Cangaceiros e Cossacos: Literaturas brasileira e russa e as identidades nacionais improváveis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/30219 |
Resumo: | Nesta pesquisa proponho uma comparação temática entre as literaturas russa da primeira metade do século XIX e a brasileira da primeira metade do século XX, a saber, a recorrente aparição de narrativas e personagens salteadoras – cossacos na Rússia, cangaceiros no Brasil – nos períodos das tentativas de construção das identidades nacionais pelos Estados. Serão investigados os contextos sócio-históricos e literários com foco na relação entre os intelectuais e seus respectivos governos, evidenciando as aproximações e os distanciamentos espaço-temporais. Depois, serão analisadas, em suas descrições e concepções, obras pertinentes ao tema de autores como, de um lado, Aleksandr Púchkin (1799-1837), Nikolai Gógol (1809-1852) e Mikhail Lérmontov (1814- 1841), e do outro, Graciliano Ramos (1892-1953), Rachel de Queiroz (1910-2003) e Ariano Suassuna (1927-2014). A hipótese a ser defendida é que tais literaturas, ao evocarem personagens salteadoras – históricos obstáculos à expansão do Estado –, esboçaram, em sua própria feitura e a partir dos significados da época que abarcavam, uma contraproposta improvável à criação da identidade nacional oficial com estes que seriam os tipos que resguardariam em si, em seus costumes e mentalidades, os traços autênticos das raízes nacionais – os cangaceiros e os cossacos. |
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Cangaceiros e Cossacos: Literaturas brasileira e russa e as identidades nacionais improváveisLiteratura russaLiteratura brasileiraCangaceirosCossacosIdentidade nacionalRussian LiteratureBrazilian literatureCangaceirosCossacksNational identityNesta pesquisa proponho uma comparação temática entre as literaturas russa da primeira metade do século XIX e a brasileira da primeira metade do século XX, a saber, a recorrente aparição de narrativas e personagens salteadoras – cossacos na Rússia, cangaceiros no Brasil – nos períodos das tentativas de construção das identidades nacionais pelos Estados. Serão investigados os contextos sócio-históricos e literários com foco na relação entre os intelectuais e seus respectivos governos, evidenciando as aproximações e os distanciamentos espaço-temporais. Depois, serão analisadas, em suas descrições e concepções, obras pertinentes ao tema de autores como, de um lado, Aleksandr Púchkin (1799-1837), Nikolai Gógol (1809-1852) e Mikhail Lérmontov (1814- 1841), e do outro, Graciliano Ramos (1892-1953), Rachel de Queiroz (1910-2003) e Ariano Suassuna (1927-2014). A hipótese a ser defendida é que tais literaturas, ao evocarem personagens salteadoras – históricos obstáculos à expansão do Estado –, esboçaram, em sua própria feitura e a partir dos significados da época que abarcavam, uma contraproposta improvável à criação da identidade nacional oficial com estes que seriam os tipos que resguardariam em si, em seus costumes e mentalidades, os traços autênticos das raízes nacionais – os cangaceiros e os cossacos.In this research, I propose a thematic comparison between the Russian literature of the first half of the 19th century and the Brazilian literature of the first half of the 20th century, which is the recurrent appearance of narratives and robber characters – Cossacks in Russia, Cangaceiros in Brazil – in the periods of the attempts of construction of national identities by States. The socio- historical and literary contexts will be investigated, focusing on the relationship between intellectuals and their respective governments, highlighting the space and time approximations and distances. Then, in their descriptions and conceptions, will be analysed works relevant to the theme of authors such as, on the one hand, Alexander Pushkin (1799-1837) and Nikolai Gogol (1809- 1852), and Mikhail Lermontov (1814-1841), and on the other, Graciliano Ramos (1892-1953) and Rachel de Queiroz (1910-2003) and Ariano Suassuna (1927-2014). The hypothesis to be defended is that such literatures, by evoking robber characters – historical obstacles to the expansion of the State –, outlined, in their own making and from the meanings of the time they encompassed, an unlikely counterproposal to the creation of official national identity with those who would be the types that kept in themselves, in their customs and mentalities, the authentic traits of the national roots – the Cangaceiros and the Cossacks.173 p.Américo, Ekaterina VólkovaHuguenin, Ana CarolinaDias, AndréBrito, João Paulo de Oliveira2023-09-04T13:33:46Z2023-09-04T13:33:46Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfBRITO, João Paulo de Oliveira. Cangaceiros e Cossacos: Literaturas brasileira e russa e as identidades nacionais improváveis. 2023. 173 f. Dissertação (Mestrado em Estudos de Literatura) - Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura, Instituto de Letras, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2023.http://app.uff.br/riuff/handle/1/30219CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-09-04T13:33:50Zoai:app.uff.br:1/30219Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:04:31.880934Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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