Perfil do padrão de sono do indivíduo em risco ou com insuficiência cardíaca no estudo digitalis

• Autor(a) principal: Nazario, Gabriella da Cunha
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26992
• topic: Insuficiência cardíaca; Enfermagem; Padrão de sono; Qualidade do sono; Sono; Heart failure; Nursing; Sleep pattern

Os distúrbios do padrão do sono são comuns em pacientes com insuficiência cardíaca em razão da dispneia e da fadiga causadas pela doença, e, por isso, devem ser mensurados. Diante do exposto, o objetivo principal dessa pesquisa foi analisar a associação do perfil sociodemográfico, clínico, hábitos de saúde, terapia medicamentosa com o padrão de sono dos indivíduos em risco ou com insuficiência cardíaca no Estudo Digitalis. Método: trata-se de um subprojeto do Estudo Digitalis (Fase 2), constituindo-se em um estudo observacional, transversal, descritivo, analítico e de abordagem quantitativa. O campo de estudo foi composto por 18 (dezoito) módulos de saúde do Programa Médico de Família (PMF) do município de Niterói/RJ. A coleta de dados deu-se no período de 28 de outubro de 2017 a 09 de setembro de 2018 aos sábados, segundo agendamento. Foi utilizado nesta coleta um questionário único, contendo a identificação do participante, denominada de “caracterização do perfil sociodemográfico”, dados clínicos autorreferidos, hábitos de saúde, dados sobre o padrão do sono e terapia medicamentosa. Os critérios de inclusão propostos foram: ter participado da primeira fase do Estudo Digitalis e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A amostra foi não probabilística, do tipo aleatória intencional com 271 indivíduos. Na análise inferencial de variáveis a significância da associação de variáveis foi investigada pelo teste Qui-quadrado de Pearson. Resultados: na amostra, houve predominância do sexo feminino com 173 mulheres, com padrão de sono alterado, e das quais, 81 (46,8%) estavam no Estágio B (com fatores de risco, com alterações cardíacas, sem sintomas), ou seja com risco para insuficiência cardíaca. A idade média da amostra foi de 45 a 59 anos, com maioria no Estágio A (apenas com fatores de risco), e a cor mais prevalente foi a parda. Além disso, havia 185 indivíduos hipertensos no Estágio B; 123 não fumantes e 79 referiram nunca ter bebido. A depressão foi associada ao sono, de modo significativo, e o sexo feminino foi o mais acometido pela doença e dificuldades com o sono. Conclusão: o padrão de sono interfere na qualidade de vida dos indivíduos, com o aumento do cansaço, diminui a atenção em atividades diversas e pode constituir um fator de risco para doenças cardiovasculares. O autocuidado e orientações do enfermeiro e profissionais de saúde podem trazer melhoria a qualidade de vida e, consequentemente, melhora na qualidade do padrão sono.