Avaliação do perfil de prescrição de clinica pediátrica de um hospital federal do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Carolina Loureiro da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14375
Resumo: Hoje as crianças são consideradas “adultos em miniatura”, pois as doses de medicamentos administradas são, algumas vezes, uma simples proporção do peso/altura em relação ao adulto. A dificuldade de deglutição é outro problema relacionado a este grupo de pacientes, o que mostra a importância da utilização de formas farmacêuticas apropriadas. O público pediátrico não é incluído em estudos de desenvolvimento de novos medicamentos, tornando-os “órfãos terapêuticos”. As preparações magistrais podem ser uma alternativa para o problema, já que estas produzem medicamentos cuja venda não está disponível. Este estudo pretendeu avaliar as características das prescrições de medicamentos em uma clínica pediátrica de um hospital de grande porte procurando observar de que forma ocorreram as adequações da forma farmacêutica à faixa etária dos pacientes. Foram coletadas as prescrições de crianças de 0 a 3 anos de idade em um período de 6 meses. As informações obtidas das prescrições foram referentes à quantidade de medicamentos em cada prescrição, número de medicamentos administrados por cada via de administração, nome do medicamento administrado pelo trato gastrointestinal, via de administração, dose e forma farmacêutica solicitada, posologia, orientação das modificações e dose administrada. Os dados foram tratados com o programa Excel ®. Foram analisadas as prescrições de 42 pacientes, sendo 57,14% do sexo masculino e 42,9% do sexo feminino. A média de idades foi de 11 ± 9,7 meses com moda igual a 4 meses. Verificou-se que 30,9% dos pacientes receberam medicamentos apenas por via oral, sendo esta via a preferida. A média de medicamentos por prescrição foi de 6,6 ± 2,9 e moda igual a 7. A forma farmacêutica mais prescrita foi solução oral seguida dos comprimidos, que representaram 20 fármacos. Dos pacientes que utilizaram comprimidos, apenas um não possuía acesso venoso e 40,9% dos fármacos administrados como comprimidos existiam em outras apresentações. Só houve falta de medicamentos durante o mês de outubro. A grande maioria (77,2%) dos fármacos que foram prescritos na forma de comprimidos possuem formulações magistrais consagradas na literatura. Dos pacientes que utilizaram comprimidos, 71,42% apresentam idades até 15 meses. As orientações em relação a administração dos comprimidos prescritos foram das mais diversas, desde a quebra dos mesmos até a trituração e diluição dos comprimidos para administração de volumes ínfimos. Frente ao fato de existirem poucas formulações pediátricas no mercado brasileiro e estrangeiro, há de se adaptar as doses dos medicamentos formulados para adultos às crianças. Não há garantias da precisão da dose quando os medicamentos são fracionados e/ou transformados nas enfermarias. Os resultados apontam que existe a necessidade de ampliar as informações sobre a relação dos medicamentos padronizados no hospital em estudo bem como a criação de estratégias para a preparação ou aquisição de preparações magistrais que atendam à demanda da clinica pediátrica
id UFF-2_b96a7089182305389b0c0750956628f1
oai_identifier_str oai:app.uff.br:1/14375
network_acronym_str UFF-2
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository_id_str 2120
spelling Avaliação do perfil de prescrição de clinica pediátrica de um hospital federal do Rio de JaneiroMedicamentos pediátricosPediatriaAnálise de prescriçãoFarmácia hospitalarPediatric drugsPediatricsPrescription analysisHoje as crianças são consideradas “adultos em miniatura”, pois as doses de medicamentos administradas são, algumas vezes, uma simples proporção do peso/altura em relação ao adulto. A dificuldade de deglutição é outro problema relacionado a este grupo de pacientes, o que mostra a importância da utilização de formas farmacêuticas apropriadas. O público pediátrico não é incluído em estudos de desenvolvimento de novos medicamentos, tornando-os “órfãos terapêuticos”. As preparações magistrais podem ser uma alternativa para o problema, já que estas produzem medicamentos cuja venda não está disponível. Este estudo pretendeu avaliar as características das prescrições de medicamentos em uma clínica pediátrica de um hospital de grande porte procurando observar de que forma ocorreram as adequações da forma farmacêutica à faixa etária dos pacientes. Foram coletadas as prescrições de crianças de 0 a 3 anos de idade em um período de 6 meses. As informações obtidas das prescrições foram referentes à quantidade de medicamentos em cada prescrição, número de medicamentos administrados por cada via de administração, nome do medicamento administrado pelo trato gastrointestinal, via de administração, dose e forma farmacêutica solicitada, posologia, orientação das modificações e dose administrada. Os dados foram tratados com o programa Excel ®. Foram analisadas as prescrições de 42 pacientes, sendo 57,14% do sexo masculino e 42,9% do sexo feminino. A média de idades foi de 11 ± 9,7 meses com moda igual a 4 meses. Verificou-se que 30,9% dos pacientes receberam medicamentos apenas por via oral, sendo esta via a preferida. A média de medicamentos por prescrição foi de 6,6 ± 2,9 e moda igual a 7. A forma farmacêutica mais prescrita foi solução oral seguida dos comprimidos, que representaram 20 fármacos. Dos pacientes que utilizaram comprimidos, apenas um não possuía acesso venoso e 40,9% dos fármacos administrados como comprimidos existiam em outras apresentações. Só houve falta de medicamentos durante o mês de outubro. A grande maioria (77,2%) dos fármacos que foram prescritos na forma de comprimidos possuem formulações magistrais consagradas na literatura. Dos pacientes que utilizaram comprimidos, 71,42% apresentam idades até 15 meses. As orientações em relação a administração dos comprimidos prescritos foram das mais diversas, desde a quebra dos mesmos até a trituração e diluição dos comprimidos para administração de volumes ínfimos. Frente ao fato de existirem poucas formulações pediátricas no mercado brasileiro e estrangeiro, há de se adaptar as doses dos medicamentos formulados para adultos às crianças. Não há garantias da precisão da dose quando os medicamentos são fracionados e/ou transformados nas enfermarias. Os resultados apontam que existe a necessidade de ampliar as informações sobre a relação dos medicamentos padronizados no hospital em estudo bem como a criação de estratégias para a preparação ou aquisição de preparações magistrais que atendam à demanda da clinica pediátricaNowadays children are considered “adults in miniature” because the drug doses administered are, sometimes, a simple ratio of height/weight compared to adults. Difficult in swallowing is another problem related to this group of patients, which shows the importance of using suitable pharmaceutical forms. The pediatric public is not included in new drugs development studies, making them “therapeutic orphans”. Magistral preparations can be an alternative to the problem, since they produce medicines whose sale is not available. The study aimed to evaluate the characteristics of drug prescriptions in a pediatric clinic of a large hospital trying to observe how the adjustments of the pharmaceutical form were made to the patients age. We collected prescriptions for children 0-3 years old in a period of 6 months. Information obtained from the prescriptions were related to the amount of medicines in each prescription, number of medicines administered by each route of administration, name of the medicines administered through the gastrointestinal tract, administration route, dose and pharmaceutical form requested, dosage, orientation to changes and dose given. Data were processed using the program Excel ®. We analyzed the prescriptions of 42 patients, 57.14% male and 42.9% female. Mean age was 11 ± 9.7 months with mode equal to 4 months. It was found that 30.9% of patients received only oral medication, this being the preferred route. The average number of drugs per prescription was 6.6 ± 2.9 and mode equal to 7. The pharmaceutical form most prescribed was oral solution followed by tablets, which correspond to 20 drugs. Of the patients who used tablets, only one did not have venous access and 40.9% of drugs administered as tablets existed in other presentations. Only there was a lack of medicines during October. The great majority (77.2%) of drugs that were prescribed as tablet have magistral formulations established in the literature. The patients who used pills, 71.42%, have ages up to 15 months. Guidance regarding tablets were the most diverse since breaking them until the grinding and dilution of tablets for delivering tiny volumes. Given the fact there are few pediatric formulations in Brazil and abroad, it is need to adapt the doses of medicines formulated for adults to children. There are no guarantees of the dose certainty when drugs are splitted and / or modified in wards. The results shows that there is a need to expand the information on the list of standard drugs in the hospital under study as well as the creation of strategies for the preparation or purchase of magistral preparations that meet the demand of the pediatric clinicFuturo, Débora OmenaFerraz, Carla GuiladucciOliveira, Alessandra Moreira deSilva, Carolina Loureiro da2020-07-20T13:15:46Z2020-07-20T13:15:46Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfSILVA, Carolina Loureiro da. Avaliação do perfil de prescrição de clinica pediátrica de um hospital federal do Rio de Janeiro. 2013. 50 f. Monografia (Residência em Farmácia Hospitalar) - Faculdade de Farmácia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2013.https://app.uff.br/riuff/handle/1/14375Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-09-06T02:39:48Zoai:app.uff.br:1/14375Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:02:17.455213Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv Avaliação do perfil de prescrição de clinica pediátrica de um hospital federal do Rio de Janeiro
title Avaliação do perfil de prescrição de clinica pediátrica de um hospital federal do Rio de Janeiro
spellingShingle Avaliação do perfil de prescrição de clinica pediátrica de um hospital federal do Rio de Janeiro
Silva, Carolina Loureiro da
Medicamentos pediátricos
Pediatria
Análise de prescrição
Farmácia hospitalar
Pediatric drugs
Pediatrics
Prescription analysis
title_short Avaliação do perfil de prescrição de clinica pediátrica de um hospital federal do Rio de Janeiro
title_full Avaliação do perfil de prescrição de clinica pediátrica de um hospital federal do Rio de Janeiro
title_fullStr Avaliação do perfil de prescrição de clinica pediátrica de um hospital federal do Rio de Janeiro
title_full_unstemmed Avaliação do perfil de prescrição de clinica pediátrica de um hospital federal do Rio de Janeiro
title_sort Avaliação do perfil de prescrição de clinica pediátrica de um hospital federal do Rio de Janeiro
author Silva, Carolina Loureiro da
author_facet Silva, Carolina Loureiro da
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Futuro, Débora Omena
Ferraz, Carla Guiladucci
Oliveira, Alessandra Moreira de
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Carolina Loureiro da
dc.subject.por.fl_str_mv Medicamentos pediátricos
Pediatria
Análise de prescrição
Farmácia hospitalar
Pediatric drugs
Pediatrics
Prescription analysis
topic Medicamentos pediátricos
Pediatria
Análise de prescrição
Farmácia hospitalar
Pediatric drugs
Pediatrics
Prescription analysis
description Hoje as crianças são consideradas “adultos em miniatura”, pois as doses de medicamentos administradas são, algumas vezes, uma simples proporção do peso/altura em relação ao adulto. A dificuldade de deglutição é outro problema relacionado a este grupo de pacientes, o que mostra a importância da utilização de formas farmacêuticas apropriadas. O público pediátrico não é incluído em estudos de desenvolvimento de novos medicamentos, tornando-os “órfãos terapêuticos”. As preparações magistrais podem ser uma alternativa para o problema, já que estas produzem medicamentos cuja venda não está disponível. Este estudo pretendeu avaliar as características das prescrições de medicamentos em uma clínica pediátrica de um hospital de grande porte procurando observar de que forma ocorreram as adequações da forma farmacêutica à faixa etária dos pacientes. Foram coletadas as prescrições de crianças de 0 a 3 anos de idade em um período de 6 meses. As informações obtidas das prescrições foram referentes à quantidade de medicamentos em cada prescrição, número de medicamentos administrados por cada via de administração, nome do medicamento administrado pelo trato gastrointestinal, via de administração, dose e forma farmacêutica solicitada, posologia, orientação das modificações e dose administrada. Os dados foram tratados com o programa Excel ®. Foram analisadas as prescrições de 42 pacientes, sendo 57,14% do sexo masculino e 42,9% do sexo feminino. A média de idades foi de 11 ± 9,7 meses com moda igual a 4 meses. Verificou-se que 30,9% dos pacientes receberam medicamentos apenas por via oral, sendo esta via a preferida. A média de medicamentos por prescrição foi de 6,6 ± 2,9 e moda igual a 7. A forma farmacêutica mais prescrita foi solução oral seguida dos comprimidos, que representaram 20 fármacos. Dos pacientes que utilizaram comprimidos, apenas um não possuía acesso venoso e 40,9% dos fármacos administrados como comprimidos existiam em outras apresentações. Só houve falta de medicamentos durante o mês de outubro. A grande maioria (77,2%) dos fármacos que foram prescritos na forma de comprimidos possuem formulações magistrais consagradas na literatura. Dos pacientes que utilizaram comprimidos, 71,42% apresentam idades até 15 meses. As orientações em relação a administração dos comprimidos prescritos foram das mais diversas, desde a quebra dos mesmos até a trituração e diluição dos comprimidos para administração de volumes ínfimos. Frente ao fato de existirem poucas formulações pediátricas no mercado brasileiro e estrangeiro, há de se adaptar as doses dos medicamentos formulados para adultos às crianças. Não há garantias da precisão da dose quando os medicamentos são fracionados e/ou transformados nas enfermarias. Os resultados apontam que existe a necessidade de ampliar as informações sobre a relação dos medicamentos padronizados no hospital em estudo bem como a criação de estratégias para a preparação ou aquisição de preparações magistrais que atendam à demanda da clinica pediátrica
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013
2020-07-20T13:15:46Z
2020-07-20T13:15:46Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv SILVA, Carolina Loureiro da. Avaliação do perfil de prescrição de clinica pediátrica de um hospital federal do Rio de Janeiro. 2013. 50 f. Monografia (Residência em Farmácia Hospitalar) - Faculdade de Farmácia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2013.
https://app.uff.br/riuff/handle/1/14375
identifier_str_mv SILVA, Carolina Loureiro da. Avaliação do perfil de prescrição de clinica pediátrica de um hospital federal do Rio de Janeiro. 2013. 50 f. Monografia (Residência em Farmácia Hospitalar) - Faculdade de Farmácia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2013.
url https://app.uff.br/riuff/handle/1/14375
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
CC-BY-SA
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
CC-BY-SA
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv riuff@id.uff.br
_version_ 1811823642382696448