Estresse e transtornos mentais comuns entre profissionais de ensino de colégio universitário

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monnerat, Mayara Souza
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27192
Resumo: Introdução: o estresse tem sido indicado como a principal causa que leva o trabalhador a desenvolver transtornos mentais. Os transtornos mentais comuns (TMC) podem ocasionar consequências sociais, redução na produtividade laboral e adoecimento psíquico. Este estudo objetivou descrever o grau de estresse entre trabalhadores de colégio universitário; descrever a prevalência de SB e TMC entre o grupo; e analisar possível associação entre estresse e TMC. Método: estudo epidemiológico descritivo seccional. O estudo seguiu a resolução 466/2012, e contou com a aprovação do comitê de ética da Faculdade de Medicina da UFF, com número do parecer 2.224.524. A população foi composta de 106 trabalhadores do Colégio Universitário Geraldo Reis – Coluni. A coleta ocorreu no período de 2018, com a aplicação de questionário estruturado com dados clínicos, contendo a Job Stress Scale (JSS), Maslach Burnout Inventory (MBI), e a versão reduzida do Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). Resultados: entre os trabalhadores, 65 profissionais (61,3%) relataram ser um pouco estressados. Na análise do modelo demanda-controle, 53 (50%) dos trabalhadores se alocou no quadrante trabalho ativo, 41 (38,7%) no trabalho passivo, enquanto que o quadrante de baixa exigência apresentou 12 (11,3%), nenhum trabalhador apresentou alta exigência. A suspeição de TMC entre os trabalhadores foi de 22,6%. Do total, 31 (29,2%) apresentaram síndrome de burnout (SB), segundo Ramirez e cols., 104 (98,1%) SB, segundo Grunfeld e cols. e 29 (27,4%) SB, segundo Golembiewski e cols. Na análise multivariada mantiveram-se associados ao desfecho o sexo feminino (RP=10,03, IC95%=1,21-82,686), pensar em abandonar o trabalho (RP=1,49, IC95%=1,001-2,238), SB (RP=3,776, IC95%=1,024-13,926), e a idade maior se comportou como fator de proteção (RP=0,25, IC95%=0,078-0,794). Conclusão: não ocorreu associação entre a exposição e o desfecho neste estudo. Os resultados auxiliam na discussão sobre qualidade de vida, despertando o senso crítico sobre sinais e sintomas de estresse, e a conscientização sobre saúde mental, contribuindo assim para a área de epidemiologia, e qualidade de vida do trabalhador, e abre espaço para mais estudos na área da enfermagem.
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A coleta ocorreu no período de 2018, com a aplicação de questionário estruturado com dados clínicos, contendo a Job Stress Scale (JSS), Maslach Burnout Inventory (MBI), e a versão reduzida do Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). Resultados: entre os trabalhadores, 65 profissionais (61,3%) relataram ser um pouco estressados. Na análise do modelo demanda-controle, 53 (50%) dos trabalhadores se alocou no quadrante trabalho ativo, 41 (38,7%) no trabalho passivo, enquanto que o quadrante de baixa exigência apresentou 12 (11,3%), nenhum trabalhador apresentou alta exigência. A suspeição de TMC entre os trabalhadores foi de 22,6%. Do total, 31 (29,2%) apresentaram síndrome de burnout (SB), segundo Ramirez e cols., 104 (98,1%) SB, segundo Grunfeld e cols. e 29 (27,4%) SB, segundo Golembiewski e cols. Na análise multivariada mantiveram-se associados ao desfecho o sexo feminino (RP=10,03, IC95%=1,21-82,686), pensar em abandonar o trabalho (RP=1,49, IC95%=1,001-2,238), SB (RP=3,776, IC95%=1,024-13,926), e a idade maior se comportou como fator de proteção (RP=0,25, IC95%=0,078-0,794). Conclusão: não ocorreu associação entre a exposição e o desfecho neste estudo. Os resultados auxiliam na discussão sobre qualidade de vida, despertando o senso crítico sobre sinais e sintomas de estresse, e a conscientização sobre saúde mental, contribuindo assim para a área de epidemiologia, e qualidade de vida do trabalhador, e abre espaço para mais estudos na área da enfermagem.Introduction: stress has been indicated as the main cause for the development of mental disorder in employees. Common mental disorders (CMD) can cause social consequences, reduction of labor productivity and psychical illness. This paper aims the description of stress degrees among employees from university schools; the description of BS and CMD prevalence in the group; and the analysis of the possible association between stress and CMD. Method: sectional descriptive epidemiologic study. This paper followed the 466/2012 resolution and was approved by the ethics committee from UFF’s Medicine course, according to the technical advice 2.224.524. The population was composed by 106 employees of Colégio Universitário Geraldo Reis – Coluni. The collection occurred on the period of 2018, with the application of a questionnaire, which was structured based on clinic data, containing Job Stress Scale (JSS), Maslach Burnout Inventory (MBI) and the reduced version of Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). Results: among the employees, 65 professionals (61,3%) reported being a little stressed. In the demand-control model analysis, 53 (50%) from the employees were allocated in the active work quadrant, 41 (38,7%) passive work, while the low requirement quadrant presented 12 (11,3%) and none employee displayed high requirement. The CMD suspicion among workers represented 22,6%. In totality, 31 (29,2%) presented burnout syndrome (BS) according to Ramirez, 104 (98,1%) according to Grunfeld and 29 (27,4%) according to Golembiewski. In the multivariate analysis it remained associated to the denouement the female sex (RP=10,03, IC95%=1,21-82,686), considering quitting work (RP=1,49, IC95%=1,001-2,238), BS (RP=3,776, IC95%=1,024-13,926) and aging behaved as a factor of protection (RP=0,25, IC95%=0,078-0,794). Conclusion: It did not occurred association between the exposition and the denouement in this research. The results supported the discussion regarding quality of life, which raised critical sense about signs and symptoms of stress and increased consciousness about mental health, this way, contributed to the area of epidemiology and to the quality of employees’ life, which amplifies space for more studies in the nursing field.77 p.Silva, Jorge Luiz Lima dahttp://lattes.cnpq.br/8243099229156246Messias, Cláudia Mariahttp://lattes.cnpq.br/7023881504448600Andrade, Marildahttp://lattes.cnpq.br/2141897255763404Muniz, Marcela Pimentahttp://lattes.cnpq.br/5519189341020316http://lattes.cnpq.br/4362747421366838Monnerat, Mayara Souza2022-12-07T14:31:31Z2022-12-07T14:31:31Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfMonnerat, Mayara Souza. Estresse e transtornos mentais comuns entre profissionais de ensino de colégio universitário. 2019. 77 f. 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