Avaliação bioquímica do perfil lipídico e marcadores de lesão hepática em resposta a uma dieta aterogenica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mello, Stephanie Christine Sinder
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/5226
Resumo: A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica que acomete os vasos sanguíneos e possui origem multifatorial. A obesidade e o perfil lipídico alterado são fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento da aterosclerose. O objetivo do presente estudo é caracterizar o perfil bioquímico lipídico e hepático de camundongos C57Bl/6 alimentados com uma dieta aterogênica. Para esse fim, camundongos C57BL/6 machos com três meses de idade foram submetidos à dieta controle ou dieta aterogênica contendo excesso de lipídios saturados, colesterol e ácido cólico durante 2, 4 ou 8 semanas (n=12/grupo). A massa corporal foi aferida semanalmente e a ingestão de ração diariamente. No momento da eutanásia, sangue foi coletado para análise bioquímica. A análise estatística foi realizada no software GraphPad Prisma 6.0 sendo considerado significativo um P<0,05. Não houve ganho de MC pela ingestão da dieta aterogênica. A ingestão de ração foi menor nos grupos que ingeriram a dieta aterogênica (-19%). A ingestão de energia foi maior no grupo submetido à dieta aterogênica por 2 semanas (A2) em +11,6% e no grupo submetido à dieta aterogênica por 4 semanas (A4) em +12,2%, porém menor no grupo que recebeu dieta aterogênica por 8 semanas (A8) em -5,1%, quando comparados aos seus respectivos controles. Não houve diferença significativa de triglicerídeo sérico entre os grupos. A ingestão da dieta aterogênica aumentou o colesterol total (A2: +62,6%; A4: +35,4% e; A8: +40%, P<0,05). Foi observado um aumento do colesterol de alta densidade (HDL) nos grupos com dieta aterogênica (A2: +99%; A4: +369,1%; A8: +111,2%, P<0,05). Os valores de colesterol de baixa densidade (LDL), por sua vez, também se mostraram aumentados nos grupos submetidos à dieta aterogênica (A2: +162,8%; A4: +128,8% e; A8: +108,9%, P<0,05). Em relação ao perfil de marcadores séricos hepático, não houve diferença estatística nos níveis de fosfatase alcalina entre os grupos. Porém, em relação ao grupo controle, os níveis da enzima transaminase glutâmico-pirúvica (TGP) foram aumentados (A2: +806,4%; A4: +194,4% e; A8: +107,6%, P<0,05). E, por fim, os níveis de transaminase glutâmico oxalacética (TGO) estavam aumentados somente nos grupos A2 e A4 (+89,8% e +39,7%, respectivamente, P<0,05). Dessa forma, concluímos que uma dieta hiperlipídica rica em colesterol e ácido cólico é capaz de alterar o metabolismo lipídico e hepático, mesmo sem o ganho de massa corporal e sem ser necessário um tempo prolongado de exposição à dieta, em camundongos C57Bl/6.
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A análise estatística foi realizada no software GraphPad Prisma 6.0 sendo considerado significativo um P<0,05. Não houve ganho de MC pela ingestão da dieta aterogênica. A ingestão de ração foi menor nos grupos que ingeriram a dieta aterogênica (-19%). A ingestão de energia foi maior no grupo submetido à dieta aterogênica por 2 semanas (A2) em +11,6% e no grupo submetido à dieta aterogênica por 4 semanas (A4) em +12,2%, porém menor no grupo que recebeu dieta aterogênica por 8 semanas (A8) em -5,1%, quando comparados aos seus respectivos controles. Não houve diferença significativa de triglicerídeo sérico entre os grupos. A ingestão da dieta aterogênica aumentou o colesterol total (A2: +62,6%; A4: +35,4% e; A8: +40%, P<0,05). Foi observado um aumento do colesterol de alta densidade (HDL) nos grupos com dieta aterogênica (A2: +99%; A4: +369,1%; A8: +111,2%, P<0,05). Os valores de colesterol de baixa densidade (LDL), por sua vez, também se mostraram aumentados nos grupos submetidos à dieta aterogênica (A2: +162,8%; A4: +128,8% e; A8: +108,9%, P<0,05). Em relação ao perfil de marcadores séricos hepático, não houve diferença estatística nos níveis de fosfatase alcalina entre os grupos. Porém, em relação ao grupo controle, os níveis da enzima transaminase glutâmico-pirúvica (TGP) foram aumentados (A2: +806,4%; A4: +194,4% e; A8: +107,6%, P<0,05). E, por fim, os níveis de transaminase glutâmico oxalacética (TGO) estavam aumentados somente nos grupos A2 e A4 (+89,8% e +39,7%, respectivamente, P<0,05). Dessa forma, concluímos que uma dieta hiperlipídica rica em colesterol e ácido cólico é capaz de alterar o metabolismo lipídico e hepático, mesmo sem o ganho de massa corporal e sem ser necessário um tempo prolongado de exposição à dieta, em camundongos C57Bl/6.Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de JaneiroAtherosclerosis is a chronic inflammatory disease that affects blood vessels and has multifactorial origin. Obesity and altered lipid profile are known risk factors for the development of atherosclerosis. The present study aimed to characterize the lipid and hepatic biochemical profile of male C57Bl/6 mice fed with an atherogenic diet. Therefore, three-months old C57Bl/6 mice were fed with a control diet or an atherogenic diet rich in saturated fat, cholesterol and colic acid for 2, 4 or 8 weeks (n=12/group). Body mass (BM) was measured weekly and food intake daily. At euthanasia, blood was collected for biochemical assays. Statistical analysis was performed using GraphPad Prisma software 6.0 and a P< 0.05 was considered statistically significant. There was no BM gain by the ingestion of the atherogenic diet. Food intake was decreased in mice fed with the atherogenic diet (-19%). Energy intake of A2 and A4 groups increased (+11.6% and +12.2%, respectively), but decreased in A8 group (-5.1%), when they were compared to their respective controls. There was no significant change in serum triglyceride, but the atherogenic diet increased total cholesterol levels (A2: +62.6%; A4: +35.4% and; A8: +40%, P<0.05). An increase in high-density lipoprotein (HDL) fraction was observed in the atherogenic groups (A2: +99%; A4: +369.1% and; A8: +111.2%, P<0.05). The low-density lipoprotein (LDL) fraction was also increased mice fed with the atherogenic diet (A2: +162.8%; A4: +128.8% and; A8: +108.9%, P<0.05). Regarding hepatic markers, there was no difference in alkaline phosphatase among groups. However, in the control group, the level of the glutamic pyruvic transaminase enzyme (SGPT) was increased (A2: + 806.4%; A4: + 194.4% and; A8: +107.6%, P<0,05). Finally, the glutamic-oxaloacetic transaminase (SGOT) was increased only in A2 and A4 groups (+89.8% and +39.7%, respectively, P<0.05). Thus, we conclude that a high-fat diet rich in cholesterol and colic acid can modulate lipid and hepatic metabolism, even if body weight gain did not take place, without the need of a long-term induction time, in C57Bl/6 mice.Universidade Federal FluminenseNova FriburgoBottino, Caroline Fernandes dos SantosBraga, Fernanda Amorim de Moraes NascimentoMendonca, Leonardo de SouzaBottino, Caroline Fernandes dos SantosGermano, Fabiana Nunes (suplente)Mello, Stephanie Christine Sinder2017-11-14T14:00:05Z2017-11-14T14:00:05Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/5226ProfessorCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-11-29T14:31:47Zoai:app.uff.br:1/5226Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202022-11-29T14:31:47Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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