Análise do grau de dificuldade na locomoção dos idosos no Brasil utilizando o modelo de chances proporcionais parciais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Rosana Gayer
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14820
Resumo: A manutenção da saúde e da capacidade funcional na fase idosa é uma preocupação central no campo da saúde pública, tendo em vista os problemas gerados pela incapacidade funcional que afetam tanto o idoso quanto os seus familiares. A incapacidade funcional é definida pela dificuldade ou pela necessidade de ajuda na realização das tarefas básicas do cotidiano ou de tarefas mais complexas. Utilizando os dados de uma pesquisa com plano amostral complexo, denominada Pesquisa Nacional de Saúde 2013, este trabalho tem como objetivo analisar o grau de dificuldade na locomoção dos idosos no Brasil e estabelecer a sua associação com um conjunto de variáveis sociodemográficas e de saúde dos idosos de 60 anos ou mais de idade. Foi utilizado o modelo de regressão logística ordinal, também denominado modelo de chances proporcionais parciais, onde a variável resposta do modelo contém três categorias mutuamente exclusivas que representam diferentes graus de dificuldade na locomoção do idoso: “grave”, “no máximo moderado” e “nenhum”. Para o ajuste do modelo, foram considerados os pesos amostrais e as informações estruturais do plano amostral da pesquisa. Usando o teste de Wald, verificou-se que as seguintes variáveis apresentaram associação significativa com o grau de dificuldade na locomoção dos idosos, a um nível de significância de 5%: faixa-etária, situação conjugal, região de residência, nível de escolaridade, autoavaliação geral de saúde e diagnóstico de alguma doença crônica, física ou mental. Observou-se maior grau de dificuldade entre idosos mais velhos, não casados, sem instrução, residentes na região Sul e que reportaram pior estado de saúde. Além disso, observou-se que os idosos com diagnóstico de alguma doença crônica, física ou mental têm chance 64,5% maior de apresentar algum grau de dificuldade na locomoção (no máximo moderado ou grave), comparativamente aos idosos sem diagnóstico dessas doenças (OR=1,645; p-valor<0,001). Desse modo, é preciso garantir o atendimento das demandas específicas da população idosa e a realização de políticas públicas eficientes, a fim de contribuir para um envelhecimento populacional saudável, evitando assim uma saúde precária e a incapacidade funcional
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