Infecção urinária por Escherichia coli resistente a ciprofloxacino em pacientes com câncer ginecológico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/3278 |
Resumo: | Objetivo. Descrever a prevalência de resistência a ciprofloxacino e analisar as variáveis potencialmente associadas a esta resistência em amostras de Escherichia coli isoladas de pacientes com câncer ginecológico e infecção do trato urinário (ITU). Métodos. Trata-se de uma série de casos de pacientes com ITU por E. coli assistidas no Hospital do Câncer II do Instituto Nacional do Câncer (INCA/HCII) de março de 2009 a fevereiro de 2010. Os casos foram detectados através de vigilância microbiológica no laboratório de bacteriologia clínica do INCA/HCII. As análises microbiológicas foram realizadas conforme recomendado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Os dados clínicos e epidemiológicos foram coletados através de revisão de prontuários. Para a avaliação das variáveis potencialmente associadas à resistência a ciprofloxacino foi feita análise multivariada por regressão logística. Resultados. Entre os 275 casos de ITU por E. coli em pacientes com câncer ginecológico incluídas no estudo, a prevalência de resistência das amostras a ciprofloxacino foi 31%. A prevalência de resistência das amostras a outros antimicrobianos como cefazolina, ceftazidima, fosfomicina, gentamicina e nitrofurantoína aumentou significativamente (p≤0,05) ao longo do período. Não foi detectada resistência a amicacina e carbapenemas. Duas amostras foram produtoras de b-lactamases de espectro ampliado (ESBL). As variáveis independentemente associadas à resistência a ciprofloxacino entre as amostras de E. coli foram: presença de nefrostomia (OR: 4,83; IC95%: 1,15-20,23; p: 0,031), internação (OR: 4,00; IC95%: 1,35-11,85; p: 0,012) e uso de fluoroquinolona (OR: 3,02; IC95%: 1,28-7,91; p: 0,015) nos 3 meses anteriores ao episódio de ITU. Conclusão. A resistência ao ciprofloxacino foi elevada. Os fatores de risco para esta resistência foram aqueles relacionados à manipulação de vias urinárias, sugerindo a possibilidade de transmissão cruzada de amostras resistentes a ciprofloxacino, e o uso prévio de fluoroquinolonas |
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Infecção urinária por Escherichia coli resistente a ciprofloxacino em pacientes com câncer ginecológicoEscherichia coliCiprofloxacinoInfecção urináriaNeoplasia ginecológicaEscherichia coliUrinary tract infectionGynecological cancerAntimicrobial resistanceObjetivo. Descrever a prevalência de resistência a ciprofloxacino e analisar as variáveis potencialmente associadas a esta resistência em amostras de Escherichia coli isoladas de pacientes com câncer ginecológico e infecção do trato urinário (ITU). Métodos. Trata-se de uma série de casos de pacientes com ITU por E. coli assistidas no Hospital do Câncer II do Instituto Nacional do Câncer (INCA/HCII) de março de 2009 a fevereiro de 2010. Os casos foram detectados através de vigilância microbiológica no laboratório de bacteriologia clínica do INCA/HCII. As análises microbiológicas foram realizadas conforme recomendado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Os dados clínicos e epidemiológicos foram coletados através de revisão de prontuários. Para a avaliação das variáveis potencialmente associadas à resistência a ciprofloxacino foi feita análise multivariada por regressão logística. Resultados. Entre os 275 casos de ITU por E. coli em pacientes com câncer ginecológico incluídas no estudo, a prevalência de resistência das amostras a ciprofloxacino foi 31%. A prevalência de resistência das amostras a outros antimicrobianos como cefazolina, ceftazidima, fosfomicina, gentamicina e nitrofurantoína aumentou significativamente (p≤0,05) ao longo do período. Não foi detectada resistência a amicacina e carbapenemas. Duas amostras foram produtoras de b-lactamases de espectro ampliado (ESBL). As variáveis independentemente associadas à resistência a ciprofloxacino entre as amostras de E. coli foram: presença de nefrostomia (OR: 4,83; IC95%: 1,15-20,23; p: 0,031), internação (OR: 4,00; IC95%: 1,35-11,85; p: 0,012) e uso de fluoroquinolona (OR: 3,02; IC95%: 1,28-7,91; p: 0,015) nos 3 meses anteriores ao episódio de ITU. Conclusão. A resistência ao ciprofloxacino foi elevada. Os fatores de risco para esta resistência foram aqueles relacionados à manipulação de vias urinárias, sugerindo a possibilidade de transmissão cruzada de amostras resistentes a ciprofloxacino, e o uso prévio de fluoroquinolonasObjective. To describe the prevalence of resistance to ciprofloxacin and analyze variables potentially associated with this resistance in samples of Escherichia coli isolated from patients with gynecological cancer and urinary tract infection (UTI). Methods. A case-series was conducted between March 2009 and February 2010 at the Cancer Hospital II part of the National Cancer Institute (INCA/HCII) with patients aged over 18 years with gynecological cancer presenting UTI caused by E. coli. Cases were detected through microbiological surveillance in the laboratory of clinical bacteriology in INCA/HCII. Microbiological analyses were performed as recommended by Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Clinical and epidemiological data were collected through charts review. For the evaluation of variables potentially associated with resistance to ciprofloxacin the multivariate analysis were performed by logistic regression. Results. Among 275 cases of UTI caused by E. coli in patients with gynecological cancer included in the study, the prevalence of samples resistant to ciprofloxacin was 31%. The prevalence of samples resistant to other antimicrobials such as cefazolin, ceftazidima, fosfomycin, gentamicin and nitrofurantoína increased significantly (p≤0,05) during the period. It was not detected resistance to amikacin and carbapenems. Two samples were producers of extended spectrum b-lactamase (ESBL). The variables independently associated with resistance to ciprofloxacin between samples of E. coli were: undergone nephrostomy (OR: 4.83; IC95%: 1.15-20.23; p: 0.031), hospitalization (OR: 4.00; IC95%: 1.35-11.85; p: 0.012) and use of fluoroquinolone (OR: 3.02; IC95%: 1.28- 7.91; p: 0.015) in the 3 months preceding the episode of UTI. Conclusion. Resistance to ciprofloxacin was high. Risk factors for this resistance were those related to urinary tract manipulation suggesting the possibility of cross transmission of samples resistant to ciprofloxacin, and previous use of fluoroquinolones58 f.Teixeira, Lenise ArneiroOliveira, Solange Artimos deMarangoni, Denise VantilCastilho, Selma Rodrigues deMartins, Ianick SoutoAraujo, Fernanda Miranda de2017-04-03T17:52:51Z2017-04-03T17:52:51Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/3278Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-09-06T02:39:19Zoai:app.uff.br:1/3278Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:54:19.708649Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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