Mapas mentais e educação ambiental: experiência com alunos do ensino médio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosa, Peter da Silva
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13898
Resumo: Apesar de todo o movimento instituído a partir da década de 1970 em torno da questão ambiental, ainda hoje convivemos com um cenário que revela intensa degradação do meio ambiente. Diante desse contexto e reconhecendo a importância da educação no processo de transformação do status quo, o presente trabalho teve por objetivo principal analisar e compreender a percepção de estudantes do ensino médio de uma escola pública em Itaboraí (RJ) em relação ao meio ambiente e aos problemas socioambientais por meio de mapas mentais. Além disso, foi proposta a construção de representações geoespaciais coletivas dos problemas socioambientais do município de vivência do alunado, visando a prática de uma educação ambiental contextualizada. Buscou-se, por meio dessa experiência, contribuir para o estabelecimento de uma educação emancipatória e ações mais conscientes de intervenção socioambiental. Inserida na perspectiva da Geografia Humanista, esta pesquisa teve como enfoque metodológico a fenomenologia. Trata-se de uma abordagem qualitativa alicerçada nos sujeitos, discentes de quatro turmas do segundo ano do ensino médio. A trajetória metodológica consistiu na aplicação de questionários, no desenvolvimento de mapas mentais sobre o meio ambiente e sobre os problemas socioambientais do espaço de vivência dos alunos e posterior decodificação e interpretação conforme a “metodologia Kozel”, e por fim, na realização e apresentação das representações geoespaciais coletivas dos problemas socioambientais para a comunidade escolar. Os resultados obtidos a partir dos questionários apontaram que a concepção de meio ambiente mais recorrente entre os discentes foi a “reducionista”, seguida pela “utilitarista” e a “socioambiental”. Esta última também foi fortemente expressiva nos mapas mentais produzidos pelos alunos, condizente com o atual contexto do município de Itaboraí, caracterizado por graves problemas socioambientais, contribuindo decisivamente para uma visão depreciativa do espaço de vivência. No entanto, as atividades de confecção das representações geoespaciais, assim como as apresentações, constituíram importantes práticas pedagógicas de educação ambiental contextualizada e significativa para o alunado. Porém, apesar dos aspectos positivos, percebemos através dessa prática que a concepção mais abrangente e complexa de meio ambiente ainda foi muito limitada diante da despolitização verificada nas argumentações e nos produtos cartográficos
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Além disso, foi proposta a construção de representações geoespaciais coletivas dos problemas socioambientais do município de vivência do alunado, visando a prática de uma educação ambiental contextualizada. Buscou-se, por meio dessa experiência, contribuir para o estabelecimento de uma educação emancipatória e ações mais conscientes de intervenção socioambiental. Inserida na perspectiva da Geografia Humanista, esta pesquisa teve como enfoque metodológico a fenomenologia. Trata-se de uma abordagem qualitativa alicerçada nos sujeitos, discentes de quatro turmas do segundo ano do ensino médio. A trajetória metodológica consistiu na aplicação de questionários, no desenvolvimento de mapas mentais sobre o meio ambiente e sobre os problemas socioambientais do espaço de vivência dos alunos e posterior decodificação e interpretação conforme a “metodologia Kozel”, e por fim, na realização e apresentação das representações geoespaciais coletivas dos problemas socioambientais para a comunidade escolar. Os resultados obtidos a partir dos questionários apontaram que a concepção de meio ambiente mais recorrente entre os discentes foi a “reducionista”, seguida pela “utilitarista” e a “socioambiental”. Esta última também foi fortemente expressiva nos mapas mentais produzidos pelos alunos, condizente com o atual contexto do município de Itaboraí, caracterizado por graves problemas socioambientais, contribuindo decisivamente para uma visão depreciativa do espaço de vivência. No entanto, as atividades de confecção das representações geoespaciais, assim como as apresentações, constituíram importantes práticas pedagógicas de educação ambiental contextualizada e significativa para o alunado. Porém, apesar dos aspectos positivos, percebemos através dessa prática que a concepção mais abrangente e complexa de meio ambiente ainda foi muito limitada diante da despolitização verificada nas argumentações e nos produtos cartográficosDespite all the movement established since the 1970s on the issue environment, we still live with a scenario that reveals an intense degradation of the environment. Given this context and recognizing the importance of education in process of transformation of the "status quo", the main objective of this study was to analyze and understand the perception of high school students in a public school in Itaboraí (RJ) in relation to the environment and socio-environmental problems by means of mental maps. In addition, it was proposed the construction of collective geospatial representations of the socio-environmental problems of the city with a practice view of a contextualized environmental education. It was sought that, this experience could contribute to the establishment of an emancipatory education and to a more conscious actions socio-environmental intervention. Inserted in a Humanist Geography perspective, this research had as methodological focus the phenomenology. It is a qualitative approach based on the research subjects, the students from four second-year high school classes. The methodological trajectory the application of questionnaires, the development of mental maps on the environment and on the socio-environmental problems of students' living space and subsequent decoding and interpretation according to the "Kozel methodology", and finally, in the accomplishment and presentation of collective geospatial representations of the school community. The results obtained from the questionnaires pointed out that the most recurrent environmental concept among was the "reductionist", followed by "utilitarian" and "socio-environmental". It is last one was also strongly expressed in the mental maps produced by the students, within the current context of Itaboraí municipality, characterized by serious socio-environmental problems, contributing decisively to a derogatory view of the living space. However, the activities of making geospatial representations, as well as the presentations, were important pedagogical pratice for environmental education, they were contextualized and significant for the student. However, despite the positive aspects, we realized through this practice that the most comprehensive and complex conception of the environment was still very limited in wiew of the depoliticization that could be verified in the students' arguments and cartographic productsUniversidade Federal FluminenseNiteróiDi Maio, Angelica CarvalhoFortuna, Denizart da SilvaSousa, Iomara Barros deRosa, Peter da Silva2020-06-04T18:57:25Z2020-06-04T18:57:25Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfROSA, Peter da Silva. Mapas mentais e educação ambiental: experiência com alunos do ensino médio. 2018. 104f. 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