Efeito de selantes de sulcos e fissuras na prevenção da desmineralização do esmalte dentário após exposição ao biofilme de Streptococcus mutans: estudo in vitro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/22432 |
Resumo: | Esta pesquisa laboratorial investigou a desmineralização do esmalte adjacente a materiais usados como selantes de sulcos e fissuras sendo um cimento de ionômero de vidro modificado por resina, um selante resinoso com liberação de fluoreto e uma resina de baixa viscosidade. Para tal foram realizados preparos cavitários padronizados em 45 blocos de dentes bovinos (4 x 4 x 4 mm) lixados e polidos previamente. Estes foram aleatoriamente distribuídos em 3 grupos (n = 15): RI - Riva Light Cure®/ SDI; EM - Embrace™ WetBond™ Pulpdent corp.® e CO - Resina Natural Flow / DFL, como controle negativo. Os materiais foram inseridos em preparos cavitários padronizados e selados seguindo as orientações dos fabricantes. Os blocos selados foram novamente lixados com lixas 3000 e polidos com Alumina 1 μm em feltro para acabamento da margem dente / selante e foram submetidos a termociclagem (500 ciclos / 30 seg). Após verificar que não tinha excesso do material selador na margem do preparo (Microscópio Óptico 10X), a metade dos blocos, incluindo esmalte e selante, foram cobertos com verniz ácido resistente para criar uma área controle (RI, EM e CO) e uma experimental (RI - EX, EM - EX e CO - EX). Posteriormente, foram expostos ao biofilme formado por Streptococcus mutans e seguiram para avaliação da desmineralização pelo teste de microdureza Knoop (50 g / 15 seg) nas duas superfícies, controle e experimental, considerando as distâncias de 25, 50, 100, 150 e 200 μm frente a interface esmalte / selante. Em outro ensaio, os selantes sob a forma de cilindros (4 mm de diâmetro x 3 mm de espessura) foram testados acerca da sua capacidade inibitória frente a atividade metabólica do biofilme cariogênico de Streptococcus mutans por 48 h, através do teste colorimétrico de redução enzimática do Tetrazolio Tiazolil Azul (MTT). Após a exposição ao biofilme ocorreu desmineralização em todos os grupos quando comparado ao seu controle. O grupo RI - EX apresentou valores maiores de microdureza quando comparado a CO - EX (p < 0,05), mas não diferiu do EM - EX. A maior desmineralização ocorreu no grupo CO - EX, com diferença estatística em todas as distâncias, quando comparado ao seu controle (CO). RI - EX apresentou desmineralização menor quando comparado ao seu controle em todas as distâncias e o EM - EX em relação ao seu controle nas distâncias de 50 - 200 μm. A atividade microbiana foi menor no EM comparada ao CO, porém sem diferença estatística com relação ao RI. Conclui - se que ambos materiais testados possuem potencial para inibir a desmineralização no esmalte na interface dente/material quando submetido a biofilme de S. mutans. |
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Esta pesquisa laboratorial investigou a desmineralização do esmalte adjacente a materiais usados como selantes de sulcos e fissuras sendo um cimento de ionômero de vidro modificado por resina, um selante resinoso com liberação de fluoreto e uma resina de baixa viscosidade. Para tal foram realizados preparos cavitários padronizados em 45 blocos de dentes bovinos (4 x 4 x 4 mm) lixados e polidos previamente. Estes foram aleatoriamente distribuídos em 3 grupos (n = 15): RI - Riva Light Cure®/ SDI; EM - Embrace™ WetBond™ Pulpdent corp.® e CO - Resina Natural Flow / DFL, como controle negativo. Os materiais foram inseridos em preparos cavitários padronizados e selados seguindo as orientações dos fabricantes. Os blocos selados foram novamente lixados com lixas 3000 e polidos com Alumina 1 μm em feltro para acabamento da margem dente / selante e foram submetidos a termociclagem (500 ciclos / 30 seg). Após verificar que não tinha excesso do material selador na margem do preparo (Microscópio Óptico 10X), a metade dos blocos, incluindo esmalte e selante, foram cobertos com verniz ácido resistente para criar uma área controle (RI, EM e CO) e uma experimental (RI - EX, EM - EX e CO - EX). Posteriormente, foram expostos ao biofilme formado por Streptococcus mutans e seguiram para avaliação da desmineralização pelo teste de microdureza Knoop (50 g / 15 seg) nas duas superfícies, controle e experimental, considerando as distâncias de 25, 50, 100, 150 e 200 μm frente a interface esmalte / selante. Em outro ensaio, os selantes sob a forma de cilindros (4 mm de diâmetro x 3 mm de espessura) foram testados acerca da sua capacidade inibitória frente a atividade metabólica do biofilme cariogênico de Streptococcus mutans por 48 h, através do teste colorimétrico de redução enzimática do Tetrazolio Tiazolil Azul (MTT). Após a exposição ao biofilme ocorreu desmineralização em todos os grupos quando comparado ao seu controle. O grupo RI - EX apresentou valores maiores de microdureza quando comparado a CO - EX (p < 0,05), mas não diferiu do EM - EX. A maior desmineralização ocorreu no grupo CO - EX, com diferença estatística em todas as distâncias, quando comparado ao seu controle (CO). RI - EX apresentou desmineralização menor quando comparado ao seu controle em todas as distâncias e o EM - EX em relação ao seu controle nas distâncias de 50 - 200 μm. A atividade microbiana foi menor no EM comparada ao CO, porém sem diferença estatística com relação ao RI. Conclui - se que ambos materiais testados possuem potencial para inibir a desmineralização no esmalte na interface dente/material quando submetido a biofilme de S. mutans. |
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