Pitaia vermelha (hylocereus polyrhizus britton & rose): processo de desidratação como estratégia tecnológica para extensão de vida de prateleira e manutenção da qualidade

• Autor(a) principal: Mayer, Júlia Gonçalves
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27612; http://dx.doi.org/10.22409/PPG-CAPS.2021. d.11861414765
• topic: Pitaia Vermelha; Betacianinas; Desidratação; Foam Mat Drying; Camada de Espuma; Pó de Pitaia; Pitaia Vermelha; Betacianinas; Desidratação de frutas; Produção intelectual; Red Dragon Fruit; Pitaya; Betacyanins; Dehydration; Foam Mat Drying; Pitaya Powder

A pitaia de polpa e casca vermelha é fruto de uma cactácea, com presença de compostos bioativos como vitaminas, carotenoides, polifenóis, betacianinas, (majoritários), além das fibras. As evidências científicas demostram suas propriedades anticâncer, atividade anti-inflamatória, antidiabética, entre outros benefícios para saúde. Apesar de apresentar potenciais benefícios à saúde humana, o cultivo no Brasil é recente, com variações de características que dificultam a expansão comercial, além de suas características intrínsecas que reduzem a vida útil.O objetivo desta Tese foi investigar a produção da pitaia vermelha, avaliar o processo de desidratação como forma de expansão e superação de perdas pós-colheita e analisar a intenção de consumo de produtos formulados com pó de pitaia desidratada pelos consumidores de frutas. Com isso, foi realizada uma revisão narrativa da literatura, com busca de artigos de fevereiro de 2019 até março de 2022. As bases de dados utilizadas foram Web of Science, Scopus, Scielo, Periódicos Capes, Pubmed, SCIELO, LILACS e MEDLINE. Esta Tese também apresentou uma abordagem prática, através da aplicação de questionários aos produtores de pitaia vermelha (n = 50) e consumidores de frutas que já tenham experimentado pitaia vermelha (n = 150). Os produtores e consumidores foram recrutados via carta convite, nas redes sociais. A coleta de dados ocorreu entre os meses de agosto e outubro de 2021.A pitaia vermelha, com seus compostos bioativos, baixo teor de açúcar e de lipídeo, proteina, fonte de fibras, pode contribuir para uma dieta saudável. Embora o Brasil possua condições climáticas e territoriais favoráveis à produção de pitaia, por meio dos questionário aplicado aos produtores foram identificadas algumas causas de perdas pós-colheita, como falta de conhecimento técnico que pode gerar as frutas sem padronização de qualidade, a alta perecibilidade, a comercialização sem embalagens adequadas, sem o uso de refrigeração, transporte impróprio, sazonalidade da fruta, o que dificultam o escoamento, oneram e limitam a produção, com efeito negativo direto no comportamento do mercado e reflete no preço repassado ao consumidor final. O pó da pitaia foi considerado saudável pelos consumidores recrutados e pode ser um bom substituto da fruta fresca, sobretudo quando há menos disponibilidade da fruta por conta da sazonalidade. Dessa forma, o investimento na tecnologia de desidratação possibilita redução do custo com transporte, diminuição do volume da embalagem, sendo uma alternativa para o excedente de produção e fruta fora da qualidade comercial, apesar da maioria dos produtores recrutados demonstrar desconhecimento sobre esta tecnologia. Portanto, esta Tese enfatiza o potencial da desidratação, com destaque ao método em camada de espuma, tecnologia com potencial para a produção de pó alimentício de pitaia com possibilidade de boa retenção dos compostos bioativos e retenção de cor característica.