Efeitos do chocolate amargo no estresse oxidativo e inflamação de pacientes com doença renal crônica em hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Marcia Maria Ferreira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25327
Resumo: É notório nos pacientes com doença renal crônica (DRC), principalmente em hemodiálise (HD), a alta prevalência de mortalidade cardiovascular, sendo o estresse oxidativo e a inflamação os principais contribuintes. O chocolate amargo, rico em polifenóis que são descritos como antioxidante, anti-inflamatórios e cardioprotetores, pode ser uma estratégia eficaz para ajudar a mitigar a inflamação e retardar as complicações da DRC. Objetivo: Avaliar os efeitos do chocolate amargo no estresse oxidativo e inflamação de pacientes DRC em HD. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico longitudinal com 59 pacientes com DRC em programa regular de hemodiálise (3 sessões de diálise por semana). Durante dois meses, os pacientes alocados no grupo chocolate receberam 40g de chocolate amargo (70% cacau) durante as sessões de HD, totalizando 120g por semana, enquanto os pacientes alocados no grupo controle passaram pelo mesmo período sem receber nenhuma intervenção. Os níveis plasmáticos de TNF-α e IL-6 foram avaliados pelo método ELISA. Substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, como malondialdeído (MDA), e níveis de LDL0x foram analisadas para avaliar a peroxidação lipídica. Os parâmetros bioquímicos de rotina foram analisados usando kits comerciais BioClin®. Resultados: 35 pacientes completaram o grupo chocolate (18 homens, 53,4 ± 12,9 anos e 43,2 ± 30 meses em HD) e 11 pacientes (7 homens, 46,7 ± 10.9 anos e 55,2 ± 18,7 meses em HD) o grupo controle. No que diz respeito às diferenças entre os grupos, os pacientes que receberam chocolate amargo tiveram os níveis plasmáticos de TNF-α reduzidos comparados ao controle (p=0,008). Não foram observadas alterações significativas nos parâmetros de estresse oxidativo avaliados em ambos os grupos. Parâmetros bioquímicos de rotina (incluindo níveis de potássio e fósforo) e antropométricos, bem como a ingestão alimentar, não foram alterados durante o estudo. Conclusão: A intervenção com chocolate amargo por dois meses modulou os níveis plasmáticos de TNF-α (marcador de inflamação) em pacientes com DRC em HD. Além disso, é importante enfatizar que a intervenção utilizada neste estudo não aumentou os níveis plasmáticos de fósforo e potássio nesses pacientes.
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Métodos: Foi realizado um ensaio clínico longitudinal com 59 pacientes com DRC em programa regular de hemodiálise (3 sessões de diálise por semana). Durante dois meses, os pacientes alocados no grupo chocolate receberam 40g de chocolate amargo (70% cacau) durante as sessões de HD, totalizando 120g por semana, enquanto os pacientes alocados no grupo controle passaram pelo mesmo período sem receber nenhuma intervenção. Os níveis plasmáticos de TNF-α e IL-6 foram avaliados pelo método ELISA. Substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, como malondialdeído (MDA), e níveis de LDL0x foram analisadas para avaliar a peroxidação lipídica. Os parâmetros bioquímicos de rotina foram analisados usando kits comerciais BioClin®. Resultados: 35 pacientes completaram o grupo chocolate (18 homens, 53,4 ± 12,9 anos e 43,2 ± 30 meses em HD) e 11 pacientes (7 homens, 46,7 ± 10.9 anos e 55,2 ± 18,7 meses em HD) o grupo controle. No que diz respeito às diferenças entre os grupos, os pacientes que receberam chocolate amargo tiveram os níveis plasmáticos de TNF-α reduzidos comparados ao controle (p=0,008). Não foram observadas alterações significativas nos parâmetros de estresse oxidativo avaliados em ambos os grupos. Parâmetros bioquímicos de rotina (incluindo níveis de potássio e fósforo) e antropométricos, bem como a ingestão alimentar, não foram alterados durante o estudo. Conclusão: A intervenção com chocolate amargo por dois meses modulou os níveis plasmáticos de TNF-α (marcador de inflamação) em pacientes com DRC em HD. Além disso, é importante enfatizar que a intervenção utilizada neste estudo não aumentou os níveis plasmáticos de fósforo e potássio nesses pacientes.It is notorious in patients with chronic kidney disease (CKD), especially on hemodialysis (HD), the high prevalence of cardiovascular mortality, with oxidative stress and inflammation being the main contributors. Dark chocolate, rich in polyphenols that are described as antioxidant, anti-inflammatory, and cardioprotective, may be an effective strategy to help mitigate inflammation and delay the complications of CKD. Objective: To evaluate the effects of dark chocolate on oxidative stress and inflammation in CKD patients undergoing HD. Methods: A longitudinal clinical trial was carried out with 59 patients with CKD on a regular hemodialysis program (3 dialysis sessions per week). For two months, patients allocated to the chocolate group received 40g of dark chocolate (70% cocoa) during HD sessions, totaling 120g per week, while patients allocated to the control group underwent the same period without receiving any intervention. Plasma levels of TNF-α and IL-6 were evaluated by the ELISA method. Substances reactive to thiobarbituric acid, such as malondialdehyde (MDA), and LDLox levels were evaluated for lipid peroxidation. Routine biochemical parameters were analyzed using commercial BioClin® kits. Results: 35 patients completed the chocolate group (18 men, 53.4 ± 12.9 years and 43.2 ± 30 months on HD) and 11 patients the control group (7 men, 46.7 ± 10.9 years and 55.2 ± 18.7 months on HD). Regarding the differences between the groups, the patients who received dark chocolate had reduced plasma levels of TNF-α compared to the control (p=0.008). No significant changes were observed in the oxidative stress parameters evaluated in both groups. Routine biochemical (including phosphorus and potassium levels) and anthropometric parameters, as well as food intake, were not changed during the study. Conclusion: The intervention with dark chocolate for two months modulated the plasma levels of TNF-α (inflammation marker) in patients with CKD on HD. Furthermore, it is important to emphasize that the intervention used in this study did not increase the plasma levels of phosphorus and potassium in these patients.51 fMafra, DeniseCardozo, Ludmila Ferreira Medeiros de Françahttp://lattes.cnpq.br/2547887546741044http://lattes.cnpq.br/6021697300703837Ribeiro, Marcia Maria Ferreira2022-06-23T15:43:50Z2022-06-23T15:43:50Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfRIBEIRO, Marcia Maria Ferreira. Efeitos do chocolate amargo no estresse oxidativo e inflamação de pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. 2022. 51 f. Dissertação ( Mestrado em Ciências da Nutrição) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição, Faculdade de Nutrição. Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2022.http://app.uff.br/riuff/handle/1/25327CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-06-23T15:43:54Zoai:app.uff.br:1/25327Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202022-06-23T15:43:54Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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