Ocorrência de infecções por Piroplasmas e Hepatozoon spp. em cães que habitam o Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET) - Rio de Janeiro, Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/26258 |
Resumo: | Babesia vogeli, B. gibsoni e Rangelia vitalii são as principais espécies de piroplasmas que parasitam cães no Brasil, podendo causar anemia hemolítica, trombocitopenia e icterícia. O protozoário Hepatozoon canis é encontrado ocasionalmente em exames laboratoriais de cães. Geralmente apresenta baixa patogenicidade, porém, associado a alguns fatores pode ser letal. Os carrapatos transmitem estes agentes durante repasto sanguíneo com presença de protozoários na saliva ou pela ingestão destes vetores, como ocorre no ciclo de H. canis. O Parque Estadual Serra da Tiririca (PESET), que abrange os municípios de Niterói e Maricá – Rio de Janeiro, é considerado uma reserva mundial da biosfera composta por Mata Atlântica e abriga espécies raras e endêmicas. Apesar de ser uma Unidade de Conservação, existe construção irregular de propriedades privadas, desmatamento e outros crimes ambientais. A presença de humanos vivendo neste local, juntamente com a inserção de animais de estimação, pode, futuramente, afetar os nichos silvestres que existem nesse ecossistema. Os objetivos desse estudo foram detectar as espécies de piroplasmas e Hepatozoon spp. em cães e carrapatos que habitavam o PESET por meio da microscopia óptica e diagnóstico molecular, além de avaliar as possíveis alterações hematológicas e bioquímicas dos cães positivos. Foram utilizadas amostras de sangue total de 133 caninos sem alterações clínicas e de 71 carrapatos Rhipicephalus sanguineus. Técnicas moleculares tendo como alvo fragmentos do gene 18s rRNA de piroplasmas e de Hepatozoon spp. foram empregadas em todas as amostras obtidas, sendo encontrada uma amostra de sangue (0.75%) positiva para B. vogeli. Todos os cães foram negativos à pesquisa de Hepatozoon spp. e nenhuma amostra de carrapato apresentou resultado positivo para ambos os ensaios de PCR. Este estudo evidenciou a circulação de B. vogeli em cães que habitam ilegalmente o PESET. Embora a frequência da infecção tenha sido baixa, é importante ressaltar para a possibilidade de que cães parasitados sirvam de fonte de transmissão para novos vetores, outros cães e até animais silvestres, que façam parte da fauna nativa do parque. |
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Ocorrência de infecções por Piroplasmas e Hepatozoon spp. em cães que habitam o Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET) - Rio de Janeiro, BrasilBabesioseHepatozoonoseHemoprotozoáriosDoenças transmitidas por carrapatosDiagnóstico molecularDoenças do cãoBabesioseInfecção por protozoárioCarrapatoTécnicas de Diagnóstico MolecularHematologia veterináriaBioquímica veterináriaBabesiosisHepatozoonosisTick-borne diseasesMolecular diagnosisEcological ParkBabesia vogeli, B. gibsoni e Rangelia vitalii são as principais espécies de piroplasmas que parasitam cães no Brasil, podendo causar anemia hemolítica, trombocitopenia e icterícia. O protozoário Hepatozoon canis é encontrado ocasionalmente em exames laboratoriais de cães. Geralmente apresenta baixa patogenicidade, porém, associado a alguns fatores pode ser letal. Os carrapatos transmitem estes agentes durante repasto sanguíneo com presença de protozoários na saliva ou pela ingestão destes vetores, como ocorre no ciclo de H. canis. O Parque Estadual Serra da Tiririca (PESET), que abrange os municípios de Niterói e Maricá – Rio de Janeiro, é considerado uma reserva mundial da biosfera composta por Mata Atlântica e abriga espécies raras e endêmicas. Apesar de ser uma Unidade de Conservação, existe construção irregular de propriedades privadas, desmatamento e outros crimes ambientais. A presença de humanos vivendo neste local, juntamente com a inserção de animais de estimação, pode, futuramente, afetar os nichos silvestres que existem nesse ecossistema. Os objetivos desse estudo foram detectar as espécies de piroplasmas e Hepatozoon spp. em cães e carrapatos que habitavam o PESET por meio da microscopia óptica e diagnóstico molecular, além de avaliar as possíveis alterações hematológicas e bioquímicas dos cães positivos. Foram utilizadas amostras de sangue total de 133 caninos sem alterações clínicas e de 71 carrapatos Rhipicephalus sanguineus. Técnicas moleculares tendo como alvo fragmentos do gene 18s rRNA de piroplasmas e de Hepatozoon spp. foram empregadas em todas as amostras obtidas, sendo encontrada uma amostra de sangue (0.75%) positiva para B. vogeli. Todos os cães foram negativos à pesquisa de Hepatozoon spp. e nenhuma amostra de carrapato apresentou resultado positivo para ambos os ensaios de PCR. Este estudo evidenciou a circulação de B. vogeli em cães que habitam ilegalmente o PESET. Embora a frequência da infecção tenha sido baixa, é importante ressaltar para a possibilidade de que cães parasitados sirvam de fonte de transmissão para novos vetores, outros cães e até animais silvestres, que façam parte da fauna nativa do parque.Babesia vogeli, B. gibsoni and Rangelia vitalii are the main species of piroplasm that parasitize dogs in Brazil, which can cause hemolytic anemia, thrombocytopenia and jaundice. The protozoon Hepatozoon canis is occasionally found in dogs during la boratory tests. It usually presents low pathogenicity, however, associated with other factors can be lethal. Piroplamids are transmitted by tick saliva during their feeding or if the tick is ingested, as occurs in the H. canis cycle. The Serra da Tiririca State Park (PESET), which covers the municipalities of Niterói and Maricá - Rio de Janeiro, is considered a world biosphere reserve, composed of, the Atlantic Forest area which is home to rare and important species, exclusive to the region. Despite being a conser vation area, several prohibited activities take place, such as, the illegal construction of private properties, deforestation and other environmental crimes. The presence of human beings living in this region, along with the introduction of domestic pets, may in the future affect the wildlife that exist within this delicate ecosystem. The aim of this study was to detect the presence of piroplasm and Hepatozoon spp. in dogs and ticks that had inhabited PESET, through optical microscopy and molecular diagnosis, and to evaluate the hematological and biochemical alterations of the positive dogs. Blood samples were taken from 133 asymptomatic canines and 71 Rhipicephalus sanguineus ticks collected from animals that inhabited PESET. Molecular techniques targeting fragments of the 18s rRNA gene from piroplasm and Hepatozoon spp. were used in all samples obtained and one blood sample (0.75%) positive for Babesia vo geli was discovered. All dogs tested negative to Hepatozoon spp. and no tick sample showed positive results for both PCR assays. This study evidenced the circulation of B. vogeli in dogs that illegally inhabit PESET. Although the frequency of infection has been low it is important to emphasize that domestic animals carrying parasites may be a source of transmission for new vectors, other dogs and even wild animals that are part of the park's native fauna.58 f.Almosny, Nádia Regina Pereirahttp://lattes.cnpq.br/9728618349304707Souza, Aline Moreira dehttp://lattes.cnpq.br/4878965826784040Moraes, Renata Fernandes Ferreira dehttp://lattes.cnpq.br/0854314246390317Cunha, Nathalie Costa dahttp://lattes.cnpq.br/2041676980432035http://lattes.cnpq.br/3538285652529690Ferreira, Maria Regina2022-09-15T15:36:39Z2022-09-15T15:36:39Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfFERREIRA, Maria Regina. Ocorrência de infecções por Piroplasmas e Hepatozoon spp. em cães que habitam o Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET) - Rio de Janeiro, Brasil. 58 f. 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Babesia vogeli, B. gibsoni e Rangelia vitalii são as principais espécies de piroplasmas que parasitam cães no Brasil, podendo causar anemia hemolítica, trombocitopenia e icterícia. O protozoário Hepatozoon canis é encontrado ocasionalmente em exames laboratoriais de cães. Geralmente apresenta baixa patogenicidade, porém, associado a alguns fatores pode ser letal. Os carrapatos transmitem estes agentes durante repasto sanguíneo com presença de protozoários na saliva ou pela ingestão destes vetores, como ocorre no ciclo de H. canis. O Parque Estadual Serra da Tiririca (PESET), que abrange os municípios de Niterói e Maricá – Rio de Janeiro, é considerado uma reserva mundial da biosfera composta por Mata Atlântica e abriga espécies raras e endêmicas. Apesar de ser uma Unidade de Conservação, existe construção irregular de propriedades privadas, desmatamento e outros crimes ambientais. A presença de humanos vivendo neste local, juntamente com a inserção de animais de estimação, pode, futuramente, afetar os nichos silvestres que existem nesse ecossistema. Os objetivos desse estudo foram detectar as espécies de piroplasmas e Hepatozoon spp. em cães e carrapatos que habitavam o PESET por meio da microscopia óptica e diagnóstico molecular, além de avaliar as possíveis alterações hematológicas e bioquímicas dos cães positivos. Foram utilizadas amostras de sangue total de 133 caninos sem alterações clínicas e de 71 carrapatos Rhipicephalus sanguineus. Técnicas moleculares tendo como alvo fragmentos do gene 18s rRNA de piroplasmas e de Hepatozoon spp. foram empregadas em todas as amostras obtidas, sendo encontrada uma amostra de sangue (0.75%) positiva para B. vogeli. Todos os cães foram negativos à pesquisa de Hepatozoon spp. e nenhuma amostra de carrapato apresentou resultado positivo para ambos os ensaios de PCR. Este estudo evidenciou a circulação de B. vogeli em cães que habitam ilegalmente o PESET. Embora a frequência da infecção tenha sido baixa, é importante ressaltar para a possibilidade de que cães parasitados sirvam de fonte de transmissão para novos vetores, outros cães e até animais silvestres, que façam parte da fauna nativa do parque. |
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