Avaliação do perfil de prescrição de clínica pediátrica de um hospital federal do Rio de Janeiro

• Autor(a) principal: Gomes, Natália dos Santos Ferreira
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14443
• topic: Estudos de intervenção; Prescrição de medicamento; Pediatria; Farmácia hospitalar; Intervention studies; Prescription drug; Pediatrics

As crianças apresentam importantes diferenças e alterações na farmacocinética e farmacodinâmica de medicamentos, sendo necessária a elaboração de esquemas terapêuticos, para que sejam alcançados efeitos desejados com menor toxicidade. Muitos estudos criticam a existência do termo “adulto em miniatura”, pois não podemos considerar a dose de medicamento administrada a esses pacientes com uma simples proporção de peso e altura em relação ao adulto. O presente trabalho tem por objetivo identificar o perfil do uso de medicamentos em clínica pediátrica no Hospital Federal do Andaraí. Trata-se de um estudo observacional descritivo, transversal e retrospectivo de prescrições de crianças, com idade entre 0 a 24 meses, internadas no hospital no período de 01 de junho de 2013 a 30 de novembro de 2013. Os dados foram organizados em planilhas do Excel®. Foram analisadas as prescrições de 84 pacientes, sendo 50% do sexo masculino e 50% feminino, com idade média de 11,5 meses, com permanência média de 5,8 dias. Foram avaliadas 296 prescrições, perfazendo uma média de 4,7 medicamentos por prescrição. As prescrições apresentaram total de 634 medicamentos, distribuídos em 8,52% de administração oral, 70,5% por via endovenosa, 18,61% para uso inalatório e 2,37% de uso tópico. Observou-se que 66,7% dos pacientes tiveram a indicação de realização de nebulização com fenoterol e que em 91,7% das prescrições ocorreu a indicação da administração de dipirona. A grande maioria das prescrições (92,9%) apresentou a indicação de antibióticos, sendo que 2,4% dos antimicrobianos prescritos pertenciam a classe dos glicopeptídeos, 3,6% à classe dos macrolídeos, 8,4% à classe das cefalosporinas, 21,4% à aminoglicosídeos e 86,9% à penicilinas, sendo a penicilina cristalina a mais prescrita desse grupo. Considerando que a terapia medicamentosa é a forma de intervenção no cuidado à saúde mais utilizada, é indiscutível a necessidade da criação de leis e políticas que incentivem o aumento de pesquisas e o aumento da produção industrial de medicamentos para os pacientes pediátricos, promovendo a utilização mais segura e racional de medicamentos