Análise da citotoxicidade de extrato bruto e partições químicas da planta Equisetum Hyemale em linhagens de carcinoma de células escamosas de boca

• Autor(a) principal: Queiroz, Lucas Nicolau de
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10827
• topic: Carcinoma de Célula Escamosa; Carcinogênese; Etnobotânica; Tratamento; Equisetum; Neoplasia bucal; Squamous Cell Carcinoma; Carcinogenesis; Ethnobotany; Treatment; Equisetum

O carcinoma de células escamosas de boca (CCEB) se destaca como um problema de saúde pública no Brasil, isso devido sua alta incidência e baixa taxa de sobrevida, mesmo com os avanços de diagnósticos e tratamentos, tornando o desenvolvimento de novos tratamentos necessário. Plantas do gênero Equisetum são popularmente utilizadas no tratamento de diversas doenças entre elas o câncer. Já foi demonstrado o efeito citotóxico de plantas do gênero em células tumorais, mas pouco se sabe do efeito da espécie Equisetum hyemale no tratamento de CCEB. Com esse objetivo, foi coletado a espécie na região de Nova Friburgo, RJ, foi preparado extrato bruto etanólico a partir do seucaule, foram realizados ensaios clonogênicos e ensaios de viabilidade celular por MTT. Posteriormente, o extrato bruto do caule foi particionado em frações liquido/liquido em hexâno, diclorometano e acetato de etila. Foram feitos ensaios de viabilidade celular com concentrações entre 250 µg/mL e 15,6 µg/mL de cada partição. O IC50 foi calculado através de curva de regressão não linear no programa GraphPad Prism 5. A morfologia das células foi analisada por microscopia e a morte celular confirmada por marcado de Iodeto de propídio (I.P). Testes de hemólise foram realizados com sangue de cabra com a partição de acetato de etila. Foram realizados no mínimo 3 experimentos independentes e com as células OSCC9 (Carcinoma de células escamosas orais). Através dos ensaios clonogênicos e ensaios de MTT com os extratos brutos foram calculados o IC50 de 200,6 ± 0,09 µg/mL. Devido aos resultados promissores com o extrato etanólico, foram realizados os ensaios de viabilidade celular com as partições e foi calculado o IC50 para cada uma delas, sendo a partição de acetato de atila IC50 = 64,5 ± 0,072 µg/mL, hexâno e a de diclorometano não alcançou 50% de inibição nas concentrações testadas. Como controle positivo foi utilizado quimioterápico Carboplatina com IC50 de 366,1 ± 0,18 µg/mL. Através de microscopia foi analisada a morfologia das células tratadas com a partição de acetato de etila. As células se apresentavam em menor número, com citoplasma aumentado e com grande quantidade de grânulos e vacúolos. Através da contagem do número absoluto de células e analises de permeabilidade por I.P. verificamos que de fato as células estavam morrendo. O ensaio de hemólise da partição de acetato demonstrou hemólise semelhante aos controles, inferiores de 5%. Após análises dos resultados pode se concluir que o extrato do caule Equisetum hyemale possui um efeito de inibição significativa da viabilidade das células escamosas orais, sendo a fração de acetato a mais eficaz.