O treinamento de força na educação física escolar: cenário atual no ensino médio da rede pública estadual em Niterói: resultados preliminares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Passos, João Paulo de Oliveira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10588
Resumo: Introdução: A inatividade física no Brasil atinge patamares alarmantes. Segundo o IBGE (2017), mais da metade da população acima de 15 anos (66,3%) não pratica nenhuma atividade física. De maneira concomitante, é possível observar o aumento da incidência de doenças crônicas relacionadas ao sedentarismo. Dados do Ministério da Saúde e IBGE (2014) apontam que 40% da população tem, pelo menos, uma doença crônica não transmissível (DCNT). Poucas são as escolas em que a educação física escolar no ensino médio objetiva a promoção da saúde (GUEDES, 1999). Isso caracteriza um paradoxo, já que de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o aluno do ensino médio tem o direito ao acesso a conhecimentos básicos de anatomia, fisiologia e biomecânica. A prática regular de treinamento de força pode gerar adaptações nos diversos sistemas corporais – com impacto positivo na saúde tanto de indivíduos adultos como também em adolescentes. Recentemente tem ganhado notoriedade os benefícios do exercício físico na função cognitiva, reforçando a importância da prática regular naqueles em idade escolar. Objetivos: Esse estudo tem como objetivo analisar a relevância do treinamento de força para os adolescentes do ensino médio da rede pública de Niterói e suas implicações no seu desenvolvimento biopsicossocial. Além disso, relatar o grau de conhecimento e experiência dos seus respectivos professores de educação física sobre este tipo de exercício. Metodologia: Foram aplicados um questionário aos alunos das escolas da rede pública de Niterói e um para seus respectivos professores de educação física. O questionário dos alunos foi composto por 18 perguntas (fechadas) e o questionário do professor foi composto por 11 perguntas (fechadas). Resultados e discussão: 21,4% praticam atualmente treinamento de força fora da escola, sendo que 66,7% destes alunos possuem mais de 6 meses de experiência, com uma frequência semanal de 3 a 5 vezes por semana e 83,3% com uma sessão de treinamento acima de uma hora. 13,6% dos alunos não gostariam que a Educação Física oferecesse o treinamento de força como conteúdo. 63% dos alunos estariam motivados ou muito motivados com o conteúdo. O docente não apresentou experiência com prescrição de treinamento de força, além de não acreditar na sua relevância no âmbito escolar. Conclusão: Esse cenário preliminar das escolas da rede pública de Niterói, mostra que o treinamento de força não tem sido um assunto abordado durante as aulas de educação física, apesar de uma possível abertura por parte dos alunos
id UFF-2_9d3da4cfc956c2b18f1472c03832a373
oai_identifier_str oai:app.uff.br:1/10588
network_acronym_str UFF-2
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository_id_str 2120
spelling O treinamento de força na educação física escolar: cenário atual no ensino médio da rede pública estadual em Niterói: resultados preliminaresEducação física escolarTreinamento de forçaComponente curricularExercício físicoForça muscularCurrículo escolarEnsino médioSchool physical educationStrength trainingCurricular componentIntrodução: A inatividade física no Brasil atinge patamares alarmantes. Segundo o IBGE (2017), mais da metade da população acima de 15 anos (66,3%) não pratica nenhuma atividade física. De maneira concomitante, é possível observar o aumento da incidência de doenças crônicas relacionadas ao sedentarismo. Dados do Ministério da Saúde e IBGE (2014) apontam que 40% da população tem, pelo menos, uma doença crônica não transmissível (DCNT). Poucas são as escolas em que a educação física escolar no ensino médio objetiva a promoção da saúde (GUEDES, 1999). Isso caracteriza um paradoxo, já que de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o aluno do ensino médio tem o direito ao acesso a conhecimentos básicos de anatomia, fisiologia e biomecânica. A prática regular de treinamento de força pode gerar adaptações nos diversos sistemas corporais – com impacto positivo na saúde tanto de indivíduos adultos como também em adolescentes. Recentemente tem ganhado notoriedade os benefícios do exercício físico na função cognitiva, reforçando a importância da prática regular naqueles em idade escolar. Objetivos: Esse estudo tem como objetivo analisar a relevância do treinamento de força para os adolescentes do ensino médio da rede pública de Niterói e suas implicações no seu desenvolvimento biopsicossocial. Além disso, relatar o grau de conhecimento e experiência dos seus respectivos professores de educação física sobre este tipo de exercício. Metodologia: Foram aplicados um questionário aos alunos das escolas da rede pública de Niterói e um para seus respectivos professores de educação física. O questionário dos alunos foi composto por 18 perguntas (fechadas) e o questionário do professor foi composto por 11 perguntas (fechadas). Resultados e discussão: 21,4% praticam atualmente treinamento de força fora da escola, sendo que 66,7% destes alunos possuem mais de 6 meses de experiência, com uma frequência semanal de 3 a 5 vezes por semana e 83,3% com uma sessão de treinamento acima de uma hora. 13,6% dos alunos não gostariam que a Educação Física oferecesse o treinamento de força como conteúdo. 63% dos alunos estariam motivados ou muito motivados com o conteúdo. O docente não apresentou experiência com prescrição de treinamento de força, além de não acreditar na sua relevância no âmbito escolar. Conclusão: Esse cenário preliminar das escolas da rede pública de Niterói, mostra que o treinamento de força não tem sido um assunto abordado durante as aulas de educação física, apesar de uma possível abertura por parte dos alunosIntroduction: Physical inactivity in Brazil reaches alarming levels. According to IBGE (2017), more than half of the population over 15 years old (66.3%) do not practice any physical activity. Concomitantly, it is possible to observe the increase in the incidence of chronic diseases related to the sedentary lifestyle. Data from the Ministry of Health and IBGE (2014) indicate that 40% of the population has at least one chronic noncommunicable disease (CNCD). There are few schools in which School Physical Education in High School aims at the promotion of health (GUEDES, 1999). This characterizes a paradox, since according to the National Curricular Parameters (NCP), the student of the High School has the right to access basic knowledge of anatomy, physiology and biomechanics. Regular practice of strength training can lead to adaptations in various body systems - with a positive impact on the health of both adult and adolescent subjects. Recently the benefits of physical exercise in cognitive function have gained notoriety, reinforcing the importance of regular practice in those of school age. Objectives: This study aims to analyze the relevance of strength training for high school adolescents in the Niterói public school and its implications for their biopsychosocial development. Also, report the degree of knowledge and experience of their respective physical education teachers about this type of exercise. Methodology: A questionnaire was applied to the students of the public schools of Niterói and one to their respective teachers of Physical Education. The students' questionnaire was composed of 18 (closed) questions and the teacher's questionnaire was composed of 11 (closed) questions. Results and discussion: 21.4% currently practice strength training outside the school, with 66.7% of these students having more than 6 months of experience, with a weekly frequency of 3 to 5 times a week and 83.3% with a training session over an hour. 13.6% of students would not like Physical Education to offer strength training as content. 63% of the students would be motivated or very motivated with the content. The teacher did not present experience with prescription of strength training, besides not believing in its relevance in the school environment. Conclusion: This preliminary scenario of the public schools of Niterói, shows that strength training has not been a subject addressed during Physical Education classes, despite a possible openness on the part of the students.Pinheiro, Paulo de Tarso MacielPaula, Karla de CamposMattos, Luiz Otávio NevesPassos, João Paulo de Oliveira2019-07-26T15:34:53Z2019-07-26T15:34:53Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfPINHEIRO, Paulo de Tarso Maciel. O treinamento de força na educação física escolar: cenário atual no ensino médio da rede pública estadual em Niterói: resultados preliminares. 66f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) - Instituto de Educação Física, Universidade Federal Fluminense, 2018.https://app.uff.br/riuff/handle/1/10588http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-11-05T18:29:06Zoai:app.uff.br:1/10588Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:53:56.986351Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv O treinamento de força na educação física escolar: cenário atual no ensino médio da rede pública estadual em Niterói: resultados preliminares
title O treinamento de força na educação física escolar: cenário atual no ensino médio da rede pública estadual em Niterói: resultados preliminares
spellingShingle O treinamento de força na educação física escolar: cenário atual no ensino médio da rede pública estadual em Niterói: resultados preliminares
Passos, João Paulo de Oliveira
Educação física escolar
Treinamento de força
Componente curricular
Exercício físico
Força muscular
Currículo escolar
Ensino médio
School physical education
Strength training
Curricular component
title_short O treinamento de força na educação física escolar: cenário atual no ensino médio da rede pública estadual em Niterói: resultados preliminares
title_full O treinamento de força na educação física escolar: cenário atual no ensino médio da rede pública estadual em Niterói: resultados preliminares
title_fullStr O treinamento de força na educação física escolar: cenário atual no ensino médio da rede pública estadual em Niterói: resultados preliminares
title_full_unstemmed O treinamento de força na educação física escolar: cenário atual no ensino médio da rede pública estadual em Niterói: resultados preliminares
title_sort O treinamento de força na educação física escolar: cenário atual no ensino médio da rede pública estadual em Niterói: resultados preliminares
author Passos, João Paulo de Oliveira
author_facet Passos, João Paulo de Oliveira
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Pinheiro, Paulo de Tarso Maciel
Paula, Karla de Campos
Mattos, Luiz Otávio Neves
dc.contributor.author.fl_str_mv Passos, João Paulo de Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv Educação física escolar
Treinamento de força
Componente curricular
Exercício físico
Força muscular
Currículo escolar
Ensino médio
School physical education
Strength training
Curricular component
topic Educação física escolar
Treinamento de força
Componente curricular
Exercício físico
Força muscular
Currículo escolar
Ensino médio
School physical education
Strength training
Curricular component
description Introdução: A inatividade física no Brasil atinge patamares alarmantes. Segundo o IBGE (2017), mais da metade da população acima de 15 anos (66,3%) não pratica nenhuma atividade física. De maneira concomitante, é possível observar o aumento da incidência de doenças crônicas relacionadas ao sedentarismo. Dados do Ministério da Saúde e IBGE (2014) apontam que 40% da população tem, pelo menos, uma doença crônica não transmissível (DCNT). Poucas são as escolas em que a educação física escolar no ensino médio objetiva a promoção da saúde (GUEDES, 1999). Isso caracteriza um paradoxo, já que de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o aluno do ensino médio tem o direito ao acesso a conhecimentos básicos de anatomia, fisiologia e biomecânica. A prática regular de treinamento de força pode gerar adaptações nos diversos sistemas corporais – com impacto positivo na saúde tanto de indivíduos adultos como também em adolescentes. Recentemente tem ganhado notoriedade os benefícios do exercício físico na função cognitiva, reforçando a importância da prática regular naqueles em idade escolar. Objetivos: Esse estudo tem como objetivo analisar a relevância do treinamento de força para os adolescentes do ensino médio da rede pública de Niterói e suas implicações no seu desenvolvimento biopsicossocial. Além disso, relatar o grau de conhecimento e experiência dos seus respectivos professores de educação física sobre este tipo de exercício. Metodologia: Foram aplicados um questionário aos alunos das escolas da rede pública de Niterói e um para seus respectivos professores de educação física. O questionário dos alunos foi composto por 18 perguntas (fechadas) e o questionário do professor foi composto por 11 perguntas (fechadas). Resultados e discussão: 21,4% praticam atualmente treinamento de força fora da escola, sendo que 66,7% destes alunos possuem mais de 6 meses de experiência, com uma frequência semanal de 3 a 5 vezes por semana e 83,3% com uma sessão de treinamento acima de uma hora. 13,6% dos alunos não gostariam que a Educação Física oferecesse o treinamento de força como conteúdo. 63% dos alunos estariam motivados ou muito motivados com o conteúdo. O docente não apresentou experiência com prescrição de treinamento de força, além de não acreditar na sua relevância no âmbito escolar. Conclusão: Esse cenário preliminar das escolas da rede pública de Niterói, mostra que o treinamento de força não tem sido um assunto abordado durante as aulas de educação física, apesar de uma possível abertura por parte dos alunos
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018
2019-07-26T15:34:53Z
2019-07-26T15:34:53Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv PINHEIRO, Paulo de Tarso Maciel. O treinamento de força na educação física escolar: cenário atual no ensino médio da rede pública estadual em Niterói: resultados preliminares. 66f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) - Instituto de Educação Física, Universidade Federal Fluminense, 2018.
https://app.uff.br/riuff/handle/1/10588
identifier_str_mv PINHEIRO, Paulo de Tarso Maciel. O treinamento de força na educação física escolar: cenário atual no ensino médio da rede pública estadual em Niterói: resultados preliminares. 66f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) - Instituto de Educação Física, Universidade Federal Fluminense, 2018.
url https://app.uff.br/riuff/handle/1/10588
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
CC-BY-SA
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
CC-BY-SA
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv riuff@id.uff.br
_version_ 1811823601913954304