Abelhas sem ferrão (Apidae: Meliponini) do estado do Rio de Janeiro: cenário atual e perspectivas de preservação

• Autor(a) principal: Soares, Saullo Rigon
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32028
• topic: Diversidade de abelhas; Conservação de abelhas; Meliponini; Preservação da Mata Atlântica; Biologia, Abelha, Biodiversidade, Conservação da natureza, Mata Atlântica; Bee diversity; Bee conservation; Meliponini; Atlantic Forest preservation

Popularmente conhecidos como “abelhas sem ferrão”, os meliponíneos constituem um grupo altamente diverso e amplamente distribuído nas regiões tropicais. Apresentam grande importância econômica e ambiental, em função da polinização que realizam em larga escala, responsável pela manutenção da diversidade genética e aumento da produção em sistemas agrícolas e silvestres. A meliponicultura consiste na criação racional das abelhas sem ferrão, para a obtenção de mel, própolis, cera e seus serviços ecossistêmicos. Apesar da sua importância, estes insetos sofrem declínios sistemáticos em consequência das alterações climáticas, degradação ambiental e ações antrópicas. Poucos estudos são realizados sobre o grupo no estado do RJ, que representa um importante centro de biodiversidade e endemismo na Mata Atlântica. Este trabalho consiste na revisão bibliográfica da diversidade de abelhas sem ferrão com ocorrência conhecida para o Estado do Rio de Janeiro. Foram adicionadas 13 espécies de Meliponini à riqueza previamente descrita, atualizada de 28 para 41 espécies. Foram apontados possíveis casos de introduções artificiais de meliponíneos exóticos, assim como a possibilidade de erros taxonômicos. Foi discutida a atual carência de políticas públicas do Estado e dos municípios do Rio de Janeiro, quanto à implementação da meliponicultura e do manejo integrado dos meliponíneos em programas ambientais. Essa carência reflete a necessidade de investimentos em trabalhos de levantamento e monitoramento de meliponíneos para o estado do RJ, e a aplicação em programas de restauração e preservação de biodiversidade, destacando os benefícios socioeconômicos e ambientais pela implantação da meliponicultura sustentável na região.