A viagem na geração beat e a cultura estadunidense

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morettoni, Marina Marins
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16749
Resumo: Esta dissertação investiga a prática social da viagem na Geração Beat. Parte da premissa de que o movimento literário e geracional beat participa do amplo processo de transformação da comunidade imaginada estadunidense no decorrer do século XX: a formação da América Multicultural. Considera que o movimento desviante beat é conformado em meio às condições imediatas de existência, caracterizadas pelo controle moral e político-ideológico, a realidade da segregação socioespacial entre grandes centros e subúrbios estadunidenses e os excessos da cultura de consumo, que conformam afinidades eletivas entre a juventude estadunidense, expressas no desejo de rebelião (Capítulo 1). Explica que o movimento, inicialmente literário, alcançou dimensões nacionais a partir da interseção entre as condições contextuais, o conjunto de lastros históricos e formas culturais compartilhados e sua assimilação pela Indústria Cultural (Capítulo 2). Assume a produção literária beat como fonte e interlocutora de pesquisa, dedicando-se ao estudo de On the Road, o road novel de autoria de Jack Kerouac, considerados os principais representantes deste movimento; entende que o autor e sua obra só ganham sentido quando pensados na interseção entre os diferentes tempos históricos: 1) o tempo de produção e recepção da obra; 2) o tempo biográfico do artista; e 3) o tempo histórico dos Estados Unidos (Capítulo 3). Identifica a viagem como uma “tradição inventada” entre o final do século XIX e meados dos anos 1940, consolidada como parte da cultura dominante do American Way of Life, por meio da mediação cultural do See American First Movement e do Work Progress Administration (Capítulo 4). Conclui que a viagem beat é um amalgama entre o imaginário nacional e a maneira como a América é reimaginada e vivida pela juventude rebelde de meados do século XX
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