Caracterização de microplásticos nas praias de Jurujuba e Camboinhas, Niterói, RJ

• Autor(a) principal: Amaral, Sônia Silva Gurgel do
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22659
• topic: Estressor ambiental; Detritos plásticos; Criação de mariscos; Análises temporal e espacial; Microscopia óptica; Espectroscopia de infravermelho médio; Detritos plásticos; Espectroscopia de infravermelho médio; Estressor ambiental; Criação de mariscos; Environmental stressor; Plastic debris; Shellfish farming; Temporal and spatial distributions; Optical microscopy; Mid-infrared spectroscopy

Plástico é um tipo de polímero, que além de levar centenas de anos para se decompor, seu descarte inadequado no meio ambiente vem crescendo exponencialmente. Isto faz com que seus rejeitos tenham como destino os ecossistemas costeiros e marinhos, tais como as praias e os oceanos. Ao serem expostos às forças de fricção das ondas e a radiação ultravioleta do sol, os objetos plásticos partem-se em pedaços menores. Detritos menores que 5 mm são chamados de microplásticos, que podem se tornar, inclusive, vetores de transmissão de toxinas e bactérias. Atualmente, os microplásticos são encontrados em diversos setores da sociedade, desde nossa alimentação, águas engarrafadas e no ar que respiramos. Hoje em dia há pouca ou nenhuma informação sobre as quantidades encontradas nos diversos ecossistemas, logo, o presente trabalho visa, através do monitoramento dos microplásticos presentes em duas praias de Niterói (RJ), que incluiu caracterizações física e química e a determinação da suas concentrações, apontar o grau de influência socioambiental de diferentes estações do ano no acúmulo destes detritos. O estudo foi realizado nas praias de Camboinhas (região oceânica ou de mar aberto) e Jurujuba (desembocadura da Baía da Guanabara), permitindo apontar as influências de correntes marinhas, bem como dos costumes das comunidades costeiras dessas regiões (tais como, descarte inadequado de resíduos sólidos domésticos, atividades de pesca artesanal, turismo etc.) na distribuição espacial e temporal deste estressor ambiental. A análise das amostras foi realizada no Laboratório de Radioecologia e Alterações Ambientais da Universidade Federal Fluminense (LARA-UFF), utilizando-se técnicas de microscopia óptica (caracterização física: cor, forma e concentração dos microplásticos) e espectroscopia de infravermelho médio (MIRS; caracterização química: identificação do polímero que compõe o microplástico). Os resultados apontaram para uma forte influência das fazendas marinhas de mariscos e um possível efeito sazonal na concentração de microplásticos no ambiente marinho