Polirradiculopatia desmielizante inflamatória crônica (CIDP): avaliação da função cognitiva e qualidade de vida

• Autor(a) principal: Westin, Larissa Kozow
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26594; http://dx.doi.org./10.2209/PPGMN.2020.m.00970564139
• topic: Polineuropatia Desmielinizante Inflamatória Crônica; Comprometimento cognitivo; Qualidade de vida; Fadiga; Doença crônica; Polineuropatia; Comprometimento cognitivo leve; Qualidade de vida; Fadiga mental; Doença crônica; Chronic Inflammatory Demyelinating Polyneuropathy; Cognitive impairment; Quality of life; Fatigue; Chronic illness

Introdução: Polirradiculoneuropatia Desmielinizante Inflamatória Crônica (CIDP) é uma doença neurodegenerativa adquirida. Enfermidade inflamatória desmielinizante multifocal que acomete os nervos espinhais e suas raízes, os plexos e os troncos nervosos dos nervos periféricos. Alguns estudos foram feitos em busca de avaliar a qualidade de vida dos pacientes acometidos. Porém, muito pouco ainda se conhece sobre a função cognitiva destes indivíduos. Objetivos: avaliar a qualidade de vida, elucidar se há comprometimento cognitivo e analisar a correlação entre ambos os pressupostos nos portadores de CIDP. Metodologia: 7 pacientes com CIDP e 7 pacientes sem a doença. Estes últimos fazem parte do grupo controle e foram avaliados e inseridos no protocolo de pesquisa. A seguir foram aplicados 6 testes, entre eles: Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Montreal Cognitive Assessment (MoCA); Teste de Substituição de Símbolos associado à Cópia de Símbolos (DSST); Escala de Severidade de Fadiga (FSS); Inventário Depressivo de Beck-I (BDI-I) e The Medical Outcomes Study 36-item Short- Form Health Survey (SF-36). Resultados: a média de idade, 50 anos; e a maior prevalência do gênero masculino, a qual encontrou semelhança com diversos estudos previamente realizados. Na avaliação do MEEM, não houve resultados abaixo do esperado de acordo com o escore pré-determinado para o nível de escolaridade. O grupo controle obteve resultado abaixo do esperado para o domínio Memória na MoCA. No DSST, apesar de estatisticamente não ter relevância, analisando o resultado médio obtido no teste, observamos uma tendência dos pacientes a serem mais lentos na realização, quando comparados com o grupo controle. Não foi observada correlação entre os níveis de fadiga e os níveis de qualidade de vida na maioria dos domínios do SF-36. Houve uma correlação forte negativa entre os níveis de fadiga e o domínio vitalidade. Não houve correlação significante entre os níveis de depressão e a qualidade de vida dos pacientes, assim como não houve correlação de depressão com os resultados obtidos nos testes cognitivos. Foram observados níveis superiores de depressão no grupo de pacientescomparados aos controles sem a doença, média 15.28 vs. 3.42, p<0.001. Dos pacientes deste estudo, 14.3% (1) não apresentaram depressão, 57.1% (4) apresentaram depressão leve e 28.6% (2) apresentaram depressão moderada. Dos pacientes com CIDP: 57% possuem fadiga severa, 28.8% auto-referiram dor e 57.1% queixaram-se de cãimbras. Conclusão: Há uma tendência de lentificação na velocidade de processamento dos pacientes com CIDP. Como toda doença crônica, a CIDP afeta de diferentes formas o nível de qualidade de vida de seus portadores. É interessante a realização de estudos multicêntricos, com maior número de indivíduos acometidos, para melhor avaliação do comprometimento cognitivo nesta doença