Necropolítica e a produção de desigualdades na pandemia de Covid-19 no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Pablo José do Vabo
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33908
Resumo: A presente dissertação investiga como a necropolítica, conceito desenvolvido por Achille Mbembe, se manifestou durante a pandemia de Covid-19 no Brasil sob a gestão do governo Bolsonaro. A pandemia articulou o aumento das desigualdades preexistentes, afetando desproporcionalmente as populações mais vulneráveis, como negros, indígenas e populações periféricas. A partir do conceito de necropolítica em diálogo com os pressupostos biopolíticos e de biopoder desenvolvidos por Michel Foucault, analisaremos a gestão da pandemia durante o governo de Jair Bolsonaro (2018 – 2022). Com isso, busca-se entender como as ações empreendidas impactaram no avanço do coronavírus e os seus reflexos nos marcadores de desigualdades. Portanto, a pesquisa analisa o impacto das políticas governamentais durante a pandemia, destacando a negligência e omissões que agravaram a crise sanitária e econômica. A necropolítica no contexto brasileiro é explorada através das práticas de gestão da morte, onde decisões políticas e econômicas priorizaram lucros em detrimento da vida de milhares de cidadãos vulneráveis. Neste ponto, o conceito de Estado suicidário é utilizado para aprofundar a análise das políticas neoliberais que promoveram a precarização da vida e a ampliação das desigualdades. A pesquisa aborda como a condução da pandemia no Brasil exemplifica práticas necropolíticas através da disseminação de fake news, evidenciando um discurso projetado para a produção da morte de populações vulneráveis, assim como destaca a urgência de políticas públicas que sejam mais inclusivas e justas.
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