Cinética do envelhecimento em aços acalmados ao Al em função da variação do teor de Mn
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/27169 |
Resumo: | A cinética de envelhecimento após deformação em aços acalmados ao alumínio de baixo teor de carbono foi estudada por meio de ensaios de tração, com o objetivo de verificar a eficácia da adição de Mn na resistência ao envelhecimento. Foram analisadas seis composições químicas de aços produzidos em escala industrial, diferenciadas principalmente pelos teores de Mn (0,14% e 0,30%) e B (0,0001% a 0,0017). Após a etapa de recozimento contínuo, os aços foram pré deformados a 2% em tração e envelhecidos no intervalo de temperatura de 25°C a 44°C, para tempos variando entre 20 e 11520 min. Os parâmetros cinéticos foram determinados a partir da variação do valor Bake Hardening com o tempo e a temperatura de envelhecimento para a prédeformação citada. Os aços estudados apresentaram apenas um estágio de envelhecimento, e as variações no valor Bake Hardening indicaram, para este único estágio de envelhecimento, um processo controlado pelo ancoramento das deslocações na ferrita, por elementos intersticiais em coexistência com finos precipitados. A energia de ativação aparente foi determinada entre 34 e 57 kJ/mol, e o expoente do tempo entre 0,2 e 0,3, obedecendo a lei cinética descrita pela equação de Harper. Em relação à intensidade do efeito Bake Hardening, o aço com maior teor de Mn apresentou maior resistência ao envelhecimento em todos os testes performados, indicando que, para as condições de processo empregadas, a adição de Mn resultou em redução do teor de carbono em solução sólida, principalmente pela condição de estabilização de carbonetos em sítios de MnS. Esta constatação foi possível pela observação em microscopia eletrônica de varredura e óptica destes precipitados, estimando-se as suas frações volumétricas e seus tamanhos médios. Tais estimativas se apresentaram em concordância com os resultados da simulação termodinâmica no equilíbrio, que indicou a maior estabilidade do precipitado MnS e da cementita nos aços com maior %Mn. |
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Os parâmetros cinéticos foram determinados a partir da variação do valor Bake Hardening com o tempo e a temperatura de envelhecimento para a prédeformação citada. Os aços estudados apresentaram apenas um estágio de envelhecimento, e as variações no valor Bake Hardening indicaram, para este único estágio de envelhecimento, um processo controlado pelo ancoramento das deslocações na ferrita, por elementos intersticiais em coexistência com finos precipitados. A energia de ativação aparente foi determinada entre 34 e 57 kJ/mol, e o expoente do tempo entre 0,2 e 0,3, obedecendo a lei cinética descrita pela equação de Harper. Em relação à intensidade do efeito Bake Hardening, o aço com maior teor de Mn apresentou maior resistência ao envelhecimento em todos os testes performados, indicando que, para as condições de processo empregadas, a adição de Mn resultou em redução do teor de carbono em solução sólida, principalmente pela condição de estabilização de carbonetos em sítios de MnS. Esta constatação foi possível pela observação em microscopia eletrônica de varredura e óptica destes precipitados, estimando-se as suas frações volumétricas e seus tamanhos médios. Tais estimativas se apresentaram em concordância com os resultados da simulação termodinâmica no equilíbrio, que indicou a maior estabilidade do precipitado MnS e da cementita nos aços com maior %Mn.The kinetics of aging after strain in low carbon aluminum killed steels was studied by means of tensile tests, with the objective of verifying the effectiveness of the Mn addition on aging resistance. Six chemical compositions were analyzed, produced on industrial scale, differentiated mainly by the levels of Mn (0.14% and 0.30%). After the continuous annealing step, the steels were pre-deformed in traction and aged in the temperature range of 25°C to 44°C, for times varying between 20 and 11520 min. The kinetic parameters were determined from the variation of the Bake Hardening value with time and temperature aging, for a pre-strain of 2% in traction. The steels studied presented only one aging stage. The variations in the Bake Hardening value indicated for this single aging stage, a process controlled by the anchoring of the dislocations in the ferrite, by interstitial elements and fine precipitates. The apparent activation energy was calculated, between 34 and 57 kJ/mol, obeying the kinetics law described by Harper equation with a time exponent between 0,2 to 0,3. Regarding the intensity of the Bake Hardening effect, the steel with a higher Mn content showed greater aging resistance in all tests performed, indicating that, for the conditions employed, the addition of Mn resulted in a reduction of the carbon content in solid solution, mainly due to the condition of carbide stabilization at MnS sites. This finding was possible by observing scanning electron and optics microscopy of the precipitates mentioned, from the estimates of their volumetric fractions and average sizes. Such estimates were in agreement with the results of the equilibrium thermodynamic simulation, which indicated the greater stability of the MnS precipitates and cementite in steels with higher % Mn.113 p.Lins, Jefferson Fabrício Cardosohttp://lattes.cnpq.br/7528952471956006Siqueira, Rodrigo Pinto dehttp://lattes.cnpq.br/9567411447388614Silva, Fabiane Roberta Freitas dahttp://lattes.cnpq.br/1166347988791004Magnago, Roberto de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/1905410995938951Conceição, Monique Osório Talarico dahttp://lattes.cnpq.br/3344204581149970http://lattes.cnpq.br/0000897160930809Meira, Rodrigo Rocha de2022-12-05T15:25:12Z2022-12-05T15:25:12Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfMEIRA, Rodrigo Rocha de. 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A cinética de envelhecimento após deformação em aços acalmados ao alumínio de baixo teor de carbono foi estudada por meio de ensaios de tração, com o objetivo de verificar a eficácia da adição de Mn na resistência ao envelhecimento. Foram analisadas seis composições químicas de aços produzidos em escala industrial, diferenciadas principalmente pelos teores de Mn (0,14% e 0,30%) e B (0,0001% a 0,0017). Após a etapa de recozimento contínuo, os aços foram pré deformados a 2% em tração e envelhecidos no intervalo de temperatura de 25°C a 44°C, para tempos variando entre 20 e 11520 min. Os parâmetros cinéticos foram determinados a partir da variação do valor Bake Hardening com o tempo e a temperatura de envelhecimento para a prédeformação citada. Os aços estudados apresentaram apenas um estágio de envelhecimento, e as variações no valor Bake Hardening indicaram, para este único estágio de envelhecimento, um processo controlado pelo ancoramento das deslocações na ferrita, por elementos intersticiais em coexistência com finos precipitados. A energia de ativação aparente foi determinada entre 34 e 57 kJ/mol, e o expoente do tempo entre 0,2 e 0,3, obedecendo a lei cinética descrita pela equação de Harper. Em relação à intensidade do efeito Bake Hardening, o aço com maior teor de Mn apresentou maior resistência ao envelhecimento em todos os testes performados, indicando que, para as condições de processo empregadas, a adição de Mn resultou em redução do teor de carbono em solução sólida, principalmente pela condição de estabilização de carbonetos em sítios de MnS. Esta constatação foi possível pela observação em microscopia eletrônica de varredura e óptica destes precipitados, estimando-se as suas frações volumétricas e seus tamanhos médios. Tais estimativas se apresentaram em concordância com os resultados da simulação termodinâmica no equilíbrio, que indicou a maior estabilidade do precipitado MnS e da cementita nos aços com maior %Mn. |
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