“E foram empoderadas para sempre?”: uma análise semiolinguística da construção do ethos feminino nos filmes de princesas da Disney

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Janayna Rocha Da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9403
Resumo: Neste trabalho, procuramos refletir acerca da construção do ethos feminino nos filmes de princesa da Disney. As animações produzidas pela Walt Disney Studios são sucesso de público e crítica até a atualidade. Sereias, bruxas do mar, meninas e semideuses ajudam a construir um imaginário a respeito das identidades de gênero. Objetivamos, a partir das animações fílmicas “A pequena sereia” (1989) e “Moana – um mar de aventuras” (2016), identificar como o gênero feminino é representado em ambas as animações. Para tal feito, focamos a análise nas actantes principais de cada narrativa: Ariel e Moana. Seis cenas, três de cada animação, foram analisadas, levando em consideração o momento histórico de sua produção, além dos aspectos verbais e imagéticos presentes nas cenas. Pautamos a nossa investigação, prioritariamente, na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso postulada pelo professor Patrick Charaudeau. Considerando que, em uma narrativa fílmica, os signos imagéticos aliam-se aos signos verbais para formar um todo significativo, utilizamos os pressupostos postulados por Santaella (2012), Charaudeau (2013), Barthes (1990) e Peirce (2010), a fim de analisarmos os signos imagéticos. Ademais, buscamos olhar para o corpus a partir de uma perspectiva feminista, assim teóricas como Beauvoir (2016), Butler (2017) e Federici (2017) guiaram a nossa investigação. A hipótese que norteou a pesquisa foi a de que cada actante representa sistemas de crenças e valores condizentes com o momento histórico no qual estão inseridas, indo, assim, ao encontro das ideologias dominantes vigentes. Embora haja alguns avanços, no que tange à emancipação feminina, representações cristalizadas socialmente, de forma mais ou menos explícitas, ainda dão o tom das narrativas. Buscamos, portanto, contribuir para o pensar acerca dos discursos que reverberam socialmente a respeito do ser-se mulher, já que, muitas vezes, eles moldam a nossa forma de sermos no mundo
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