMV) em pacientes com LES; a frequência de membros Herpesviridae em pacientes hospitalizados com LES, o papel do Epstein-Barr vírus (EBV) e sua associação com nefrite lúpica em atividade e desfechos renais; a frequência de coinfecção entre CMV e SARS-CoV- 2 em pacientes hiperferritinêmicos; e a presença do subtipo B do herpesvírus humano 6 (HHV-6) em pacientes com COVID-19 grave, sua relação com doenças prévias com imunossupressão terapêutica (LES e transplantados renais). Resultados: É essencial considerar a possibilidade de infecção por membros da família Herpesviridae em pacientes com LES agudizados, os quais atingem frequências elevadas em tais pacientes, respectivamente 65% para EBV e 30% para CMV e herpesvírus simples 1 (HSV-1). A frequência de positividade para o EBV se correlacionou com disfunção renal e atividade de nefrite lúpica à admissão e com indicação de hemodiálise. É alta a frequência de positividade para o teste da antigenemia pp65 em pacientes portadores de LES e não se correlaciona com a carga viral do CMV. Foram detectados tanto o CMV quanto o HHV-6, em pacientes hospitalizados com COVID-19 de moderado a grave, porém, não se correlacionaram com a mortalidade. HHV-6 em pacientes hospitalizado com COVID-19 tem predomínio do subtipo 6B, e foram mais frequentes em pacientes em uso de drogas imunossupressoras (como o LES e o transplante renal). Por fim, além da idade, e de modo independente, níveis séricos elevados de ferritina sérica, mostraram ser um fator de risco para mortalidade em pacientes hospitalizados por COVID-19. Conclusão: O estudo identificou achados que sinalizam para a importância dessa linha de investigação, ressaltando o desafio ainda não bem compreendido da reativação entre herpesvírus e diferentes tipos de desregulação imune.Introduction: It is known that members of the Herpesviridae family, viruses containing DNA, can infect individuals and remain in the host genome for long periods of latency. Reactivation of such viruses occurs particularly in states of immune dysregulation clinical and therapeutic. Many of the laboratory tests used to detect a new reactivation, including serology and the identification of viral components, whether protein or even genetic content, still lack the power to identify invasive diseases. Reactivation and lesion activity, whether local, in body fluids, or even at a distance, related to target organs, are still under clinical validation. Studies in immunosuppressed patients show that such viruses frequently reactivate and cause severe, distinct, and even different disease from the initially infected tissues. Objectives: The aim of this work is to collaborate in the study of the frequency of reactivation of members of the Herpesviridae family in groups of immune dysregulation hospitalized patients. Methods: We studied groups of patients with active systemic lupus erythematosus (SLE); kidney transplant recipients after induction of immunosuppression; and SARS-CoV-2 positive patients with severe COVID-19 conditions, particularly those with hyperferritinemic syndrome. In addition to the presence of each viral subtype, the study aimed to clinically study interactions with laboratory markers, outcomes in specific organs, need for intensive care, and even mortality. The herpesvirus viral load was identified in biological samples sent to the laboratory. Clinical data were obtained from medical records. Analyzes were performed according to specific studies, namely: the correlation between pp65 antigenemia and cytomegalovirus (CMV) viral load in SLE patients; the frequency of Herpesviridae members in patients hospitalized with SLE, the role of Epstein-Barr virus (EBV) and its association with active lupus nephritis and renal outcomes; the frequency of co-infection between CMV and SARS-CoV-2 in hyperferritinemic patients; and the presence of subtype B of human herpesvirus 6 (HHV-6) in patients with severe COVID-19 and its relationship with previous diseases with therapeutic immunosuppression (SLE and kidney transplant recipients). Results: It is essential to consider the possibility of infection by members of the Herpesviridae family in patients with acute SLE, which reach high frequencies in such patients, respectively 65% for EBV and 30% for CMV and herpes simplex virus 1 (HSV-1). The frequency of EBV positivity, moreover, is correlated with renal dysfunction and lupus nephritis activity on admission, as well as renal outcomes such as the indication for hemodialysis. The frequency of positivity for the pp65 antigenemia test in patients with SLE is formed by a high number of false positives and does not correlate with the CMV viral load. In patients hospitalized with moderate to severe COVID-19 detection of CMV and HHV-6 is high, but not correlated with mortality. HHV-6 in patients hospitalized with COVID-19 has a predominance of subtype 6B and was more frequent in patients using immunosuppressive drugs (such as SLE and kidney transplantation). Finally, in addition to age, and independently, elevated serum ferritin levels are a risk factor for mortality in patients hospitalized for COVID-19. Conclusion: The study identified some findings that signal the importance of this line of investigation, highlighting the broad and complex challenge, which is still not well understood, between the herpesviruses reactivation and different types of immune dysregulation.124 f.Almeida, Jorge Reishttp://lattes.cnpq.br/7347122112655880Souza, Cintia Fernandes dehttp://lattes.cnpq.br/4603176980038483Silva, Andrea Alice dahttp://lattes.cnpq.br/4836406900271376Matos, Jorge Paulo Strogoff dehttp://lattes.cnpq.br/8050504577579361Terreri, Maria Teresa de Sande e Lemos Ramos Ascensãohttp://lattes.cnpq.br/2661280959330284Pinto, Luzia Maria de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/3276992457275464Gismondi, Ronaldo Altenburg Odebrecht Curihttp://lattes.cnpq.br/8857773663710888Gouvêa, Ana Luisa Figueirahttp://lattes.cnpq.br/3565689373452635http://lattes.cnpq.br/6255929354479341Baptista, Katia Lino2023-04-06T15:18:48Z2023-04-06T15:18:48Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfBAPTISTA, Kátia Lino. 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