Efeito da ingestão com canela (cinnamomum verum) sobre parâmetros antropométricos, endócrinos e balanço oxidativo em mulheres na pós-menopausa com sobrepeso e obesidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/17045 |
Resumo: | O declínio de hormônios sexuais femininos que ocorre na menopausa está associado ao aumento da adiposidade central que contribui para inflamação sistêmica e estresse oxidativo. A canela por ser uma especiaria bastante conhecida de melhorar a sensibilidade à insulina, composição corporal, ação anti-inflamatória e antioxidante, além de estimular a secreção de progesterona, pode representar um potencial coadjuvante para o tratamento de mulheres com sobrepeso ou obesidade na pós-menopausa. Nesse contexto, o presente estudo avaliou o impacto da suplementação com canela sobre parâmetros antropométricos, endócrinos e balanço oxidativo em mulheres na pós-menopausa com sobrepeso ou obesidade. Para tal, foi realizado um estudo longitudinal randomizado, duplo-cego e controlado, em mulheres com idade entre 45 e 59 anos, na pós-menopausa. As voluntárias foram suplementadas diariamente com cápsulas contendo 2 gramas de canela (Cinnamomum verum; n=15) ou celulose (n=15), durante 8 semanas. Antes e após a intervenção, foram realizadas a avaliação do estado nutricional, composição corporal, bem como a glicemia de jejum, concentração serica de progesterona e marcadores do balanço oxidativo [glutationa peroxidase (GPx), tióis totais e proteínas carboniladas] no soro. O nível de significância adotado para todos os testes foi de 5%. Obteve-se uma amostra de 30 mulheres com idade média de 53 anos ± 3 anos. As características da linha de base não diferiram entre os dois grupos e o perfil alimentar dos grupos não foi alterado pela intervenção. Após o período de intervenção, o grupo placebo apresentou aumento significativo de peso corporal (p= 0,001) e consequentemente de IMC (p= 0,001), o que não foi observado no grupo canela. Não houve diferença significativa no % de gordura total, % de massa livre de gordura e na massa livre de gordura absoluta, avaliados por pletismografia. No entanto, observamos um aumento significativo na massa gorda absoluta nos grupos placebo (p=0,008) e canela (p=0,047). Após a suplementação não houve diferença significativa na glicemia de jejum, atividade da glutationa peroxidase, concentração de tióis totais e proteínas carboniladas. No entanto, o grupo placebo apresentou uma redução significativa nas concentrações séricas de progesterona (p= 0,0126) e ao comparamos os deltas, encontramos um aumento significativo (p=0,0087) no grupo canela em relação ao placebo. Além disso, as variações nas concentrações séricas de progesterona não se correlacionaram com a atividade da GPx, concentração de tióis totais e proteínas carboniladas mensuradas ao final da intervenção em nenhum dos dois grupos. Podemos concluir que alguns desfechos desfavoráveis da menopausa podem ser amenizados pelo consumo diária de canela, como o ganho de peso corporal e a queda progressiva da progesterona. No entanto, com nossos dados atuais não é possível afirmar que a especiaria seja uma alternativa terapêutica complementar eficaz para o uso na menopausa, e apesar de não causar nenhum malefício às voluntárias, os efeitos observados foram brandos e restritos a alguns parâmetros |
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Nesse contexto, o presente estudo avaliou o impacto da suplementação com canela sobre parâmetros antropométricos, endócrinos e balanço oxidativo em mulheres na pós-menopausa com sobrepeso ou obesidade. Para tal, foi realizado um estudo longitudinal randomizado, duplo-cego e controlado, em mulheres com idade entre 45 e 59 anos, na pós-menopausa. As voluntárias foram suplementadas diariamente com cápsulas contendo 2 gramas de canela (Cinnamomum verum; n=15) ou celulose (n=15), durante 8 semanas. Antes e após a intervenção, foram realizadas a avaliação do estado nutricional, composição corporal, bem como a glicemia de jejum, concentração serica de progesterona e marcadores do balanço oxidativo [glutationa peroxidase (GPx), tióis totais e proteínas carboniladas] no soro. O nível de significância adotado para todos os testes foi de 5%. Obteve-se uma amostra de 30 mulheres com idade média de 53 anos ± 3 anos. As características da linha de base não diferiram entre os dois grupos e o perfil alimentar dos grupos não foi alterado pela intervenção. Após o período de intervenção, o grupo placebo apresentou aumento significativo de peso corporal (p= 0,001) e consequentemente de IMC (p= 0,001), o que não foi observado no grupo canela. Não houve diferença significativa no % de gordura total, % de massa livre de gordura e na massa livre de gordura absoluta, avaliados por pletismografia. No entanto, observamos um aumento significativo na massa gorda absoluta nos grupos placebo (p=0,008) e canela (p=0,047). Após a suplementação não houve diferença significativa na glicemia de jejum, atividade da glutationa peroxidase, concentração de tióis totais e proteínas carboniladas. No entanto, o grupo placebo apresentou uma redução significativa nas concentrações séricas de progesterona (p= 0,0126) e ao comparamos os deltas, encontramos um aumento significativo (p=0,0087) no grupo canela em relação ao placebo. Além disso, as variações nas concentrações séricas de progesterona não se correlacionaram com a atividade da GPx, concentração de tióis totais e proteínas carboniladas mensuradas ao final da intervenção em nenhum dos dois grupos. Podemos concluir que alguns desfechos desfavoráveis da menopausa podem ser amenizados pelo consumo diária de canela, como o ganho de peso corporal e a queda progressiva da progesterona. No entanto, com nossos dados atuais não é possível afirmar que a especiaria seja uma alternativa terapêutica complementar eficaz para o uso na menopausa, e apesar de não causar nenhum malefício às voluntárias, os efeitos observados foram brandos e restritos a alguns parâmetrosThe decline of female sex hormones that occurs during menopause is associated with increased central adiposity that contributes to systemic inflammation and oxidative stress. The cinnamon is well known to improve insulin sensitivity, body composition, possess anti-inflammatory and antioxidant effects, and also to stimulate progesterone secretion, may represent a potential coadjuvant for the treatment of postmenopausal women with overweight or obesity. In this context, the objective of the present study was to determine the impact of cinnamon supplementation on anthropometric, endocrine parameters and oxidative balance in postmenopausal women with overweight or obesity. A randomized, double-blind, controlled longitudinal study was conducted in postmenopausal women between the ages of 45 and 59 years. The volunteers were supplemented daily with capsules containing 2 grams of cinnamon (Cinnamomum verum; n=15) or cellulose (n = 15) for 8 weeks. Before and after the intervention, the nutritional status and body composition were evaluated, as well the fasting glycemia, serum concentration of progesterone and oxidative balance markers [glutathione peroxidase (GPx), thiols and carbonylated proteins] in serum. The level of significance accepted for all tests was 5%. The sample obtained was of 30 women with mean age of 53 years ± 3 years. The characteristics of the baseline did not differ between the two groups and the nutritional profile of the groups was not altered by the intervention. After the intervention, the placebo group had a significant increase in body weight (p = 0.001) and consequently BMI (p = 0.001), which was not observed in the cinnamon group. There was no significant difference in the % of total fat, % of the fat-free mass and absolute fat free mass evaluated by plestimography. However, it was observed a significant increase in the absolute fat mass in the placebo (p=0.008) and cinnamon (p=0.047) groups. After supplementation, there was no significant difference in fasting glycemia, glutathione peroxidase, thiols, and carbonylated proteins. However, the placebo group showed a significant reduction in serum progesterone concentrations (p = 0.0126) and when comparing the delta, it was found a significant increase (p = 0.0087) in the cinnamon group compared to placebo. In addition, the variations in serum progesterone concentrations did not correlate with GPx activity, the concentration of total thiols and carbonylated proteins measured at the end of intervention in any group. We can conclude that some negative outcomes of menopause can be softened by daily consumption of cinnamon, such as body weight gain and the progressive decline of progesterone. However, based on our current data it is not possible to affirm that the spice is an effective complementary therapeutic alternative for use in the menopause, and despite not causing any harm to the volunteers, the observed effects were mild and restricted to some parameters67 f.Oliveira, Karen de JesusOliveira, Elaine deRocha, Gabrielle de SouzaMaróstica, ElisabethDolinsky, Manuelahttp://lattes.cnpq.br/6321803733158152http://lattes.cnpq.br/7294108671006539http://lattes.cnpq.br/0438533571706181Pires, Marselly Ramos de Souza2021-03-10T18:29:07Z2021-03-10T18:29:07Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/17045Aluno de MestradoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-01-05T18:12:48Zoai:app.uff.br:1/17045Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:08:42.486313Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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O declínio de hormônios sexuais femininos que ocorre na menopausa está associado ao aumento da adiposidade central que contribui para inflamação sistêmica e estresse oxidativo. A canela por ser uma especiaria bastante conhecida de melhorar a sensibilidade à insulina, composição corporal, ação anti-inflamatória e antioxidante, além de estimular a secreção de progesterona, pode representar um potencial coadjuvante para o tratamento de mulheres com sobrepeso ou obesidade na pós-menopausa. Nesse contexto, o presente estudo avaliou o impacto da suplementação com canela sobre parâmetros antropométricos, endócrinos e balanço oxidativo em mulheres na pós-menopausa com sobrepeso ou obesidade. Para tal, foi realizado um estudo longitudinal randomizado, duplo-cego e controlado, em mulheres com idade entre 45 e 59 anos, na pós-menopausa. As voluntárias foram suplementadas diariamente com cápsulas contendo 2 gramas de canela (Cinnamomum verum; n=15) ou celulose (n=15), durante 8 semanas. Antes e após a intervenção, foram realizadas a avaliação do estado nutricional, composição corporal, bem como a glicemia de jejum, concentração serica de progesterona e marcadores do balanço oxidativo [glutationa peroxidase (GPx), tióis totais e proteínas carboniladas] no soro. O nível de significância adotado para todos os testes foi de 5%. Obteve-se uma amostra de 30 mulheres com idade média de 53 anos ± 3 anos. As características da linha de base não diferiram entre os dois grupos e o perfil alimentar dos grupos não foi alterado pela intervenção. Após o período de intervenção, o grupo placebo apresentou aumento significativo de peso corporal (p= 0,001) e consequentemente de IMC (p= 0,001), o que não foi observado no grupo canela. Não houve diferença significativa no % de gordura total, % de massa livre de gordura e na massa livre de gordura absoluta, avaliados por pletismografia. No entanto, observamos um aumento significativo na massa gorda absoluta nos grupos placebo (p=0,008) e canela (p=0,047). Após a suplementação não houve diferença significativa na glicemia de jejum, atividade da glutationa peroxidase, concentração de tióis totais e proteínas carboniladas. No entanto, o grupo placebo apresentou uma redução significativa nas concentrações séricas de progesterona (p= 0,0126) e ao comparamos os deltas, encontramos um aumento significativo (p=0,0087) no grupo canela em relação ao placebo. Além disso, as variações nas concentrações séricas de progesterona não se correlacionaram com a atividade da GPx, concentração de tióis totais e proteínas carboniladas mensuradas ao final da intervenção em nenhum dos dois grupos. Podemos concluir que alguns desfechos desfavoráveis da menopausa podem ser amenizados pelo consumo diária de canela, como o ganho de peso corporal e a queda progressiva da progesterona. No entanto, com nossos dados atuais não é possível afirmar que a especiaria seja uma alternativa terapêutica complementar eficaz para o uso na menopausa, e apesar de não causar nenhum malefício às voluntárias, os efeitos observados foram brandos e restritos a alguns parâmetros |
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