A polícia prende mas a justiça solta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batitucci, Eduardo Cerqueira
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Martins, Herbert Toledo, Versiani, Dayane Aparecida
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12091
Resumo: Diante do aumento das taxas de criminalidade, a sociedade brasileira apela para o poder repressivo do Estado e para a prisão como solução dos males causados pela escalada do crime e da violência. A sociedade quer paz e, ingenuamente, acredita que a polícia é a única instituição responsável por ela. Por sua vez, policiais se defendem alegando que fazem o trabalho que lhes é prescrito prendendo os criminosos, mas que, lamentavelmente, “a polícia prende, mas a justiça solta”. Promotores e juízes das varas criminais reclamam da saturação do sistema carcerário, da legislação e do trabalho da polícia. Assim, o jargão em tela sugere vários questionamentos. Trata-se de uma realidade ou de um mito para eximir o trabalho da polícia e colocar a “culpa” no sistema judiciário? Qual é o papel das Polícias Civil e Militar nesse contexto? Qual é a participação dos promotores e juízes? Como e por que tantos presos são postos em liberdade? Quem são esses presos? Como é possível combater a impunidade? O presente artigo pretende refletir sobre essas perguntas.
id UFF-2_cd5942e8d669384284704020404537b1
oai_identifier_str oai:app.uff.br:1/12091
network_acronym_str UFF-2
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository_id_str 2120
spelling A polícia prende mas a justiça soltaLa policía detiene, pero la Justicia sueltaThe police arrest criminals, but the courts set them freeViolênciaCriminalidadeSistema judicialReincidênciaImpunidadePolícia e JustiçaViolenceCrimeJudiciary SystemRecidivismImpunityDelincuenciaCriminalidadSistema judicialReincidenciaImpunidadDiante do aumento das taxas de criminalidade, a sociedade brasileira apela para o poder repressivo do Estado e para a prisão como solução dos males causados pela escalada do crime e da violência. A sociedade quer paz e, ingenuamente, acredita que a polícia é a única instituição responsável por ela. Por sua vez, policiais se defendem alegando que fazem o trabalho que lhes é prescrito prendendo os criminosos, mas que, lamentavelmente, “a polícia prende, mas a justiça solta”. Promotores e juízes das varas criminais reclamam da saturação do sistema carcerário, da legislação e do trabalho da polícia. Assim, o jargão em tela sugere vários questionamentos. Trata-se de uma realidade ou de um mito para eximir o trabalho da polícia e colocar a “culpa” no sistema judiciário? Qual é o papel das Polícias Civil e Militar nesse contexto? Qual é a participação dos promotores e juízes? Como e por que tantos presos são postos em liberdade? Quem são esses presos? Como é possível combater a impunidade? O presente artigo pretende refletir sobre essas perguntas.SimAs crime rates increase in Brazil, Brazilian society resorts to both the repressive power of the State and imprisonment as solutions to the problems stemming from the escalation of crime and violence. Society wants peace, and naively believes that the police are the only institution that can provide it. Police officers, in turn, excuse themselves by claiming that they are doing their job properly, i.e. arresting criminals, but they add that unfortunately “the police arrest criminals, but the courts set them free”. Prosecuting attorneys and criminal court judges say that the prison system is overloaded, and complain about the law and the work of the police. The quote above, therefore, raises many questions. Is it really accurate or is it just a myth to render the police exempt and put the “blame” on the legal system? Given this state of affairs, what is the role of the Civil and Military Police? What part should prosecutors and judges play? Why are so many prisoners discharged? How? Who are these people? How can one fight impunity? These are some of the issues this paper aims to reflect upon.Ante el aumento de las tasas de criminalidad, la sociedad brasileña invoca al poder represivo del Estado y la prisión como solución a los males causados por la expansión del crimen y de la delincuencia. La sociedad quiere paz e, ingenuamente, cree que la policía es la única institución que se encarga de ésta. A su vez, los policías se defienden alegando que hacen el trabajo que se les prescribe deteniendo a los delincuentes, pero que, lamentablemente, “la policía detiene, pero la justicia suelta”. Promotores y jueces de lo criminal se quejan de la saturación del sistema carcelario, de la legislación y del trabajo de la policía. De este modo, la muletilla en cuestión sugiere varios cuestionamientos. ¿Se trata de una realidad o de un mito para eximir el trabajo de la policía y echar la “culpa” al sistema judicial? ¿Cuál es el papel de las Policías Civil y Militar en ese contexto? ¿Cuál es la participación de los promotores y jueces? ¿Cómo y por qué tantos presos son puestos en libertad? ¿Quién son esos presos? ¿Cómo es posible combatir la impunidad? El presente artículo pretende reflexionar sobre estas preguntas.Niterói2019-11-10T21:29:50Z2019-11-10T21:29:50Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfMARTINS, Herbert Toledo; VERSIANI, Dayane Aparecida; BATITUCCI, Eduardo Cerqueira. A Polícia Prende mas a Justiça Solta. Revista Brasileira de Segurança Pública, v. 8, p. 106-121, 2011.https://app.uff.br/riuff/handle/1/12091N/ARevista Brasileira de Segurança Pública, v. 8, p. 106-121, 2011.openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessBatitucci, Eduardo CerqueiraMartins, Herbert ToledoVersiani, Dayane Aparecidaporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2020-12-04T19:44:22Zoai:app.uff.br:1/12091Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202020-12-04T19:44:22Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv A polícia prende mas a justiça solta
La policía detiene, pero la Justicia suelta
The police arrest criminals, but the courts set them free
title A polícia prende mas a justiça solta
spellingShingle A polícia prende mas a justiça solta
Batitucci, Eduardo Cerqueira
Violência
Criminalidade
Sistema judicial
Reincidência
Impunidade
Polícia e Justiça
Violence
Crime
Judiciary System
Recidivism
Impunity
Delincuencia
Criminalidad
Sistema judicial
Reincidencia
Impunidad
title_short A polícia prende mas a justiça solta
title_full A polícia prende mas a justiça solta
title_fullStr A polícia prende mas a justiça solta
title_full_unstemmed A polícia prende mas a justiça solta
title_sort A polícia prende mas a justiça solta
author Batitucci, Eduardo Cerqueira
author_facet Batitucci, Eduardo Cerqueira
Martins, Herbert Toledo
Versiani, Dayane Aparecida
author_role author
author2 Martins, Herbert Toledo
Versiani, Dayane Aparecida
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Batitucci, Eduardo Cerqueira
Martins, Herbert Toledo
Versiani, Dayane Aparecida
dc.subject.por.fl_str_mv Violência
Criminalidade
Sistema judicial
Reincidência
Impunidade
Polícia e Justiça
Violence
Crime
Judiciary System
Recidivism
Impunity
Delincuencia
Criminalidad
Sistema judicial
Reincidencia
Impunidad
topic Violência
Criminalidade
Sistema judicial
Reincidência
Impunidade
Polícia e Justiça
Violence
Crime
Judiciary System
Recidivism
Impunity
Delincuencia
Criminalidad
Sistema judicial
Reincidencia
Impunidad
description Diante do aumento das taxas de criminalidade, a sociedade brasileira apela para o poder repressivo do Estado e para a prisão como solução dos males causados pela escalada do crime e da violência. A sociedade quer paz e, ingenuamente, acredita que a polícia é a única instituição responsável por ela. Por sua vez, policiais se defendem alegando que fazem o trabalho que lhes é prescrito prendendo os criminosos, mas que, lamentavelmente, “a polícia prende, mas a justiça solta”. Promotores e juízes das varas criminais reclamam da saturação do sistema carcerário, da legislação e do trabalho da polícia. Assim, o jargão em tela sugere vários questionamentos. Trata-se de uma realidade ou de um mito para eximir o trabalho da polícia e colocar a “culpa” no sistema judiciário? Qual é o papel das Polícias Civil e Militar nesse contexto? Qual é a participação dos promotores e juízes? Como e por que tantos presos são postos em liberdade? Quem são esses presos? Como é possível combater a impunidade? O presente artigo pretende refletir sobre essas perguntas.
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011
2019-11-10T21:29:50Z
2019-11-10T21:29:50Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv MARTINS, Herbert Toledo; VERSIANI, Dayane Aparecida; BATITUCCI, Eduardo Cerqueira. A Polícia Prende mas a Justiça Solta. Revista Brasileira de Segurança Pública, v. 8, p. 106-121, 2011.
https://app.uff.br/riuff/handle/1/12091
N/A
identifier_str_mv MARTINS, Herbert Toledo; VERSIANI, Dayane Aparecida; BATITUCCI, Eduardo Cerqueira. A Polícia Prende mas a Justiça Solta. Revista Brasileira de Segurança Pública, v. 8, p. 106-121, 2011.
N/A
url https://app.uff.br/riuff/handle/1/12091
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Segurança Pública, v. 8, p. 106-121, 2011.
dc.rights.driver.fl_str_mv openAccess
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
CC-BY-SA
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv openAccess
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
CC-BY-SA
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Niterói
publisher.none.fl_str_mv Niterói
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv riuff@id.uff.br
_version_ 1807838912163348480