Avaliação do efeito de uma lectina da Colocasia esculenta, tarina, sobre células da medula óssea de camundongo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/28687 |
Resumo: | Introdução: O taro (Colocasia esculenta), planta pertencente à família Araceae, é consumido em países subdesenvolvidos na alimentação e como cultura de subsistência e, possui potenciais moléculas bioativas com aplicabilidade na biotecnologia. Estudos realizados pelo nosso grupo têm demonstrado que uma lectina isolada do taro, denominada tarina, atua estimulando a mobilização de células do sangue periférico e populações celulares da medula óssea camundongos. Objetivo Geral: Estudar os efeitos da lectina tarina sobre populações celulares da medula óssea de camundongos. Objetivos Específicos: Avaliar in vitro os efeitos de diferentes concentrações de tarina em cultura de células de medula óssea murina; avaliar os parâmetros de tamanho e granulosidade; avaliar o fenótipo e a sobrevivência das populações celulares. Material e Métodos: Células obtidas de fêmures de camundongos Balb/c (8 a 12 semanas de idade) foram submetidas a protocolos de cultura celular incubados com diferentes concentrações de tarina (20 e 40 μg/mL). As culturas celulares foram analisadas no 5º, 7º e 14º dia e avaliado a densidade celular e formação de agregados e/ou colônias por microscopia óptica com registros fotográficos, os parâmetros de tamanho versus granulosidade e análise fenotípica das populações celulares por citometria de fluxo. Os ensaios clonogênios foram realizados em ágar semi-sólido com tarina somente ou na presença de meio condicionado com IL-3+ e GM-CSF durante 7 dias. As colônias foram coletadas das culturas, citocentrifugadas, fixadas com metanol e coradas com corante May Grünwald-Giemsa. Resultados: Nas culturas que foram adicionadas a tarina ficou evidente que a partir do 5° dia houve o aumento da densidade celular, com a presença de muitas células grandes aderentes com aspecto fibroblastóide e outras arredondadas. No 14° dia apenas nas culturas que receberam tarina foi observada a presença de aglomerados e colônias celulares. Na avaliação do centrifugado ficou evidente predomínio de células de linhagem granulocítica. Nas análises por citometria de fluxo, observou-se o aumento na porcentagem de células com maior complexidade/granulosidade e diminuição na porcentagem de células com menor complexidade/granulosidade. A análise fenotípica revelou uma rápida diminuição da porcentagem de células CD19+ e aumento de células CD3+ e Gr-1+. Nos ensaios clonogênicos em ágar semi-sólido notou-se que a adição da tarina às culturas potencializou o efeito do meio condicionado rico em IL-3 e GM-CSF aumentando o número de unidades formadoras de colônia. Conclusão: Os dados apresentados nos levam a concluir que a tarina seria capaz de atuar na manutenção, proliferação e diferenciação de células de linhagem granulocítica e, possivelmente, em células estromais. Desta forma, sugerimos que a tarina possui alta aplicabilidade biotecnológica e, com isto, poderia ser uma importante coadjuvante no tratamento de doenças que causam hipoplasia de células hematopoiéticas futuramente. |
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Avaliação do efeito de uma lectina da Colocasia esculenta, tarina, sobre células da medula óssea de camundongoColocasia esculenta, taro, lectinas, tarina, medula óssea, hematopoiese, imunomodulação, progenitores granulocíticos, células estromaisLectina, Extrato vegetal, Proteína, HematopoieseIntrodução: O taro (Colocasia esculenta), planta pertencente à família Araceae, é consumido em países subdesenvolvidos na alimentação e como cultura de subsistência e, possui potenciais moléculas bioativas com aplicabilidade na biotecnologia. Estudos realizados pelo nosso grupo têm demonstrado que uma lectina isolada do taro, denominada tarina, atua estimulando a mobilização de células do sangue periférico e populações celulares da medula óssea camundongos. Objetivo Geral: Estudar os efeitos da lectina tarina sobre populações celulares da medula óssea de camundongos. Objetivos Específicos: Avaliar in vitro os efeitos de diferentes concentrações de tarina em cultura de células de medula óssea murina; avaliar os parâmetros de tamanho e granulosidade; avaliar o fenótipo e a sobrevivência das populações celulares. Material e Métodos: Células obtidas de fêmures de camundongos Balb/c (8 a 12 semanas de idade) foram submetidas a protocolos de cultura celular incubados com diferentes concentrações de tarina (20 e 40 μg/mL). As culturas celulares foram analisadas no 5º, 7º e 14º dia e avaliado a densidade celular e formação de agregados e/ou colônias por microscopia óptica com registros fotográficos, os parâmetros de tamanho versus granulosidade e análise fenotípica das populações celulares por citometria de fluxo. Os ensaios clonogênios foram realizados em ágar semi-sólido com tarina somente ou na presença de meio condicionado com IL-3+ e GM-CSF durante 7 dias. As colônias foram coletadas das culturas, citocentrifugadas, fixadas com metanol e coradas com corante May Grünwald-Giemsa. Resultados: Nas culturas que foram adicionadas a tarina ficou evidente que a partir do 5° dia houve o aumento da densidade celular, com a presença de muitas células grandes aderentes com aspecto fibroblastóide e outras arredondadas. No 14° dia apenas nas culturas que receberam tarina foi observada a presença de aglomerados e colônias celulares. Na avaliação do centrifugado ficou evidente predomínio de células de linhagem granulocítica. Nas análises por citometria de fluxo, observou-se o aumento na porcentagem de células com maior complexidade/granulosidade e diminuição na porcentagem de células com menor complexidade/granulosidade. A análise fenotípica revelou uma rápida diminuição da porcentagem de células CD19+ e aumento de células CD3+ e Gr-1+. Nos ensaios clonogênicos em ágar semi-sólido notou-se que a adição da tarina às culturas potencializou o efeito do meio condicionado rico em IL-3 e GM-CSF aumentando o número de unidades formadoras de colônia. Conclusão: Os dados apresentados nos levam a concluir que a tarina seria capaz de atuar na manutenção, proliferação e diferenciação de células de linhagem granulocítica e, possivelmente, em células estromais. Desta forma, sugerimos que a tarina possui alta aplicabilidade biotecnológica e, com isto, poderia ser uma importante coadjuvante no tratamento de doenças que causam hipoplasia de células hematopoiéticas futuramente.71 p.Verícimo, Maurício AfonsoXavier, Aurelizia Maria LemosRibeiro, Roberto Stefan de AlmeidaAlbuquerque, Cassiano Felippe Gonçalves deSilva, Airton Pereira eFaria, Robson XavierFreire, Maria Paula Vigna2023-05-04T15:33:23Z2023-05-04T15:33:23Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfFREIRE, Maria Paula Vigna. Avaliação do efeito de uma lectina da Colocasia esculenta, tarina, sobre células da medula óssea de camundongo. 2022. 71 f. Dissertação (Mestrado em Ciências e Biotecnologia)-Instituto de Biologia, Universidade Federal Fluminense, Niterói,2022.http://app.uff.br/riuff/handle/1/28687CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-05-04T15:33:27Zoai:app.uff.br:1/28687Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:09:09.769223Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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