"Grande sertão", as veredas do subtexto e o texto-vivência na adaptação do livro de Guimarães Rosa para a TV
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/12741 |
Resumo: | A minissérie “Grande sertão: veredas” (1985), de Walter Avancini, é um marco na teledramaturgia brasileira. Trata-se da adaptação para a TV do livro de Guimarães Rosa (1956), considerado, por muitos, intraduzível e mesmo inadaptável. Este trabalho tem por objetivo analisar a tradução intersemiótica do livro para a minissérie televisiva a partir da proposta de circunscrever semioticamente o termo subtexto — já consagrado no teatro e na TV, mas ainda não consolidado na teoria semiótica —, identificando seus procedimentos e apresentando-o como um conjunto de estratégias de textualização que constroem um dito pelo não dito. Para isso, de início articulamos os fundamentos da semiótica francesa e dos desdobramentos da abordagem tensiva, desenvolvida por Claude Zilberberg e Jacques Fontanille, para apresentar uma formulação semiótica para o subtexto, elencando alguns exemplos extraídos da literatura e identificando, nos elementos de análise do discurso, ferramentas e conceitos que se aplicam a esse conjunto de procedimentos e estratégias. Em seguida, selecionamos trechos do livro e da minissérie para traçar um comparativo e analisar de que forma a adaptação trabalhou essa estratégia do dizer não dizendo. Por meio desta análise e da investigação dos critérios de seleção para a construção dessas narrativas sob o aspecto daquilo que é dito pelo não-dito, identificamos especificidades de cada uma das linguagens que revelaram, no processo da adaptação, coerções próprias do âmbito mercadológico e da dinâmica comercial da TV |
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