Correlação entre sintomas clínicos de desordens temporomandibulares e os achados da ressonância magnética

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bedran, Luciane Marie
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7842
Resumo: As desordens temporomandibulares (DTMs) são a principal causa de dor maxilofacial e envolvem alterações nos músculos da mastigação e desarranjo interno da articulação temporomandibular (ATM). O desarranjo interno é uma relação anormal entre o disco articular, côndilo, fossa glenóide e eminência articular. Objetivos: Estimar a prevalência dos sintomas que levaram a realização dos exames, e das DTMs contidas nos laudos dos exames de ressonância magnética (RM) das ATMs; investigar a associação dos sintomas com as DTMs e a associação entre as principais DTMs. Pacientes e Métodos: Foram avaliadas 2076 ATMs de 1038 pacientes sintomáticos, 891 do sexo feminino e 147 do sexo masculino que realizaram a RM na ProEcho e no Complexo Hospitalar de Niterói. Resultados: Os sintomas mais frequentes foram: dor miofascial, dor na ATM, dor ao mastigar, cefaleia, otalgia, estalo e limitação de abertura bucal. A dor miofascial e a cefaleia foram significantemente mais frequentes nas mulheres de maior faixa etária. Apresentaram normalidade 817 ATMs e 1259 apresentaram alguma alteração. As DTMs mais prevalentes foram: deslocamento do disco sem redução, degeneração do côndilo, deslocamento do disco com redução, diminuição da translação condilar, deformidade do disco, deslocamento posterior do disco, aumento da translação condilar, degeneração da fossa glenóide, efusão e alteração na forma da eminência. As mulheres apresentaram risco aumentado para deslocamento de disco com redução. As associações significantes entre os sintomas e as DTMs foram: diminuição da translação condilar com a dor miofascial; deslocamento do disco com redução com a dor ao mastigar, cefaleia e otalgia; deslocamento posterior do disco com a dor na ATM, dor ao mastigar, estalo e limitação de abertura bucal; deformidade do disco com a dor ao mastigar e com a otalgia. As associações significantes entre as principais DTMs foram: deslocamento do disco sem redução com a deformidade do disco, degeneração do côndilo e da fossa glenóide e efusão; deslocamento do disco com redução com a deformidade do disco e com a alteração na forma da eminência articular; deslocamento posterior do disco com a deformidade do disco; deformidade do disco com a degeneração do côndilo e da fossa glenóide e efusão; degeneração do côndilo com a degeneração na fossa glenóide, alteração na forma da eminência e efusão; degeneração da fossa glenóide com a efusão. Conclusão: O deslocamento do disco sem redução foi associado com as mudanças ósseas degenerativas e com a efusão, e a alta probabilidade de discos deformados. Mudanças na forma da eminência indicaram ser um fator etiológico para a progressão do desarranjo interno da ATM. Um paciente com degeneração do côndilo tem chance aumentada de apresentar deformidade do disco, degeneração da fossa glenóide, alteração na forma da eminência e efusão. Os sintomas por apresentarem associações inexpressivas com as DTMs, não são preditores de nenhuma desordem, ressaltando, a importância de se fazer o exame complementar de RM, para a busca de um diagnóstico mais preciso e por um tratamento adequado que restabeleçam a saúde e a qualidade de vida do paciente
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Objetivos: Estimar a prevalência dos sintomas que levaram a realização dos exames, e das DTMs contidas nos laudos dos exames de ressonância magnética (RM) das ATMs; investigar a associação dos sintomas com as DTMs e a associação entre as principais DTMs. Pacientes e Métodos: Foram avaliadas 2076 ATMs de 1038 pacientes sintomáticos, 891 do sexo feminino e 147 do sexo masculino que realizaram a RM na ProEcho e no Complexo Hospitalar de Niterói. Resultados: Os sintomas mais frequentes foram: dor miofascial, dor na ATM, dor ao mastigar, cefaleia, otalgia, estalo e limitação de abertura bucal. A dor miofascial e a cefaleia foram significantemente mais frequentes nas mulheres de maior faixa etária. Apresentaram normalidade 817 ATMs e 1259 apresentaram alguma alteração. As DTMs mais prevalentes foram: deslocamento do disco sem redução, degeneração do côndilo, deslocamento do disco com redução, diminuição da translação condilar, deformidade do disco, deslocamento posterior do disco, aumento da translação condilar, degeneração da fossa glenóide, efusão e alteração na forma da eminência. As mulheres apresentaram risco aumentado para deslocamento de disco com redução. As associações significantes entre os sintomas e as DTMs foram: diminuição da translação condilar com a dor miofascial; deslocamento do disco com redução com a dor ao mastigar, cefaleia e otalgia; deslocamento posterior do disco com a dor na ATM, dor ao mastigar, estalo e limitação de abertura bucal; deformidade do disco com a dor ao mastigar e com a otalgia. As associações significantes entre as principais DTMs foram: deslocamento do disco sem redução com a deformidade do disco, degeneração do côndilo e da fossa glenóide e efusão; deslocamento do disco com redução com a deformidade do disco e com a alteração na forma da eminência articular; deslocamento posterior do disco com a deformidade do disco; deformidade do disco com a degeneração do côndilo e da fossa glenóide e efusão; degeneração do côndilo com a degeneração na fossa glenóide, alteração na forma da eminência e efusão; degeneração da fossa glenóide com a efusão. Conclusão: O deslocamento do disco sem redução foi associado com as mudanças ósseas degenerativas e com a efusão, e a alta probabilidade de discos deformados. Mudanças na forma da eminência indicaram ser um fator etiológico para a progressão do desarranjo interno da ATM. Um paciente com degeneração do côndilo tem chance aumentada de apresentar deformidade do disco, degeneração da fossa glenóide, alteração na forma da eminência e efusão. Os sintomas por apresentarem associações inexpressivas com as DTMs, não são preditores de nenhuma desordem, ressaltando, a importância de se fazer o exame complementar de RM, para a busca de um diagnóstico mais preciso e por um tratamento adequado que restabeleçam a saúde e a qualidade de vida do pacienteTemporomandibular disorders (TMDs) are the leading cause of maxillofacial pain, and involve changes in the masticatory muscles and internal derangement of the temporomandibular joint (TMJ). Internal derangement is an abnormal relationship between the articular disc, condyle, glenoid fossa, and articular eminence. Objectives: To estimate the prevalence of the symptoms that led to the examinations, and the TMDs contained in the reports of magnetic resonance imaging (MRI) of the TMJ; to investigate the association of symptoms with TMDs and the association between the main TMDs. Patients and Methods: The 2076 ATMs of 1038 symptomatic patients were evaluated, 891 females and 147 males who underwent MRI in ProEcho and in the Niterói Hospital Complex. Results: The most frequent symptoms in magnetic resonance (MRI) requisitions were myofascial pain, TMJ pain, pain on chewing, headache, otalgia, clicking and limiting mouth opening. Myofascial pain and headache were significantly more frequent in older women. They showed normal 817 ATMs and 1259 showed some abnormality. The most prevalent TMD were: disc displacement without reduction, condyle degeneration, disc displacement with reduction, decrease of condylar translation, disc deformity, posterior disc displacement, increased condylar translation, degeneration of the glenoid fossa, effusion and change in eminence form. Significant associations between symptoms and TMD were: decreased condylar translation with myofascial pain; displacement of the disc with reduction with pain when chewing, headache and otalgia; posterior disc displacement with TMJ pain, pain on chewing, popping and limiting of buccal opening; deformity of the disc with pain when chewing and with otalgia. Significant associations between the main TMDs were: disc displacement without reduction with disc deformity, degeneration of the condyle and glenoid fossa and effusion; displacement of the disc with reduction with the disc deformity and with the change in the shape of the joint eminence; posterior displacement of the disc with the disc deformity; disc deformity with degeneration of the condyle and glenoid fossa and effusion; degeneration of the condyle with degeneration in the glenoid fossa, alteration in the form of eminence and effusion; degeneration of the glenoid fossa with effusion. Conclusion: Disc displacement without reduction was associated with degenerative bone changes and effusion, and the high probability of deformed discs. Changes in the eminence form indicated to be an etiological factor for the progression of the internal disarrangement of the TMJ. A patient with degeneration of the condyle has an increased chance of presenting disk deformity, degeneration of the glenoid fossa, alteration in eminence form and effusion. The symptoms have no predictive power for any disorder, emphasizing the importance of completing the MRI exam, in order to find a more accurate diagnosis and an appropriate treatment to restore the health and quality of life of the patientSantos, Alair Augusto Sarmet Moreira Damas dosCruz Filho, Rubens Antunes daTonomura, Elise TchieGrisolia, Alexandra Maria MonteiroViolante, Alice Helena DutraCassiano, Keila MaraBedran, Luciane Marie2018-10-29T15:09:33Z2018-10-29T15:09:33Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/7842Aluno de Doutoradohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-06-05T19:23:21Zoai:app.uff.br:1/7842Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202023-06-05T19:23:21Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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