Ciência como poética no poema "Monólogo de uma sombra" de Augusto dos Anjos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Karine Vasconcellos Gonçalves da
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32375
Resumo: Monólogo de uma sombra é um poema de 31 estrofes com versos decassílabos que inicia o livro Eu de Augusto dos Anjos. Neste trabalho, o poema é analisado com relação ao léxico relativo a Ciência/Biologia. Para tanto, foi realizada uma análise de conteúdo para destacar as palavras consideradas relevantes, seguida de uma leitura poética que utilizou como base o texto Poesia-Experiência, de Mário Faustino. Os resultados indicaram que a Biologia e/ou Ecologia, aliadas à crença no progresso científico do século XIX, dão sentido ao poema somente até certo ponto. A tensão existente entre o vocabulário técnico e a poesia é sustentada por um eu-lírico que parece apenas ter a intenção de sintetizar, suscitar, ressuscitar, apresentar, criar e recriar seu objeto de percepção. Ou seja, Monólogo de uma sombra faz lembrar que a poesia serve àquelas existências sociais sujeitas a contradições e que a Arte está também no feio, no grotesco e até num poema com vocabulário, a primeira vista, estranho ao que se entende como belo e poesia.
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