Avaliação clínica e funcional de crianças e adolescentes asmáticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alleluia, Luanda de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8038
Resumo: Introdução: A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, caracterizada por episódios recorrentes de tosse, sibilância, dispneia e opressão torácica, principalmente à noite ou no início da manhã, com reversão espontânea ou com tratamento. A inflamação crônica está associada à obstrução das vias aéreas decorrente da hiperresponsividade das mesmas, após a exposição a fatores desencadeantes. Seu diagnóstico baseia-se em dados clínicos e funcionais, utilizando-se a espirometria geralmente em crianças a partir de 6 anos, quando conseguem colaborar com o exame. A diretriz internacional GINA (Global Initiative for Asthma), elaborada e semestralmente atualizada por especialistas do mundo todo, representa importante ferramenta para definição, classificação da gravidade e orientação terapêutica da asma, além do prognóstico e discussão de medidas preventivas. Quanto ao tratamento, estabelece ETAPAS, envolvendo 5 categorias, de acordo com a necessidade de cada paciente para obtenção do controle da doença. Atualmente aceita-se que a gravidade clínica da asma pode ser estabelecida pela etapa de tratamento atingida para se obter seu controle. Asma Leve aquela que, para ser bem controlada, necessita de baixa intensidade de tratamento (Etapas 1 e 2) , asma Moderada aquela que necessita de intensidade intermediária de tratamento (Etapa 3) e asma Grave a que necessita de alta intensidade de tratamento (Etapas 4 e 5) Objetivos: Descrever os resultados das espirometrias e a classificação clínica de asma das crianças e adolescentes com asma, comparando estes achados de forma exploratória. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional e descritivo com pacientes com asma (classificados por meio das ETAPAS de tratamento do GINA submetidos à espirometria, acompanhados no Serviço de Pneumologia Pediátrica do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no período de 01 de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2015. Os distúrbios ventilatórios foram classificados em: restritivo leve, moderado ou grave e obstrutivo leve, moderado ou grave, segundo a American Thoracic Society (ATS) e European Respiratory Society (ERS) Resultados: a média de idade foi de 10 anos; 205/310 (66,1%) exames eram de pacientes do sexo masculino; 113/310 (36,5%) 178/310 (57,4%) com distúrbio ventilatório obstrutivo leve, 10/310 (3,2%) com distúrbio ventilatório obstrutivo moderado e 9/310 (2,9%) com distúrbio ventilatório obstrutivo grave e 113/310 (36,5%) exames apresentaram-se dentro dos parâmetros da normalidade. A resposta broncodilatadora foi avaliada em 284/310 exames (91,6%), obtendo-se resultado positivo em 32,7% (93/284) e negativo em 67,3% (191/284). Ao se analisar a etapa de tratamento, 94/310 (30,3%) dos pacientes encontravam-se na ETAPA 1; 86/310 (27,7%) na ETAPA 2; 101/310 (32,6%) na ETAPA 3; 29/310 (9,4%) na ETAPA 4 e nenhum paciente na ETAPA 5. Mais da metade dos pacientes encontrava-se nas etapas 1 e 2, sendo considerados como casos de asma leve. Após análise exploratória da correlação clínico-funcional, por meio do teste do chi-quadrado, encontrou-se associação significativa entre os resultados: espirometrias normais com pacientes nas ETAPAS 1 e 2 (p<0,05) e espirometrias com distúrbios ventilatórios moderado e grave com pacientes nas ETAPAS 3 e 4 (p<0,05). Conclusão: a classificação clínica de asma através das ETAPAS de tratamento do GINA, associou-se diretamente aos resultados obtidos pela espirometria em crianças asmáticas
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Quanto ao tratamento, estabelece ETAPAS, envolvendo 5 categorias, de acordo com a necessidade de cada paciente para obtenção do controle da doença. Atualmente aceita-se que a gravidade clínica da asma pode ser estabelecida pela etapa de tratamento atingida para se obter seu controle. Asma Leve aquela que, para ser bem controlada, necessita de baixa intensidade de tratamento (Etapas 1 e 2) , asma Moderada aquela que necessita de intensidade intermediária de tratamento (Etapa 3) e asma Grave a que necessita de alta intensidade de tratamento (Etapas 4 e 5) Objetivos: Descrever os resultados das espirometrias e a classificação clínica de asma das crianças e adolescentes com asma, comparando estes achados de forma exploratória. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional e descritivo com pacientes com asma (classificados por meio das ETAPAS de tratamento do GINA submetidos à espirometria, acompanhados no Serviço de Pneumologia Pediátrica do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no período de 01 de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2015. Os distúrbios ventilatórios foram classificados em: restritivo leve, moderado ou grave e obstrutivo leve, moderado ou grave, segundo a American Thoracic Society (ATS) e European Respiratory Society (ERS) Resultados: a média de idade foi de 10 anos; 205/310 (66,1%) exames eram de pacientes do sexo masculino; 113/310 (36,5%) 178/310 (57,4%) com distúrbio ventilatório obstrutivo leve, 10/310 (3,2%) com distúrbio ventilatório obstrutivo moderado e 9/310 (2,9%) com distúrbio ventilatório obstrutivo grave e 113/310 (36,5%) exames apresentaram-se dentro dos parâmetros da normalidade. A resposta broncodilatadora foi avaliada em 284/310 exames (91,6%), obtendo-se resultado positivo em 32,7% (93/284) e negativo em 67,3% (191/284). Ao se analisar a etapa de tratamento, 94/310 (30,3%) dos pacientes encontravam-se na ETAPA 1; 86/310 (27,7%) na ETAPA 2; 101/310 (32,6%) na ETAPA 3; 29/310 (9,4%) na ETAPA 4 e nenhum paciente na ETAPA 5. Mais da metade dos pacientes encontrava-se nas etapas 1 e 2, sendo considerados como casos de asma leve. Após análise exploratória da correlação clínico-funcional, por meio do teste do chi-quadrado, encontrou-se associação significativa entre os resultados: espirometrias normais com pacientes nas ETAPAS 1 e 2 (p<0,05) e espirometrias com distúrbios ventilatórios moderado e grave com pacientes nas ETAPAS 3 e 4 (p<0,05). Conclusão: a classificação clínica de asma através das ETAPAS de tratamento do GINA, associou-se diretamente aos resultados obtidos pela espirometria em crianças asmáticasIntroduction: Asthma is a chronic inflammatory disease of the airways, characterized by recurrent episodes of coughing, wheezing, dyspnoea and chest tightness, especially at night or early in the morning with spontaneous reversal or with treatment. Chronic inflammation is associated with airway obstruction due to hyperresponsiveness after exposure to triggering factors. Its diagnosis is based on clinical and functional data, using spirometry usually in children from 6 years of age, when they can collaborate with the examination. The international guideline GINA (Global Initiative for Asthma), elaborated and updated twice a year by experts from all over the world, represents an important tool for definition, classification of the severity and therapeutic orientation of asthma, as well as the prognosis and discussion of preventive measures. Regarding the treatment, establishes STEPS, involving 5 categories, according to the need of each patient to obtain control of the disease. It is now accepted that the clinical severity of asthma can be established by the treatment step reached to obtain its control. Asthma Take the one that, to be well controlled, needs low intensity of treatment (Steps 1 and 2), Moderate asthma that requires intermediate intensity of treatment (Step 3) and severe asthma that requires high intensity of treatment (Steps 4 and 5) Objectives: To describe the results of spirometry and the clinical classification of asthma in children and adolescents with asthma, comparing these findings in an exploratory way. Methods: Retrospective, observational and descriptive study with asthma patients (classified through the GINA treatment stages) undergoing spirometry, accompanied at the Pediatric Pneumology Service of the Martagão Gesteira Institute of Child Care and Pediatrics (IPPMG) of the Federal University of Rio de (UFRJ) between January 1, 2005 and December 31, 2015. Ventilatory disorders were classified into restrictive, mild, moderate or severe restrictive and mild, moderate or severe obstructive, according to the American Thoracic Society (ATS) and European Respiratory Society (ERS) Results: Mean age was 10 years; 205/310 (66.1%) were male patients; 178/310 (57.4%) with mild obstructive ventilatory disorder, 10/310 (3.2%) with moderate obstructive ventilatory disorder ; 9/310 (2.9%) with severe obstructive ventilatory disorder and 113/310 (36.5%) exams were within the parameters of normality. The bronchodilator response was evaluated in 284 tests, obtaining a positive result in 32.7% (93/284) and negative in 67.3% (191/284). When analyzing the treatment stage, 30.3% (94/310) of the patients were in STEP 1; 27.7% (86/310) in STEP 2; 32.6% (101/310) in STEP 3; 9.4% (29/310) in STEP 4 and no patients in STEP 5. More than half of the patients were in stages 1 and 2, and were considered as cases of mild asthma. After an exploratory analysis of the clinical-functional correlation, the chi-square test showed a significant association between the results: normal spirometry with patients in STEPS 1 and 2 (p <0.05) and spirometry with moderate and with patients in STEP 3 and 4 (p <0.05). Conclusion: The clinical classification of asthma through the GINA treatment stages was directly associated with the results obtained by spirometry in asthmatic childrenMarch, Maria de Fátima PomboBarbosa, Adauto Dutra MoraesSant’Anna, Clemax CoutoFerreira, SidneiParente, Ana Alice Amaral IbiapinaAlleluia, Luanda de2018-12-18T15:04:17Z2018-12-18T15:04:17Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/8038openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-09-15T20:32:55Zoai:app.uff.br:1/8038Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:53:53.902013Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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